Ir para o conteúdo

Daniela

Tela cheia

Com texto livre

14 de Junho de 2012, 21:00 , por Daniela - | No one following this article yet.

Novo intervalo na Europa

7 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Na análise de um dos tempos mais instigantes da Europa, o do entardecer do Império Romano e da chegada da Idade Média (La fin du monde antique et le debut du Moyen Age), o historiador francês Ferdinand Lot usa uma frase de forte atualidade: Reste une grandeur caduque, même malfaisante.
Passados os 500 anos desta Idade Moderna, os observadores isentos, desatados dos compromissos contemporâneos, terão a mesma idéia da Europa de nosso tempo. E sobre o que dirão os historiadores futuros, não há dúvida. A Europa que enfrenta a crise do euro, uma das faces da crise maior, a da identidade do continente, vive hoje, como Lot descreveu a Europa da Alta Idade Média, os restos de uma grandeza caduca, e, mais do que isso, malfazeja.
O historiador escreveu seu livro mais conhecido nos anos 20, entre as duas grandes guerras que assolaram a Europa e boa parte do mundo. Apesar de todos os motivos políticos e econômicos, que levaram à eclosão dos conflitos, havia, e continua a haver, uma razão mais profunda, que a inteligência do homem não está sendo capaz de administrar. De repente, e em dupla perplexidade, o homem se vê, ao mesmo tempo, como todo poderoso senhor da natureza, e ser frágil, inerme, diante do cosmos. E, por mais crentes que todos pareçam ser, nos cultos das várias confissões religiosas, há sempre uma dúvida, que vai além do monólogo de Hamlet. Não se trata de saber se somos ou não somos, mas o que somos e o que não somos.
O homem que pensa mais além das ficções que lhe oferece o poder, duvida da existência de Deus, mas não encontra, na ciência, verdade que o console, e não dispõe de outra idéia de salvação que não seja a da investigação da natureza e do cosmos. Por isso mesmo saúda a chegada de um laboratório teleguiado a Marte nas mesmas horas em que, em Oak Creek, nos Estados Unidos, uma comunidade religiosa dos sikhs chora seus mortos. O assassino, tudo indicava, era um racista intolerante, que teria confundido os fiéis da seita indiana com muçulmanos.
Estamos enviando um engenho a Marte, em busca da vida, enquanto não conseguimos aceita-la na Terra. A vida é uma aventura da natureza, que busca transcender-se na inteligência, esse fenômeno em que o grande psicólogo inglês Cyril Burt vê enigma indecifrável: Como os movimentos de partículas materiais podem gerar esse espetáculo imaterial permanece um mistério.
Por mais os neurofisiologistas, como é o caso do cristão John Eccles, tenham descrito, com precisão, a atividade dos neurônios e dos nervos – que são uma extensão da mente – o mistério permanece, em sua perturbadora imanência.
A crise do euro demonstra que a Europa Unida é apenas um meritório esforço político, que encontra suas dificuldades na força das razões nacionais de cada um dos países associados. A realidade do nacionalismo volta a impor-se, como se impôs em várias ocasiões na Europa, até mesmo contra os interesses dos reis.
O retorno à Idade Média, com seus distritos feudais, sob o mando da aliança dos bispos com os barões, e o poder distante de reis e imperadores, é hoje impossível. A própria Igreja, que vem sendo contestada por um movimento de retorno ao velho Cristianismo, anterior à sua associação com o Império, terá que se descentralizar para sobreviver. O Vaticano é hoje uma instituição sem mistérios, e sem mistérios todo poder fenece.
Hoje, estamos assistindo ao fim do falso mistério da moeda virtual e de seus manipuladores, e isso ocorre na Europa, com os euros emitidos pelo Banco Central Europeu. O euro crescia enquanto a confiança nos dólares norte-americanos murchava. Quando os governos europeus resolvem também emitir dinheiro sem lastro, mediante o BCE, a fim de salvar os banqueiros larápios, com o sacrifício dos povos, como o grego e o espanhol, sua moeda comum sofre a mesma erosão. A crise do euro é o resultado da falta de cimento à unidade européia, antes tentada pelas armas pelos romanos, por Napoleão e por Hitler. Todos eles buscaram a unidade que se submetesse à hegemonia dos conquistadores. Isso se repete hoje, com as armas de antes substituídas pela força do poder econômico: os meios são outros, mas os delegados dos banqueiros, que governam o BCE, a Itália, a Grécia e a Espanha contam com Angela Merkel - assim como os grandes financistas se associaram a Hitler, durante a ocupação da Europa pelo Reich.



Charge online - Bessinha - # 1388

7 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



Serra e Globo vaiados no lançamento do livro do ex-goleiro Marcos

7 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda


Na noite de autógrafos do livro "Nunca Fui Santo", biografia do ex-goleiro Marcos, sobrou para a TV Globo e José Serra (PSDB)...

O lançamento aconteceu na noite desta terça (7) na livraria Saraiva do shopping Eldorado, em São Paulo.

Os torcedores (a maioria palmeirense usando a camisa do time) ficaram revoltados, pois o local estava lotado e a segurança, em vez de organizar uma fila e fazer um rodízio, deixaram os torcedores populares, que queriam ver seu ídolo, do lado de fora. Lá dentro, gente "VIP" como José Serra. 

Ao verem um repórter da Globo lá dentro fazendo a cobertura, começaram a gritar: "Rede Globo, vai se f..., nosso Palmeiras não precisa de você". 

Como só havia uma porta na livraria, que servia de entrada e saída, seguranças fecharam o local para evitar uma invasão. Mas os fãs empurraram a porta de vidro até quebrar. 

Com os seguranças fazendo barreira, ninguém entrava nem saía.

José Serra ficou preso por um bom tempo lá dentro. Nem os seguranças dele davam conta de tirá-lo de lá, com medo do tucano ser atingido por alguma bolinha de papel (só conseguiram depois de muito empurra-empurra). 

Enquanto isso, todo suado, com cara de cansado, teve de ouvir o pessoal xingando-o com aquela palavrinha básica que o povo usa para se referir a um político que não considera um exemplo... 



IPCA de julho fica em 0,43%

7 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) apresentou variação de 0,43% em julho, maior do que a taxa de 0,08% registrada em junho. Com o resultado de julho, o acumulado do ano fechou em 2,76%, abaixo dos 4,04% relativos ao mesmo período de 2011. Porém, considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,20%, acima dos 4,92% relativos aos doze meses imediatamente anteriores, invertendo o movimento decrescente que vinha sendo observado desde setembro de 2011, quando o índice passou de 7,31% para 6,97% em outubro. Em julho de 2011, a taxa havia ficado em 0,16%. A publicação completa da pesquisa pode ser acessada na página
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/indicadores/precos/inpc_ipca/defaultinpc.shtm.
A seguir, os resultados por grupo de produtos e serviços pesquisados:
As despesas pessoais e as despesas com alimentos, ambos com 0,91% de variação, foram as que mais subiram em julho, sendo que os alimentos, pela importância que têm no orçamento das famílias, foram responsáveis por 49,00% do índice do mês, detendo 0,21 ponto percentual.
No grupo alimentação e bebidas (de 0,68% em junho para 0,91% em julho), a região metropolitana de Salvador se destacou por apresentar aumento de 1,45%, bem acima da média. A seguir veio a região do Rio de Janeiro, onde o aumento foi de 1,08%.
O tomate, com redução de oferta, após ter subido 11,45% em junho, chegou a ficar 50,33% mais caro em julho e, com isso, ganhou o primeiro lugar no ranking dos principais impactos, com 0,10 ponto percentual. No Rio de Janeiro, o preço do tomate quase dobrou de um mês para o outro, atingindo variação de 94,18%. O segundo maior aumento do tomate foi em Porto Alegre, atingindo 83,32%.
Além do tomate, vários alimentos se mostraram em alta no mês, conforme a tabela a seguir:
Por outro lado, alguns itens do grupo alimentação e bebidas apresentaram redução de preços de junho para julho, a exemplo das carnes, cuja variação de -1,13% e impacto de -0,03 ponto percentual constituiu-se no principal impacto para baixo.
As despesas pessoais, cuja variação em junho havia sido de 0,47%, apresentaram alta de 0,91% em julho. A principal pressão foi exercida pelo item “empregado doméstico”, com 1,37% em julho ante 0,61% no mês anterior. Em alta, também se destacaram no grupo os itens hotel (1,28%), excursão (3,46%) e manicure (1,10%).
Aluguel residencial, que passou de 0,68% em junho para 1,16% em julho, condomínio (de 0,54% para 0,96%) e artigos de limpeza (de 0,23% para 0,50%) elevaram as despesas com habitação em 0,54%.
Com saúde e cuidados pessoais, a despesa aumentou 0,36% em julho, bem próxima da variação de 0,38% registrada em junho. Apesar do aumento nos preços dos remédios, que foi de 0,05% em junho para 0,21% em julho, os artigos de higiene pessoal mostraram desaceleração, passando de 0,44% em junho para 0,17% em julho.
O grupo transporte se manteve em queda, porém com resultado muito próximo de zero, situando-se em -0,03% em julho contra -1,18% em junho. Isso porque os automóveis novos, que haviam caído 5,48% em junho, deixaram no IPCA do mês anterior a maior parte do efeito do IPI reduzido em 21 de maio. Já em julho, mostraram relativa estabilidade, com 0,01% de variação. Além disso, sob influência dos novos, os preços dos automóveis usados chegaram a cair 4,12% em junho, enquanto em julho a queda ficou em 0,91%.
Os combustíveis também continuaram em queda, até com mais força do que no mês anterior. O preço do litro do etanol ficou 2,00% mais barato em julho, sendo que já havia diminuído 1,24% em junho. No litro da gasolina, a queda foi de 0,43%, após já ter caído 0,41% no mês anterior.
Os ônibus urbanos passaram de 0,87% em junho para 0,17% em julho, sob influência, apenas, da parcela complementar de 2,19% na região metropolitana de Salvador, onde o reajuste de 12,00% entrou em vigor a partir de 04 de junho.
Nos eletrodomésticos houve aumento de 0,22% em julho, ao passo que em junho a queda foi significativa, de 1,02%. Ao contrário, os preços dos artigos de mobiliário caíram 0,14% em julho, tendo registrado aumento de 0,51% em junho. Com estes destaques o grupo artigos de residência passou de -0,03% para -0,01%.
Nos artigos de vestuário, a variação foi de 0,04% em julho contra os 0,39% de junho, quando a liquidação da estação estava se iniciando.
Assim, o agrupamento dos produtos não alimentícios ficou em 0,28% em julho contra -0,10% em junho.
Entre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,61%), sob influência da energia elétrica (9,12%), cujas tarifas foram reajustadas em 9,90% a partir de 29 de junho. O menor índice foi o de Belém (0,22%), em razão do resultado moderado dos alimentos (0,23%). A seguir, tabela com resultados por região:
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 27 de julho de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 28 de junho de 2012 (base).
INPC variou 0,43% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,43% em julho, acima do resultado de 0,26% de junho. Com isso, o acumulado do ano fechou em 3,00%, abaixo da taxa de 3,70% relativa ao mesmo período de 2011. Considerando os últimos doze meses, o índice situou-se em 5,36%, acima dos doze meses imediatamente anteriores (4,90%). Em julho de 2011, o INPC não mostrou variação, ficando em zero.
Os produtos alimentícios apresentaram variação de 0,89% em julho, enquanto os não alimentícios aumentaram 0,29%. Em junho, os resultados ficaram em 0,67% e 0,11%, respectivamente.
Dentre os índices regionais, o maior foi o de Goiânia (0,70%) sob influência da energia elétrica (9,01%), cujas tarifas foram reajustadas em 9,90% a partir de 29 de junho. O menor índice foi o de Belém (0,21%) em razão do resultado moderado dos alimentos (0,15%).
A seguir, a tabela com os resultados por região:
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões metropolitanas do País, além de Brasília e do município de Goiânia. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 27 de julho de 2012 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de maio a 28 de junho de 2012 (base).
No IBGE



Barbosa, a mídia e o mensalão tucano

7 de Agosto de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

A jornalista Mônica Bergamo publicou três notinhas reveladoras na página Ilustrada da Folha:

Olhos abertos

O ministro Joaquim Barbosa, relator do "mensalão do PT" no STF (Supremo Tribunal Federal), segue atento ao "mensalão mineiro", que envolve líderes do PSDB. Ele pretende deter-se em providências que levem à rápida localização de testemunha considerada chave nas investigações e que tomou chá de sumiço em Minas Gerais.

Pedreira

Barbosa, que defendeu o desmembramento nos dois casos e foi voto vencido, acredita que o risco de prescrição no "mensalão mineiro" é até maior do que havia no "mensalão do PT". E diz a interlocutores que, se no caso petista tudo quase sempre foi aprovado por unanimidade no STF, no mineiro as dificuldades foram maiores.

Tem mais

Ele também questiona a imprensa. Quando procurado por repórteres para falar do processo contra petistas, provoca ao fim da entrevista: "E sobre o outro, vocês não vão perguntar nada?". Recebe como resposta "sorrisos amarelos". "A imprensa nunca deu bola para o 'mensalão mineiro'", diz ele.

Razões políticas da operação-abafa

Por que será que caso envolvendo dirigentes petistas foi “aprovado por unanimidade” no STF e o outro, que envolve líderes tucanos, é bem mais antigo e corre risco de prescrição, esbarra em tantas dificuldades no Supremo? Por que será que a “imprensa nunca deu bola para o ‘mensalão mineiro’”? Por que será que Mônica Bergamo trata o caso em julgamento nestes dias como “mensalão do PT”, mas evita rotular o outro de “mensalão do PSDB”?
O ministro Joaquim Barbosa, sempre tão rigoroso com os petistas, conhece as respostas a estas perguntas. Mas ele prefere fazer mistério. Ele poderia até criticar o seu colega, ministro Gilmar Mendes, que sempre criou obstáculos ao julgamento do mensalão tucano, foi indicado para o STF pelo ex-presidente FHC, prestou serviços ao seu governo e mantém sólidos laços de amizade com Serra e outros caciques do PSDB.
Barbosa poderia também criticar a velha mídia, que fez campanha pela eleição e reeleição de FHC, sempre apoiou seu reinado neoliberal e nunca engoliu as derrotas dos tucanos para Lula e Dilma. A relação da mídia com o PSDB e o DEM é bem conhecida. Boa parte dela inclusive promoveu a escandalização da política no caso de “mensalão do PT” para pregar o impeachment e/ou o sangramento do ex-presidente Lula.

Os motivos mais mundanos

Estas razões políticas explicam porque o “mensalão tucano” esbarra em dificuldades no STF e porque a mídia não dá bola para este caso. Além disso, existem também motivos mais mundanos. Recentemente, a CartaCapital publicou um relatório que aponta o ministro Gilmar Mendes como beneficiário do esquema de caixa dois montado pelo publicitário Marcos Valério na campanha do tucano Eduardo Azeredo ao governo de Minas Gerais, em 1998.
O esquema ilegal deu origem ao abafado “mensalão mineiro”, como a mídia insiste em rotulá-lo de maneira seletiva. Ele teria movimentado cerca de R$ 104 milhões. Deste total, segundo a revista, R$ 185 mil teriam ido parar nas mãos de Gilmar Mendes. O relatório também inclui a Editora Abril, como destinatária de R$ 49,3 mil, e o Grupo Abril, que teria abocanhado outros R$ 49,5 mil. Ambas as empresas são do empresário Roberto Civita, o chefão da Veja.

Qual será a "providência" do STF?

A denúncia da CartaCapital não teve qualquer repercussão na velha mídia. Até agora, a Veja não conseguiu explicar o seu suposto envolvimento com o chamado "valerioduto". Já o ministro Gilmar Mendes ameaçou processar a CartaCapital e atacou os "blogs sujos", que repercutiram a denúncia. Se depender da mídia e de alguns ministros a denúncia também será abafada, como foi o escândalo do "mensalão tucano" - ou melhor, do "mensalão mineiro". Será que o ministro Joaquim Barbosa vai chutar o pau da barraca? A conferir!
Altamiro Borges