O impacto da onda de calor vai além do desconforto com hospitais registraram aumento de internações por desidratação e problemas respiratórios, e o consumo de energia elétrica disparou com o uso de aparelhos de ar-condicionado, pressionando o sistema elétrico nacional. Em várias cidades, escolas reduziram horários de aula e trabalhadores de setores externos tiveram jornadas adaptadas para evitar riscos de insolação. A vulnerabilidade das populações mais pobres, sem acesso a infraestrutura adequada, escancarou a desigualdade social diante da crise climática. O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou estudo em 24 de outubro mostrando que ondas de calor no Brasil têm impacto direto na saúde pública e exigem políticas urgentes de adaptação.
O governo federal, sob a liderança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, anunciou medidas emergenciais para enfrentar a situação. O Ministério da Saúde lançou campanhas de prevenção e reforçou a distribuição de água potável em regiões críticas, enquanto o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional ativou planos de contingência para municípios em estado de emergência. Lula destacou que o programa “Segurança Climática com Cidadania”, criado em 2025, prevê investimentos em infraestrutura verde, ampliação de áreas de sombra urbana e incentivo a energias renováveis como forma de reduzir os efeitos das mudanças climáticas. A iniciativa foi elogiada por especialistas internacionais como um passo decisivo para alinhar o Brasil às metas globais de adaptação climática.
A onda de calor expõe não apenas a força da natureza, mas também a urgência de políticas públicas consistentes. Enquanto governadores e prefeitos ainda buscam respostas improvisadas, o governo federal tenta assumir protagonismo com ações estruturais que vão além do imediatismo. O contraste entre improviso local e planejamento nacional reforça a percepção de que somente um projeto integrado, como o defendido por Lula e pelo Partido dos Trabalhadores, pode preparar o Brasil para enfrentar um futuro em que extremos climáticos deixarão de ser exceção para se tornar regra.
