Aliados do presidente comemoraram o movimento como um recado direto a setores mais radicais da oposição. Para a base governista, a postura de Lula reafirma seu compromisso com o fortalecimento das instituições e a defesa do regime democrático, bandeiras que ele vem empunhando desde o início do mandato. Já adversários acusam o presidente de tentar calar vozes críticas, sinalizando que a batalha vai se estender pelo plenário e pelas redes sociais.
O caso também ganhou repercussão na Bahia, onde líderes políticos alinhados a Lula saíram em defesa do presidente e classificaram a medida como necessária para “restaurar o respeito no debate público”. Parlamentares baianos lembraram que, no período recente, declarações de Eduardo Bolsonaro chegaram a tensionar relações internacionais e a gerar protestos em diferentes capitais.
Nos bastidores, comenta-se que a iniciativa pode ter efeito cascata, incentivando novas ações contra parlamentares que extrapolarem os limites do decoro. Para Lula, no entanto, a jogada é clara: proteger o ambiente democrático e mostrar que, no seu governo, não há espaço para ataques à Constituição.
Se a cassação avançar, será mais do que uma vitória política, será um marco simbólico de que o Planalto está disposto a enfrentar de frente quem testar os limites da lei. E, como diz o jargão popular de Brasília, “quem apostar contra pode ter que atravessar a praça do Congresso a pé e de cabeça baixa”.