O Tribunal de Justiça de Santa Catarina condenou um hospital do Rio de Janeiro a pagar uma indenização de R$ 300 mil aos familiares de um jovem que sofreu graves sequelas neurológicas após uma cirurgia seguida de um erro da equipe médica. Em 2002, aos 22 anos, o estudante passou por uma operação para remover um tumor cerebral. O procedimento ocorreu conforme o esperado, mas o problema ocorreu na fase pós-operatória.
Os médicos e enfermeiros não perceberam que o jovem estava com hipertensão craniana - quem notou os sinais do quadro foi a mãe do estudante. Depois disso, ele entrou em coma e, quando acordou, apresentava paralisia parcial e déficit cognitivo. Hoje, o jovem vive em uma cadeira de rodas e não consegue realizar ...
O desembargador Fernando Carioni, relator da apelação, afirmou que era responsabilidade do hospital monitorar o paciente e observar se havia sinais de problemas após a cirurgia. "O seu acompanhamento no pós-operatório deveria se dar de forma permanente e intensiva, principalmente porque uma das complicações previsíveis era a ocorrência de novo sangramento no leito tumoral, a qual geraria a hipertensão intracraniana", escreveu no processo.
O hospital também terá que ressarcir as despesas da família com o tratamento do jovem, além de pagar a ele uma pensão mensal vitalícia de um salário mínimo. A decisão em segunda instância foi unânime. O hospital ainda pode recorrer da condenação.
Terra
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