Do lado de cá, a fila de pretendentes cresce a cada dia. Há os aliados de primeira hora, aqueles que estavam ao lado do governador nas trincheiras das campanhas passadas. Há os novos e promissores, que surgiram como estrelas em ascensão, e há também os que, com ares de veteranos, se posicionam como salvadores da pátria. Todos querem o lugar, a caneta e o poder de ditar os rumos do estado. Mas Jerônimo e o PT sabem que a escolha da vice-governança é o pilar da sua permanência no poder.
A escolha de Jerônimo será um recado. Um recado para os aliados, para a oposição e para a população baiana. O nome que for ungido terá a difícil tarefa de unir forças e fortalecer a base do governo, que, apesar de sólida, enfrenta os desafios naturais de qualquer gestão. Não se trata apenas de quem tem mais votos ou de quem é mais popular nas redes sociais. A escolha será sobre quem tem a capacidade de governar, de dialogar e de manter a chama da esperança acesa no coração dos baianos.
O PT, ciente da responsabilidade, age com cautela. A palavra de ordem é unidade. O partido sabe que qualquer racha pode abrir uma porta para a oposição. E, por isso, a escolha do vice será um gesto de conciliação, de união de forças e de reafirmação do projeto político que tem transformado a Bahia nos últimos anos. A disputa pelo cargo é, na verdade, um rito de passagem, um teste de fogo que o PT e o governador Jerônimo Rodrigues estão enfrentando com a maestria de quem já domina a arte de governar.
O baile de máscaras no Palácio de Ondina continua, e o suspense só aumenta. Mas, no final das contas, o que realmente importa não é quem dança com quem, mas sim quem sairá da festa com o anel de vice-governador e a responsabilidade de ajudar a guiar a Bahia para o futuro.