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ContextoLivre

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Um blog que trata de política, mídia, música, literatura, ciências, esportes, artes, e muitos outros assuntos, também sem nenhuma importância.


O Brasil Privatizado: a rapinagem que assolou o país!

1 de Setembro de 2014, 6:52, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Carta a Eduardo Campos

18 de Agosto de 2014, 17:43, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Reproduzimos aqui artigo publicado originalmente no blog sujo ContExto Livre, de nosso amigo e companheiro Zé Carlos, de Santa Catarina.

Eduardo, você não imagina o quanto eu e todo povo pernambucano estamos lamentando a tua trágica e inesperada partida. Temos muitos motivos para isso. Primeiro, pela falta que irás fazer a tua família e aos teus amigos. Depois, pelo exemplo de homem público que representavas para o nosso estado e para o Brasil.

No entanto, eu tenho um motivo particular para lamentar a tua morte. Depois da tua entrevista no Jornal Nacional, eu fiquei com muita vontade de te encontrar, de apertar a tua mão, olhar no teu olho e te perguntar: Quem disse que eu desisti do Brasil, Eduardo? Infelizmente, no dia seguinte, ocorreu o trágico acidente e eu nunca vou poder te dizer isso.

Eduardo, não fui eu, nem o povo brasileiro que desistimos do Brasil.

Quem desistiu do Brasil foram setores da política e da mídia brasileira, quando promoveram o golpe militar de 1964 que mergulhou o nosso país em 21 anos de ditadura militar e que submeteu o povo brasileiro aos anos mais difíceis de nossa história. Inclusive, sua família foi vítima na carne daquele momento, quando o seu avô e então governador de Pernambuco, o inesquecível Miguel Arraes, foi retirado à força do Palácio do Campo das Princesas e levado ao exílio.

Eduardo, você não imagina o que essa mesma mídia está fazendo com a tragédia que marcou a queda do teu avião. Eu nunca pensei que um dia pudesse ver carrascos do jornalismo político brasileiro como Willian Bonner, Patrícia Poeta, Alexandre Garcia e Miriam Leitão falando tão bem de um homem público. Os mesmos que, um dia antes do acidente, quiseram associar a tua imagem ao nepotismo no Brasil choram agora a tua morte como se você fosse a última esperança do povo brasileiro ver um Brasil melhor. Reconheço as tuas qualidades, governador, mas não sou ingênuo para acreditar que sejam elas o motivo de tanta comoção no noticiário político brasileiro.

A pauta dos veículos de comunicação conservadores do Brasil sempre foi e vai continuar sendo a mesma: destruir o projeto político do partido dos trabalhadores que ameaça por fim às concessões feitas até então a eles. O teu acidente, Eduardo, é só mais uma circunstância explorada com esse fim, do mesmo jeito que foi o mensalão, os protestos de julho e a refinaria de Pasádena. Se amanhã surgir um escândalo “que dê mais ibope” e ameace a reeleição de Dilma, a mídia não hesitará em enterrar você de uma vez por todas. Por enquanto, eles vão disseminando as suposições de que foi Dilma quem sabotou o teu avião, e que fez isso no dia 13 justamente pra dizer que quem manda é o PT. Pior do que isso é que tem gente que acredita e multiplica mentiras e ódio nas redes sociais.

Lamentável! A Rede Globo e a Veja não estão nem aí para a dor da família, dos amigos e dos que, assim como eu, acreditavam que você não desistiria do Brasil. Você é objeto midiático do momento.

Eduardo, não fui eu quem desistiu do Brasil. Quem desistiu foi o PSDB, que após o regime militar teve a oportunidade de construir um novo projeto de nação soberana e, no entanto, preferiu entregar o Brasil ao FMI e ao imperialismo norte americano, afundando o Brasil em dívidas, inflação, concentração de renda e miséria. O mesmo PSDB que, antes do teu corpo ser enterrado, já estava disseminando disputas entre o PSB e REDE para inviabilizar a candidatura de Marina, aliança que custou tanto a você construir.

Eu não desisti do Brasil, Eduardo. Quem desistiu foi a classe média alta que vaiou uma chefe de Estado num evento de dimensões como a abertura de uma copa do mundo porque não se conforma com o Brasil que distribui renda e possibilita a ricos e pobres, negros e brancos as mesmas oportunidades.

E tem mais uma coisa, Governador. Se ao convocar o povo brasileiro para não desistir do Brasil o senhor quis passar o recado de que quem desistiu foi Lula e Dilma, eu gostaria muito de dizer que nem eu, nem o povo e, nem mesmo o senhor, acredita nisso. Muito pelo contrário. A gente sabe que o PT resgatou o Brasil do atraso imposto pelo nosso processo histórico de colonização, do intervencionismo norte americano e da recessão dos governos tucanos. Ao contrário de desistir do Brasil, Lula e Dilma se doaram ao nosso povo e promoveram a maior política de distribuição de renda do mundo, através do bolsa família. Lula e Dilma universalizaram o acesso às universidades públicas através do PROUNI, do FIES e do ENEM. Estão criando novas oportunidades de emprego e renda através do PRONATEC e estão revolucionando a saúde com o programa mais médicos.

Eduardo, eu precisava te dizer: não fui eu, nem o povo brasileiro, nem Lula, nem Dilma que desistimos do Brasil. Quem desistiu do Brasil, meu caro, foram os mesmos que hoje estão chafurdando em cima das circunstâncias que envolvem o acidente que de forma lamentável tirou você do nosso convívio. Fazem isso com o motivo único e claro de desgastar a reeleição de Dilma e entregar o país nas mãos de quem, de fato, desistiu do Brasil.

Descanse em paz, Eduardo. Por aqui, apesar da falta que você vai fazer a todo povo pernambucano, eu, Lula, Dilma e os brasileiros que acreditam no futuro do Brasil vamos continuar na luta, porque NÓS NUNCA DESISTIREMOS DO BRASIL.
Carlos Francisco da Silva, de Bezerros (PE)


A farsa da inflação, controle inflacionário e competência adminsitrativa

8 de Agosto de 2014, 14:20, por Bertoni - 0sem comentários ainda



A Crise neoliberal representa um retrocesso social

25 de Junho de 2014, 7:48, por Daniel Miranda Soares - 0sem comentários ainda

 

A crise neoliberal é a crise do capitalismo financeiro

 

François Chesnais, economista e professor da Universidade de Paris, em seu livro mais recente “A Finança Mundializada” (Boitempo Editorial) distingue dois tipos mais destacados de empresas capitalistas: os grandes grupos industriais transnacionais (ou multinacionais) e ao seu lado menos visíveis e menos analisadas estão as instituições financeiras. Este último capital, também chamado por ele de “capital portador de juros” busca “fazer dinheiro” sem sair da esfera financeira, sob a forma de juros de empréstimos, dividendos e outros pagamentos recebidos a título de posse de ações. Os investidores institucionais atuam com fundos de pensão, fundos coletivos de aplicação, sociedades de seguros, bancos que administram sociedades de investimento, bônus do Tesouro e outras formas de títulos da dívida pública, obrigações das empresas e ações. Buscaram suas bases na centralização dos lucros não reinvestidos das empresas e das rendas não consumidas das famílias (especialmente os planos de previdência privada e a poupança salarial) formando um trampolim de uma acumulação financeira de grandes dimensões. Foi necessário que os Estados mais poderosos decidissem liberar o movimento dos capitais e desregulamentar e desbloquear seus sistemas financeiros a partir de 1979-81, dando início ao sistema de finança mundializada e interconectada internacionalmente. Os investidores institucionais foram os primeiros beneficiários da desregulamentação monetária e financeira e ao longo dos anos 80, eles tiram dos bancos o primeiro lugar como pólo da centralização financeira. O mercado de câmbio com taxas flexíveis e o colapso do sistema de Bretton Woods foi o primeiro a entrar na mundialização financeira, junto com a abertura externa e interna dos sistemas nacionais (o livre comércio internacional) antes fechados e compartimentados, conduziram à emergência de um espaço financeiro mundial.

 

As consequências mais dramáticas desta liberalização foi a crise da dívida externa do Terceiro Mundo. Estes países pegaram muito dinheiro emprestado a juros baixos nos anos 70 (Brasil pra financiar grandes projetos) e aí veio o golpe de 1979 quando as taxas explodiram, multiplicando por 3 e até por 4 os juros a serem pagos por estes países. A crise foi dramática e o FMI e Banco Mundial (por imposição americana) impôs ajustes estruturais (para garantir o pagamento da dívida) provocando crises econômicas e sociais, privatização de estatais, bancos e até de serviços públicos na AL (água, gás, telefone, eletricidade) e desindustrialização, aumentando a dominação da periferia pelo centro. O Brasil recorreu ao FMI e sua dívida cresceu como uma bola de neve, quanto mais pagava mais devia – houve queda do PIB e até quedas das taxas sociais de desenvolvimento (como aumento do índice de mortalidade infantil devido ao enxugamento de recursos pelo Estado para pagar os juros). A violência da crise financeira na América Latina ocorreu na proporção da desindustrialização, do desemprego e da pobreza provocada pela abertura ultraliberal. Mas em termos de valores absolutos de transferências financeiras, a dívida pública decisiva não foi a do Terceiro Mundo, mas a dos países mais avançados : EUA e Europa. Investidores financeiros estrangeiros financiaram déficits orçamentários dos grandes países industrializados pela aplicação de bônus do Tesouro e outros compromissos da dívida sobre o mercado financeiro.

 

Mas o mais importante da análise de François Chesnais é que ele aprofunda a análise sobre como o capital financeiro passa a dominar o sistema econômico como um todo e a partir daí o declínio econômico resultante desta supremacia financeira e as consequentes crises neoliberais, até hoje acontecendo. A partir dos anos 80 o capital financeiro transforma o sistema, inclusive juridicamente, despendendo energias consideráveis para subordinar os administradores industriais aos interesses do mercado bursátil, transformando seus agentes, interiorizando valores e códigos de conduta. O administrador financeiro passa a ser sujeito em vez de objeto em relação ao administrador industrial. As prioridades se invertem, juros dominam lucros e os grupos são dirigidos por pessoas para as quais a tendência da Bolsa passa a ser mais importante e os valores da finança triunfam. Os assalariados foram as principais vítimas da chegada dos proprietários acionistas. É contra eles que se exerce o novo poder administrativo. A flexibilização do emprego e o recurso sistemático ao trabalho barato e pouco protegido dominam o ambiente por meio da deslocalização e da subcontratação internacional. Ou seja os empregos se deslocam para o Terceiro Mundo onde o trabalho é precarizado e pouco protegido e os salários muito mais baixos, devido à ausência de regulamentação do trabalho. As filiais no exterior e as redes de subcontratação sustentam os lucros e os valores acionários. E criam nos países de origem dos grupos as condições de forte pressão para impor “reformas” que organizam o retrocesso social. A fuga de cérebros para os EUA também é resultado desse processo na área de P&D.

As promessas neoliberais em matéria de crescimento econômico, de emprego e de bem estar social resultaram em desastre completo, apesar do apoio da imprensa (quase totalidade da grande mídia reza na cartilha neoliberal) dizendo que a economia “está cada vez melhor”. Segundo o autor se se usa o indicador de taxa de crescimento per capita do PIB (indicador de produção e riqueza) constata-se que: a) uma taxa de 4% no período 1960/1973; b) 2,4% entre 1973/1980; e c) e uma queda para 1,2% entre 1980/1993, não aumentando depois disso. Já o PIB mundial não superou 2% ao longo da década de 1990, enquanto que foi de 7% no período keynesiano 1963/1973, caindo para 3% entre 1973/1990. Outro indicador importante é a taxa de crescimento do produto industrial: nos países da OCDE, ela passou de 6% no início dos anos 60 para 2% ao longo dos anos 90. O crescimento econômico cai devido à queda no nível dos investimentos e estes caem porque uma parte cada vez maior dos lucros está sendo direcionada ao capital financeiro e não sendo reinvestida na produção e também uma parte cada vez menor direcionada aos salários. Como resultado deste processo : a taxa de crescimento é lenta e o desemprego aumenta, junto com as desigualdades sociais.

 

Um relatório recente da OCDE (2014) — sugestivamente intitulado “Divididos estamos: porque aumenta a desigualdade”, indica que “a renda média de 10% das pessoas mais ricas representa nove vezes a renda dos 10% mais pobres” nos países (ricos, em sua maioria) que integram esta organização. A distância aumenta em dez para um na Grã-Bretanha, Itália e Coreia do Sul; chega a quatorze para um em Israel, Estados Unidos e Turquia, diz o informe. O Relatório reconhece que houve aumento da desigualdade entre seus membros - ”O número de famílias sem renda de trabalho dobrou em Grécia, Irlanda e Espanha; e subiu 20% ou mais em Estônia, Itália, Letônia, Portugal, Eslovênia, Estados Unidos, Inglaterra e País de Gales.”

Nos últimos 30 anos, mostra o estudo, as reformas tributárias em todas as nações da OCDE cortaram de forma substancial os impostos cobrado aos mais ricos. A média de taxação caiu de 66%, em 1981, para 43%, em 2013. E as taxas cobradas de dividendos sobre lucros recuaram de 75% para 42%. É o capital financeiro dominando ideologias e valores, formando o pensamento único (vide Consenso de Washington) e conquistando a superestrutura política , nos meios políticos dos EUA e Europa. O pensamento único decreta o fim da política e dos partidos, não existe mais “esquerda e direita”. Na verdade o pensamento único consegue transformar os partidos de esquerda em partidos neoliberais, não havendo muitas diferenciações hoje entre democratas e republicanos (nos EUA) e nos partidos de esquerda e de direita na Europa.

 

Os dados sobre os Estados Unidos mostram que “a renda por família, após o pagamento de impostos, mais do que dobrou entre 1979 e 2007, entre o 1% mais rico. Na fatia dos 20% mais pobres, caiu de 7% para 5% no mesmo período. Um quarto de todos os lares da Inglaterra e País de Gales, cerca de 20 milhões de pessoas, vivem em estado de pobreza atualmente, um sólido legado de sucessivos governos neoliberais, desde Thatcher, passando por Blair ... Pesquisas indicam que em pleno inverno, um número crescente de famílias inglesas vive o pior quadro de aperto financeiro desde a II Grande Guerra.

 

Robert Reich, ex-secretário do Trabalho do Governo Clinton, filmou um documentário mostrando o agravamento das desigualdades nos EUA, com o título Inequality for All (Desigualdade para Todos). Em 1978, o salário médio atingia US$ 48 mil, enquanto hoje despencou para US$ 34 mil com condições de poder aquisitivo equivalentes.....Já ao contrário, o rendimento médio para cada família que compõe o 1% da parcela mais rica da população norte-americana, de US$ 393 mil, em 1978, passou para US$ 1,1 milhão.

 

A ditadura dos “mercados financeiros” sobre todo o processo de acumulação de capital revela o caráter insaciável do apetite dos acionistas administradores e das sociedades especializadas da indústria financeira e que se encontra na base dos escândalos financeiros desde então : da Enron até o Lehmann Brothers na crise atual, a partir de 2008; tendo estas sociedades impelidas a assumir mais riscos e comportamentos de altos riscos.

 

Americanos de classe média foram ativamente incentivados a se endividar continuamente (devido à perda de poder aquisitivo nas últimas décadas), oferecendo suas casas em garantia, ou a canibalizar seus fundos de aposentadoria, confiando em que os preços dos imóveis e as bolsas de valores desafiariam permanentemente a lei gravidade - um grande número de famílias operárias, endividada e sem renda, entraram na fila dos despejos e amargaram a perda de suas residências.....As coisas pioraram com a recessão iniciada no final de 2007, que destruiu cerca de 9 milhões de empregos, degradou um pouco mais as condições de trabalho e rebaixou salários (menos de um décimo dos trabalhadores do setor privado americano pertence a um sindicato). A indústria agora representa somente 12% dos postos de trabalho nos EUA e boa parte dela se transfere para países do Terceiro Mundo.Os sindicatos perderam seu poder de barganha com a crise neoliberal, contribuindo para a depreciação dos salários.

 

Em 2007, a taxa de desemprego para a faixa etária de 20 a 29 anos foi de cerca de 6,5%. Hoje (2012), a taxa de desemprego para esse mesmo grupo de idade é de cerca de 13% (Michael, no The Economic Collapse). Desde o ano de 2000, os rendimentos dos lares americanos liderados por pessoas entre as idades de 25 e 34 anos caíram em cerca de 12% depois de descontada a inflação. A renda familiar média para as famílias com filhos caiu bastante, em cerca de US$ 6.300 entre 2001 e 2011. Mais de uma em cada cinco crianças nos Estados Unidos está atualmente vivendo na pobreza. Cerca de 48,7 milhões de norte-americanos vivem hoje na pobreza, constituindo-se na taxa mais elevada dos últimos 17 anos: 15,1%.. De acordo com o Departamento de Agricultura, em 2012, 46 milhões de pessoas usufruíram de algum tipo de subsídio alimentar mensal (os chamados foodstamps), crescimento espantoso se comparado aos 17 milhões contabilizados em 2001 e aos dois milhões em 1969.

 

As tent-city (cidade-acampamento) é o correspondente às favelas brasileiras, com os mesmos problemas, é resultado da precarização das condições de vida e trabalho nos Estados Unidos e seu surgimento se deu em várias partes do país, especialmente a partir de 2005. Existe cerca de 30 cidades deste tipo nos EUA. Detroit é uma delas – a cidade pediu falência em 18 de julho de 2013 (para se proteger contra credores). Detroit já foi a capital da indústria automobilística americana – sede das Big Three – as “Três Grandes” : General Motors, Ford e Chrysler ; foram atingidas pela crise atual. A crise diminuiu os consumidores de automóveis e transferiu as indústrias para outros países. O desemprego, a miséria e a fome é pior em Detroit que a média americana : 36% da população vivem abaixo da linha de pobreza. É uma cidade abandonada: possuia 2 milhões de habitantes nos anos 50, hoje possui 700 mil. A profunda e progressiva desindustrialização pela qual os Estados Unidos passou a partir dos anos 1980 e seu caráter crônico depois da crise financeira de 2007, atacou a cidade-automóvel em cheio. Virou uma cidade-fantasma:35% do território do município está desabitado: prédios, hotéis, delegacias de polícias, igrejas, bibliotecas e teatros completamente vazios e destruídos - cerca de 40% da iluminação pública não funciona, mais de metade dos parques da cidade fecharam e apenas um terço das ambulâncias estão operacionais.

 

O capital portador de juros, especulativo e predador, domina o mercado econômico mundial, gozando de toda liberdade que conseguiu a partir das desregulamentações dos sistemas financeiros nos anos 80 e é exatamente esse ambiente neoliberal que lhe deu as condições necessárias para adquirir sua hegemonia internacional – condições essas que propiciaram e detonaram as crises atuais, provocando as bolhas financeiras, os ganhos espetaculares de altos riscos e a supremacia sobre o capital produtivo. O caso de algumas estatais brasileiras que foram privatizadas são exemplos desses comportamentos – CEMIG, por exemplo, era uma estatal até início dos anos 2000. Depois que entrou o governo neoliberal em 2002, desde então está sendo privatizada. Hoje a maioria das ações da estatal, cerca de 70% pertencem a acionistas internacionais e as prioridades mudaram. A maior parte dos lucros são transformados em dividendos pra remunerar seus acionistas e os níveis de investimentos caíram. Pra pressionar o aumento dos lucros os acionistas pressionam a direção da empresa para reajustar os preços acima da inflação, transformando a energia desta empresa numa das mais caras do país. A prioridade deixa de ser o usuário e passa a ser o acionista.

 

O jornalista James Shaft observou no NYT que, “ao que tudo indica, as empresas estão muito mais dispostas a acumularem papel-moeda ou utilizá-lo para compra de ações do que promoverem a criação de nova dinâmica produtiva”. Enquanto, na década de 1970, as improdutivas imobilizações de capital constituíam, em média, cerca de 5% do ativo das empresas norte-americanas, em 2010 este patamar passou a 60%. Apesar do fato de disporem de grandes volumes de liquidez em suas caixas, as grandes empresas não investem.Quando a fortuna dos mais ricos não é aumentada graças às atividades produtivas, mas apoderando-se de cada vez maior percentual do valor agregado, então o crescimento econômico desacelera.Existe, portanto, uma economia que recusa-se a recuperar-se, apesar de todos os generosos fluxos de papel-moeda. O problema é conhecidíssimo: trata-se da “armadilha de liquidez”, descrita por Keynes na década de 1930. Para ser enfrentada existe apenas uma única solução: recorrer ao uso da segunda ferramenta da política econômica, o gasto fiscal....

 

Daniel Miranda Soares é economista e EPPGG aposentado, Mestre pela UFV e ex-professor de Economia.



Lula: "Só passando por aqui!"

27 de Maio de 2014, 10:31, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Lula: "Só passando por aqui!"

27 de Maio de 2014, 10:31, por Bertoni - 0sem comentários ainda



Democratização da Comunicação, a mãe de todas as lutas

24 de Maio de 2014, 17:47, por Souza - 0sem comentários ainda


A Copa do Mundo é dela. Emissora oficial do mundial de futebol que começa no mês que vem, a Rede Globo espera faturar R$ 1,438 bilhão com a transmissão dos jogos. E a bonança não para por aí: as receitas líquidas da empresa no ano passado chegaram a R$ 10,693 bilhões – uma alta de 6% em relação a 2012. Não à toa, os irmãos Marinho figuram no topo da lista das famílias mais ricas do Brasil. O ranking foi divulgado nesta semana pela revista ‘Forbes’.

Enquanto os resultados financeiros da empresa voam em céu de brigadeiro, o discurso é outro na mesa de negociações da campanha salarial dos jornalistas. Irredutíveis em proposta que não concede aumento real e que reajusta salários pelo menor índice apurado no país, o INPC, as empresas de radiodifusão – capitaneadas pela Globo, que é a maior empregadora nesse segmento – rejeitam as reivindicações do Sindicato para a melhoria das condições de vida do jornalista carioca.

Além da Globo, todas as empresas de comunicação esperam incremento nos lucros este ano, muito por conta da realização da Copa do Mundo. Após obter resultado fabuloso no ano passado, faturando R$ 21 bilhões em publicidade, a TV aberta pode avançar 10% mais este ano, de acordo com estimativa de mercado do Projeto Inter-Meios publicado na revista Meio & Mensagem. A pesquisa, que mede os investimentos publicitários em diversas mídias, aponta ainda um horizonte de crescimento para rádios (10%), jornais (6%) e revistas (4%). Isso sem falar da internet, onde todas as empresas estão presentes, que faturou R$ 1,4 milhão em 2013 e espera ver a receita de anúncios crescer 10% este ano.

“É um mercado em franca recuperação”, afirmou Anco Saraiva, diretor de marketing da TV Globo à revista. Enquanto isso as dívidas da família mais rica do Brasil (TVs, Jornais, rádios e sites) com o governo vão se acumulando de forma impressionante. Segundo a revista Forbes, a empresa-jornal "O Globo" e seu responsável, João Roberto Marinho, são réus em processo de execução fiscal por não pagar uma dívida ao INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) que se arrasta desde 1999.

Para garantir o pagamento da dívida de R$ 3,7 milhões na época; em 12 de agosto de 1999 a 5a. Vara Federal do Rio de Janeiro penhorou o tradicional prédio sede do jornal, que fica na Rua Irineu Marinho, 35. O prédio ficou penhorado até 17 de outubro de 2013, quando O Globo depositou uma carta de fiança bancária para substituir o edifício como garantia, mas ainda não pagou a dívida, segundo a movimentação do processo que corre hoje na 11ª Vara Federal de Execução Fiscal do Rio de Janeiro.

O curioso é que estas contribuições são necessárias para o pagamento de aposentadorias, e o jornal, em seus editoriais tem defendido o fim da política de aumentos reais do salário mínimo por aumentar as despesas do INSS. Estaria os editoriais advogando em causa própria? E será que os leitores aposentados de "O Globo" sabem desta dívida?

Segundo decisão judicial, o montante da dívida atingia R$ 5,8 milhões na última vez que foi corrigida. Não custava nada a família Marinho, detentora de uma fortuna avaliada em mais de R$ 50 bilhões segundo a revista Forbes, honrasse seus compromissos com os aposentados brasileiros. Seria o mínimo.

Globo manda no Congresso Nacional e no governo Dilma?

No ultimo dia dia 5 de março, quarta-feira de cinzas (5/3/14), o senador Roberto Requião fez um duríssimo pronunciamento contra" as ações evasivas, protelatórias e desrespeitosas" da mesa do Senado e do Governo Federal, que estão tergiversando para responder pedidos de informações que envolvem a TV Globo, protocolados por ele.

O jornalista Helio Fernandes já comentou bastante esse fato, mas não custa relembrar, afinal de contas nada acontece com os “donos” do Brasil. Na ocasião, o senador e ex-governador Requião relembrou que há quatro meses (agora são seis) busca informações oficiais sobre dívidas, multas e empréstimos às Organizações Globo, "mas tudo é feito na medida para proteger a empresa".

O senador descreveu "os caminhos tortuosos" que percorreram os seus pedidos de informações aos Ministérios da Fazenda e do Desenvolvimento Econômico. Inicialmente enviados à decisão do plenário, tiveram o despacho alterado e remetidos à Comissão de Constituição e Justiça, para nova tramitação.

Já os pedidos que fez ao Ministério da Fazenda, com base na Lei da Transparência, não foram respondidos sobre a alegação que as informações estão protegidos pelo sigilo fiscal. "Ora, eu fui claro ao fazer o requerimento: eu só pedi dados não protegidos por sigilo. Mesmo assim, o ministro da Fazenda se nega dar as informações".

Requião considerou ainda desrespeitosa a reposta do ministro da Fazenda, ao seu pedido de esclarecimento sobre as razões da elevação da participação do capital estrangeiro no Banco do Brasil: "Ele me manda perguntar ao Banco Central, que a decisão foi do Banco Central. Quer dizer que uma decisão crucial como esta passa ao largo do ministro da Fazenda, do Governo? Quer dizer que quem manda no Brasil é o Banco Central?".

O senador também considerou "um completo absurdo" a resposta do Ministério da Fazenda ao seu pedido de informação, com base na Lei da Transparência, sobre empréstimos do BNDES à Globo: "Disseram que não sabiam sobre o que eu fosse perguntar ao BNDES".

Como jornalista sou muito interessado nessa temática (e afetado diretamente), sendo assim criei em 2012 uma página no Facebook (https://www.facebook.com/midiademocratica) exatamente para debatermos o fim do monopólio midiático no Brasil. Uma das perguntas que mais faço por lá é: A rede Globo "renovou" sua concessão pública em 2007, cedida pela ditadura, com o governo federal (o presidente era o gerentão Lula). Como pode uma empresa renovar uma CONCESSÃO PÚBLICA com o governo federal devendo oficialmente (naquela época, hoje deve passar de 2 BILHÕES) 615 milhões de imposto para a Receita Federal desde 2006???

TEMOS TODO O DIREITO DE PEDIR A CASSAÇÃO DESTA CONCESSÃO PÚBLICA!

Quem não viu, veja agora o corajoso pronunciamento do senador Roberto Requião. Vídeo: www.youtube.com/watch?v=npo5Lpyuw8s

do Tribuna da Imprensa e Daniel Mazola

BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



Velha mídia, maior partido de oposição

23 de Maio de 2014, 12:11, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Governo foi tímido na questão da comunicação, e talvez Dilma esteja pagando um preço alto por isso. Mas quem perde é sociedade brasileira

Por Luís Vita

Não é novidade pra ninguém habituado a consultar mídias alternativas que a grande imprensa é antiesquerdista por princípio e antigovernista por opção política. O apelido PIG – Partido da Imprensa Golpista, uma referência a porco, em inglês – não é só uma alusão à atuação conspiratória da mídia contra o governo e as demandas populares, mas também uma acusação ao papel partidário que adota.

Desde pelo menos o golpe de 1964 a mídia se tornou ator central da opinião pública nacional, trabalhou para fundamentar o golpe, e até hoje expressões como ditabranda podem ser encontradas em editoriais. Obviamente as redações dos órgãos de imprensa não eram formadas apenas por apoiadores do golpe, mas a pressão exercida sobre editores e jornalistas adestrou o comportamento da opinião pública. A velha mídia é constituída por empresas, e as empresas tratam as questões políticas como uma questão econômica – não exatamente macroeconomia, mas microeconomia, as contas domésticas. Nacionais e internacionais.

Joseph Nye, um consultor do departamento de Estado travestido de intelectual orgânico, define muito bem o poder norte-americano. Aponta suas duas origens: Hard Power e Soft Power (em má tradução, poder duro e poder brando; poder militar e poder ideológico seria mais exato). O que melhor traduziria o poder ideológico que o poder midiático? A proposta de leitura do contexto internacional criado pela Guerra Fria, na mídia periférica – entre elas a brasileira – foi a necessidade de se alinhar partidarização política em defesa de regimes opressores e aliados aos interesses do grande capital em troca de propaganda e financiamento.

Corporações compravam – e compram – propaganda. Em troca, querem as notícias certas. Corporações internacionais norte-americanas sempre financiaram ações da política externa naquele país. Nessa estratégia, buscaram oligarquias locais para sustentar internamente suas políticas. Aliado a isso, regimes ilegítimos colocaram suas estatais e órgãos de comunicação para comprar propaganda. Soft Power e Hard Power significam isso.

Nem sempre a força militar é suficiente para impor o silêncio à sociedade civil. A inovação do departamento de Estado dos Estados Unidos é que eles passaram a oprimir opositores internacionais e comprar silêncios. Os regimes das oligarquias locais e seus apoiadores internacionais financiavam e ainda financiam a grande imprensa. E a grande imprensa não tem mais condições de descolar-se disso. Boa parte da literatura em Ciência Política – José Luis Fiori, Emir Sader, Boaventura de Sousa Santos etc – define o neoliberalismo como a invasão estrangeira sobre os países periféricos, mas sugiro que, como estratégia, isso tenha surgido já nos anos 1950 do macarthismo.

Quando houve o processo de transição para as democracias na América Latina, os governos democráticos assumem ou mantém o mecanismo de financiamento da mídia, entre outras coisas porque não vai conseguir apoio e legitimidade dos veículos de imprensa sem a manutenção do esquema que inevitavelmente concentrou a imprensa. Vejam o que aconteceu com Cristina Kirchner e o Clarín, na Argentina, e o que aconteceu com Hugo Chaves e a PDV, na Venezuela. Não por acaso, cada país da América Latina tem seu grupo midiático hegemônico. E neste caso não se trata simplesmente de manter a propaganda governamental e das empresas estatais nas páginas dos jornais e revistas, mas também de manter o acesso dos interesses do grande capital nos governos e o acesso privilegiado à informação dos âncoras dos principais órgãos de imprensa. São essas as fontes que fazem com que a mídia tenha sua capacidade de financiamento ativa e seu poder de influência perpetuado. O capital midiático nacional está comprometido, associado e dependente do capital corporativo internacional.

Mas, fica a pergunta: por que a mídia brasileira tornou-se praticamente o principal partido de oposição? Obviamente porque o governo tem trabalhado, consciente ou inconscientemente, na contramão das três principais fontes do poder da mídia brasileira.

Os governos que assumiram após 2002, primeiro, fizeram uma tentativa de ressuscitar interesses nacionais e corporações nacionais para concorrer no mercado interno e externo. Segundo, reduziram o financiamento público e da propaganda governamental na grande mídia e tentaram pulverizar o financiamento da comunicação governamental (mesmo que timidamente). Terceiro, e talvez mais impactante, não mostraram a necessidade de se legitimar na mídia e dar a ela acesso privilegiado à informação.

Esta terceira ação do governo, ainda que bastante modesta, talvez seja a principal mudança conjuntural das comunicações no Brasil desde o golpe de 1964. O fato de o governo Lula e a sua posse não ter se legitimado na grande mídia e até mesmo a ausência de necessidade de Lula falar com seus apoiadores via mídias foi um grande golpe naquela imprensa ligada à legitimação dos governos e ativa como Soft Power.

Lula não teve apoio dos grandes veículos de comunicação, e mesmo que não tenha agido sistematicamente para multiplicar e descentralizar o acesso e os meios de comunicação, agiu no sentido de não se pautar ou se legitimar pelos meios de comunicação. Isso, por si só, é uma mudança que compõe uma ruptura fundamental em relação a pelo menos o regime de 1964. Mudança que Dilma aparenta dificuldade em manter…

Desde 1964 todos os governos precisavam de legitimidade institucional porque não dispunham de nenhum canal de comunicação popular que os legitimasse. Ao derrubar Jango, os presidentes militares precisavam de todo aparelho ideológico de que dispusessem para manter o poder, diante da fissura que realizaram nas instituições da sociedade civil. A mídia era personagem central. Sarney idem, herdou o trono de Tancredo e não podia se dar ao luxo de não se apoiar em propaganda midiática. Collor, então, foi a expressão cabal da importância e influência da mídia. Forjado nas redes de televisão e jornais, foi também o maior exemplo dessa esquizofrenia brasileira. Itamar não teve força para agir e FHC foi o que melhor contemplou os interesses que se manifestavam desde os militares, porque reforçou a presença das corporações internacionais no país, promoveu privatizações e conseguiu aliar os interesses internacionais em pauta com boa circulação na imprensa.

Lula chega ao poder com um projeto próprio de governo. Um verdadeiro escândalo àqueles que caminhavam soberanos nos corredores dos palácios, dizendo quais informações eram relevantes e quais não eram. Concordemos ou não com Lula, seu estilo próprio de comunicação é novidade. Uma enorme novidade. Os projetos de poder, até então, não eram representados pelos partidos, mas pela aliança entre capital internacional e empresas nacionais dependentes – incluindo a grande mídia com seus empresários conservadores, associados ao capital internacional em negócios dependentes do financiamento externo. Lula e os governos petistas romperam com isso?

Seria ingênuo dizer que sim, mas, ao não alimentar as engrenagens desses mecanismos, criaram muitos ruídos e falhas de funcionamento na velha estrutura.
Para os jornalistas da grande mídia é um escândalo – repito, um escândalo – o PT ter um projeto de poder, uma estratégia para ganhar cada vez mais eleições. Mas, o que é um partido político se não uma associação que organiza um projeto de tomada do poder e governo? É pra isso que se constitui um partido político. E, neste sentido, ao ter uma pauta própria de governo, a maior ruptura realizada foi a retomada (pelo menos em parte) da agenda de governo. Sim, aconteceu o óbvio, mas um óbvio que não ocorria no Brasil desde 1964, ao menos. Agora, veja só que escândalo: o próprio governo reivindica fazer a pauta de governo.

Quem se acostumou a dizer o que deve ser prioritário? O que é emergencial, se é a inflação ou o emprego, se é a política interna ou externa, se é a copa do mundo ou a saúde pública? Quem dizia qual pauta deveria ser seguida era a mídia. Editores tinham poder em relação a vários temas. Obviamente, no regime militar o limite era não falar mal do governo, não acusá-lo diretamente, mas, entre os temas discutidos, a mídia tinha papel de representar interesses incorporados ao governo. E depois, na redemocratização, e até o final do século XX, foi crescente a influência da mídia.
Talvez porque os elementos não estavam postos, ou porque não havia maturidade política, ou porque faltou apoio popular, ou porque faltou uma análise mais aprofundada, mas devemos reconhecer que o governo negligenciou essa área. Poderia avançar muito mais em questões como a descentralização e multiplicação dos espaços midiáticos, a pulverização dos recursos e a abertura da pauta e da informação.

As ações do governo tiveram que enfrentar momentos de crise instigados por uma imprensa não só tendenciosa, mas raivosa. Na ausência de uma oposição com base social, ela é hoje a principal oposição organizada. Nas suas constantes tentativas de deslegitimar as políticas do governo e tentar conseguir apoio popular, substitui qualquer liderança partidária.

O governo foi tímido na questão da comunicação, e talvez Dilma esteja pagando um preço alto por isso. Mas quem perde é a sociedade brasileira. Não temos um grande veículo de esquerda circulando entre os maiores editoriais, são esparsas e cada vez mais esmagadas as posições progressistas. Agora não se trata mais de uma visão distorcida da realidade, porque só apresenta um lado da questão – passamos para as visões tendenciosas, que se apoiam na ladainha da oposição cega dos veículos de comunicação. Só isso explica a nova moda de quem acha que questionar a Copa do Mundo é um ato de cidadania.



Fórum Comunitário: 4º Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais

22 de Maio de 2014, 9:32, por Bertoni - 0sem comentários ainda

Sérgio Bertoni e Tânia Mandarino deram entrevista para o programa Fórum Comunitário transmitido pelo canal CWB TV.

Falaram sobre o 4º Encontro Nacional de Blogueir@s e Ativistas Digitais que aconteceu entre os dias 16 e 18 de maio de 2014, em São Paulo, e abordaram a questão da Regulamentação da Mídia no Brasil e Soberania Tecnológica.

O programa Fórum comunitário é exibido todas as quintas-feiras, sempre às 22h, no canal comunitário de Curitiba, a CWB TV.



Lula discursa no #4BlogProg e reafirma caráter plural do movimento de blogueir@s e ativistas digitais

19 de Maio de 2014, 7:41, por Bertoni - 0sem comentários ainda

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva iniciou sua fala no IV Encontro de Blogueiros parabenizando o grupo pelo apoio à aprovação do Marco Civil da Internet, que garante a neutralidade da rede. "A neutralidade é essencial e quem sabe um dia chegue as outras redes".

Lula citou um texto do ex-ministro da Comunicação Social, Franklin Martins, que mostra que todas as grandes democracias do mundo têm regulação dos meios de comunicação. "Precisamos pensar no marco regulatório para a comunicação no Brasil e isso não significa censura nem controle dos meios. Quem faz o controle é o público", ressaltou.

"Não temos que ficar chorando dentro dos gabinetes e reclamando dos meios de comunicação", afirmou Lula destacando que a internet, os blogs e as redes sociais são importantes alternativas de comunicação e precisam ser utilizados.

O ex-presidente contou que tem viajado o mundo e vê que parte da imprensa estrangeira apenas repete a visão negativa do Brasil que a imprensa brasileira dissemina. Lula avaliou que a situação mundial hoje é diferente da anterior, mas que enquanto a Europa e os Estados Unidos fecharam postos de trabalho, o Brasil criou 10 milhões de empregos.

O ex-presidente falou ainda do avanços que precisam ser feitos, como a instalação de banda larga em todas as casas do país.

http://www.institutolula.org/precisam...



Lula defende democratização da mídia e aprofundamento das transformações sociais

17 de Maio de 2014, 21:21, por Souza - 0sem comentários ainda


Durante o diálogo entre Lula e os participantes do 4º Encontro de Blogueir@s Progressistas e Ativistas Digitais, que acontece em São Paulo entre esta sexta (16) e domingo, o ex-presidente falou sobre a necessidade da criação de um marco regulatório da comunicação no país, além de os desafios da esquerda brasileira para aprofundar as transformações por quais o país passa há 12 anos.

Logo de início, Lula disse que ficou “deprimido” com violência que a grande imprensa tratou os blogueiros depois que concedeu entrevista coletiva para blogueiros e jornalistas da mídia alternativa, em abril deste ano.“Eles não gostam, mas eu tenho o direito de dar entrevista para quem eu quero, quando eu quero, na hora que eu quero. Sou livre e o meu compromisso é fazer um país melhor para o meu povo”, afirmou o presidente.

Em sua intervenção, Lula listou os avanços da regulamentação da comunicação em diversas regiões do planeta – da Inglaterra de Elizabeth II e de países como Estados Unidos e França até a Argentina de Cristina Kirchner, o Equador de Rafael Correa e o Uruguai de Pepe Mujica.
De acordo com ele, a necessidade de fiscalizar a atuação dos meios de comunicação e construir mecanismos que promovam a pluralidade e a diversidade na mídia é um consenso em praticamente todas as sociedades democráticas e transcende a questão da polarização do espectro político entre esquerda e direita. O Brasil, destaca, está atrasado neste debate.

“Vejam, eu continuo o mesmo 'Lulinha paz e amor', não mudei, mas viajo o mundo inteiro e tenho notado um comportamento de certos meios de comunicação que ou repetem parte das coisas ditas pela grande imprensa daqui, fazendo uma verdadeira guerra quase que comercial com o Brasil, tentando mostrar que neste país está tudo desandado, que nada está dando certo, que o governo é estatista e que nada funciona. Então, eu gostaria de perguntar qual é a lógica de vocês [da grande mídia]”, falou Lula.

Fazendo comparação com a situação econômica nacional, ele questiona qual país do famigerado G-20 está melhor que o Brasil e localizou a crítica explicando que enquanto a Europa perdeu 64 milhões de postos de trabalho, o governo brasileiro criou, no mesmo período, mais de 10 milhões de novos empregos.
“É óbvio que precisamos aprofundar as transformações”, pondera. “O pobre da periferia que se formou na universidade não deve nos agradecer, o agradecimento deste estudante foi sua própria formação. Agora, formado, informado e instruído, ele tem de querer mais – e nós temos que discutir política, nunca negá-la. Sabemos muito bem ao que leva a negação da política: Hitler, Mussolini e as ditaduras na América Latina são alguns exemplos”.
Davi e Golias midiático
Lula se comprometeu com a pauta da regulação dos meios de comunicação e disse que em todas as entrevistas que der, “seja para grande, médio ou pequeno veículo de comunicação”, colocará o tema como prioridade.

“Estamos ganhando espaço para fazer o debate sobre o marco regulatório da comunicação. Há três meses a gente achava que não aprovaria o Marco Civil da Internet e nós conseguimos. Está na hora de fazermos um debate maduro sobre a regulação da mídia, porque no tempo em que foi feita a nossa lei, em 1962, nós tínhamos mais 'televizinhos' do que televisor”, defendeu, parafraseando o ex-ministro das Comunicações Franklin Martins.


O ex-dirigente metalúrgico disse ainda que é preciso entender melhor “esse meio” chamado Internet e que a realidade atual é que temos milhares de cidadãos jornalistas tentando interagir, informar e serem informados, e não somente ler ou ouvir. “Não somente o meu, mas todos os partidos de esquerda devem tentar entender melhor a relação da política com a Internet, pois ela é fundamental para o debate democrático”, afirma.

Por fim, Lula exaltou o movimento dos blogueiros, que trouxeram oxigenação para a “mesmice” da política e do monopólio midiático. “É uma luta ainda mais dura do que foi Davi contra Golias, porque vocês [blogueiros e ativistas digitais] não têm pedras na mão para atirar e derrubá-los. Mas mesmo assim constroem um movimento importantíssimo para a política e para a mídia brasileira”. Segundo Lula, com muita luta, a batalha poderá, sim, ser vencida pelos que defendem, de fato e não somente no discurso, a bandeira da liberdade de expressão.
Clique AQUI para assistir o evento ao vivo e AQUI para horários e programação.
do  Barão de Itararé 

BlogueDoSouza - Democratização da Comunicação, Reformas de Base e Direitos Humanos.



Lula confirma presença no IV BlogProg

14 de Maio de 2014, 12:15, por Bertoni - 0sem comentários ainda

 Por Altamiro Borges

O ex-presidente Lula estará presente no IV Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de maio em São Paulo. Sua participação foi confirmada pela assessoria do Instituto Lula nesta quinta-feira. Logo na manhã de sexta-feira (16), o ex-presidente deverá tratar de vários temas, como o papel da mídia tradicional, as eleições de 2014 e a importância do ativismo digital. A decisão de convidá-lo foi tomada pela comissão nacional do movimento dos "blogueiros progressistas" - nascido em agosto de 2010 e também batizado de "BlogProg".

Diante das manipulações da mídia monopolizada, o ex-presidente tem dado grande importância aos que atuam na internet. Ainda no exercício do cargo e em pleno Palácio do Planalto, ele concedeu a primeira entrevista coletiva na história do Brasil a um grupo de blogueiros, em novembro de 2010, o que gerou raivosa reação dos barões da mídia. Em junho de 2011, Lula participou do II Encontro Nacional dos Blogueiros, em Brasília. Em abril passado, o ex-presidente voltou a falar com os blogueiros, numa segunda entrevista coletiva que também gerou violenta reação da velha mídia.

Maiores informações sobre o IV BlogProg no site do Encontro http://blogprog.com.br



Lula confirma presença no IV BlogProg

14 de Maio de 2014, 12:15, por Bertoni - 0sem comentários ainda

 Por Altamiro Borges

O ex-presidente Lula estará presente no IV Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, que ocorrerá nos dias 16, 17 e 18 de maio em São Paulo. Sua participação foi confirmada pela assessoria do Instituto Lula nesta quinta-feira. Logo na manhã de sexta-feira (16), o ex-presidente deverá tratar de vários temas, como o papel da mídia tradicional, as eleições de 2014 e a importância do ativismo digital. A decisão de convidá-lo foi tomada pela comissão nacional do movimento dos "blogueiros progressistas" - nascido em agosto de 2010 e também batizado de "BlogProg".

Diante das manipulações da mídia monopolizada, o ex-presidente tem dado grande importância aos que atuam na internet. Ainda no exercício do cargo e em pleno Palácio do Planalto, ele concedeu a primeira entrevista coletiva na história do Brasil a um grupo de blogueiros, em novembro de 2010, o que gerou raivosa reação dos barões da mídia. Em junho de 2011, Lula participou do II Encontro Nacional dos Blogueiros, em Brasília. Em abril passado, o ex-presidente voltou a falar com os blogueiros, numa segunda entrevista coletiva que também gerou violenta reação da velha mídia.

Maiores informações sobre o IV BlogProg no site do Encontro http://blogprog.com.br



[Conheça] Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil

12 de Maio de 2014, 6:03, por Bertoni - 0sem comentários ainda

DeMobiliza MROSC



Venha debater Soberania Tecnológica no FISL 15

6 de Maio de 2014, 9:26, por Bertoni - 0sem comentários ainda

A 15ª Edição do FISL - Fórum Internacional de Software Livre começa neste dia 07 de maio e vai até sábado, 10/05.

A Equipe do Blogoosfero estará no FISL debatendo Soberania Política e Tecnológica brasileira em um mundo cibernético, no painel que acontece no dia 09/05, sala 41-B a partir das 11:00h.

Venha debater Soberania Tecnológica conosco.

Veja a programação do Fisl

PROGRAMAÇÃO ATUALIZADA DO #FISL15