Ir para o conteúdo

Carta Campinas

Carta Campinas

Tela cheia

Carta Campinas

13 de Fevereiro de 2017, 17:35 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.

Festival Culinafro celebra a diversidade, sabores e saberes da culinária afro-brasileira e africana em Campinas

30 de Abril de 2025, 10:27, por Carta Campinas

(foto divulgação)

O Culinafro – Festival de Culinária Afro-Brasileira e Africana chega à sua 6ª edição no próximo dia 3 (sábado), das 12h às 22h, na Estação Cultura, em Campinas. Com entrada gratuita, o evento celebra a diversidade da gastronomia afro-brasileira e africana. 

Organizado pelo Projeto Saberes e Sabores, liderado pelo afrochef Marcelo Reis, o festival tem como missão valorizar e transmitir conhecimentos sobre a história e cultura afro-brasileira por meio da gastronomia. Mais do que um evento gastronômico, o Culinafro é uma celebração da resistência, da criatividade e da força ancestral dos povos africanos e seus descendentes no Brasil e no mundo.

O festival contará com dez expositores gastronômicos, oferecendo pratos típicos de países africanos como Angola, Camarões, África do Sul, Tunísia e também de territórios diaspóricos, entre eles Brasil, Venezuela, Colômbia e Estados Unidos.

O público poderá saborear pratos como DG (Camarões) e chandula (Angola), do Projeto Saberes e Sabores; xinxin de galinha e brick tunisiano, do Espaço Rainha Nzinga; bobotie (África do Sul) e bolinho de carne seca com mandioca, de Rita Penedo; pastel de vatapá e chakalaka, da cozinha afrovegana Kvegue; mufete e cachupa, do muzongue (Angola). O cardápio inclui ainda acarajé, do tradicional Tabuleiro da Baiana – Flor de Dendê; arepa e hallaca, do Orinoko (culinária afro-caribenha); pulled porks e bunny chow, das Delícias Gourmet da Tia Jô, e feijoada baiana, do Suramaya. Para a sobremesa, uma seleção especial de doces com Priscila Geladão, Jorge da Pipoca e Orinoko Doces.

Feira criativa

O festival também será um espaço para a economia criativa e o empreendedorismo negro, com mais de 15 expositores oferecendo moda afro, acessórios, bordados, livros, crochê, costura criativa e tecidos africanos. Entre as marcas presentes, destacam-se Abalô, Criolê, Djumbo, Val Gama, Ateliê da Tia Dê, Carol Caetano Ateliê e Círculo Contínuo, com produtos autorais que valorizam a estética afro-brasileira e a produção negra. (Com informações de divulgação)



Crimes de Bolsonaro têm tudo para condenação: prova documental, testemunha ocular e confissão

30 de Abril de 2025, 9:38, por Carta Campinas(foto marcelo camargo – ag brasil)

Não precisa ser Sherlock Holmes. Se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não for condenado, ninguém mais nesse país poderá ser. A investigação contra os crimes cometidos na tentativa de golpe de Estado tem os três principais elementos que fundamentam uma condenação: provas documentais, testemunha ocular e confissão do próprio réu.

Provas

As provas documentais estão ações e ataques de Bolsonaro ao sistema eleitoral e a minuta golpista. Em reunião realizada no Palácio do Planalto na manhã de 7 de dezembro de 2022, Bolsonaro apresentou a militares do alto escalão das Forças Armadas a “minuta do decreto golpista” — documento que previa atos para promover uma intervenção no Poder Judiciário, impedir a posse do presidente Lula (PT) e convocar novas eleições. Estavam presentes na reunião o general Marco Antônio Freire Gomes, comandante do Exército, almirante Almir Garnier, o comandante da Marinha, o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, além de Filipe Martins, ex-assessor especial de Bolsonaro.

Em depoimento à PF, o general Freire Gomes confirmou que uma versão da chamada “minuta do golpe” foi apresentada em uma reunião no dia 7 de dezembro de 2022 com a presença de Bolsonaro e militares. Bolsonaro produziu um documento como prova da tentativa de golpe.

Outra prova foi a transmissão feita por Bolsonaro, nas dependências do Planalto, no dia 29 de julho de 2021. Segundo a PGR, foi um dos “atos executórios voltados à restrição dos poderes constitucionais”. A denúncia afirma que Bolsonaro “persistiu na narrativa infundada de fraude” sem, no entanto, conseguir prová-la. Bolsonaro precisou criar essa prova em vídeo, além de outras falas constantes sobre o sistema eleitoral, para que a horda de golpistas, que ficou acampada em quartéis do Exército fosse estimulada a ações que provocassem tumultos como ocorreram após as eleições, na diplomação do presidente eleito e no 8 de janeiro.

Outra prova: uso ilegal e criminoso da estrutura da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) para espionar e atacar pessoas e instituições, além de espalhar desinformações nas redes. Segundo a investigação PF, houve desvio de ferramentas de pesquisa da agência em ações de monitoramento, vigilância e fiscalização de alvos considerados prejudiciais à imagem do ex-presidente. A agência, que era liderada por Alexandre Ramagem (PL), atual deputado federal, teve seus funcionários produzindo informações falsas sobre o processo eleitoral e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Testemunha Ocular

A delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, confirma e relata toda a trama golpista de dentro da própria trama. Mauro Cid foi uma testemunha ocular privilegiada, visto que estava diretamente ligado ao ex-presidente. Ou seja, além de trazer mais provas e confirmar as provas existentes, o testemunho ocular de Mauro Cid não deixa dúvidas sobre a tentativa de golpe de Estado. Mauro Cid, por exemplo, disse em delação premiada à Polícia Federal (PF) que viu Bolsonaro editando a “minuta do golpe”, documento que buscava anular o resultado das eleições de 2022, vencidas por Lula (PT) e dar um golpe de estado para manter Bolsonaro e seu grupo no poder. Mauro Cid também colaborou com outros crimes de Bolsonaro, como o caso das joias furtadas do acervo do governo brasileiro.

Confissão em vida

Bolsonaro é um réu confesso. Em inúmeras, e coloca inúmeras nisso, ele disse que defendia a ditadura e torturadores. Isso está registrado em vários vídeos que percorrem toda a sua vida política. Ou seja, é um defensor de golpe de Estado, o que não deixa dúvidas sobre seus atos. Diferente seria se Bolsonaro, ao longo da vida, condenasse a Ditadura de 64 e o golpe de Estado, mas não. Ele produziu inúmeras provas e vídeos defendendo o rompimento da ordem democrática. Bolsonaro é uma confissão em vida.

Além de tudo isso e dos crimes gravíssimos, Bolsonaro continua livre e solto usando e abusando do amplo direito de defesa, recebendo o respeito com o devido processo legal, se beneficiando da possibilidade do contraditório e da ampla defesa.

Se Bolsonaro for absolvido, todos os condenados no Brasil precisam ser soltos.



Faculdade de Medicina expulsa 12 estudantes por apologia ao estupro

29 de Abril de 2025, 12:44, por Carta Campinas(imagem reprodução – redes sociais)

Do BdF – A Faculdade Santa Marcelina, em São Paulo, expulsou 12 estudantes do curso de medicina que fizeram apologia ao estupro ao posarem para uma foto uma faixa com a frase: “entra porra escorre sangue”. Além das expulsões, outros 11 alunos receberam “sanções regimentais que configuram suspensões e outras medidas disciplinares”. A instituição de ensino, porém, não especificou as medidas.

“Comprometida com a transparência, os princípios éticos e morais, a dignidade social, acadêmica e a legislação vigente, a Faculdade Santa Marcelina reafirma sua postura proativa e colaborativa em relação ao assunto, perante as autoridades competentes”, afirmou a faculdade em nota na segunda-feira (28). A Associação Atlética Acadêmica, a qual pertenciam os alunos, também permanece interditada desde o ocorrido.

A fotografia foi publicada nas redes sociais no dia 15 de março deste ano e gerou uma onda de indignação. Além das medidas internas, a faculdade comunicou os fatos ao Ministério Público e identificou os alunos junto à Polícia Civil.

Na época, o Coletivo Feminista Francisca, formado por alunas da faculdade, publicou sobre o caso nas redes sociais. “Não vamos tolerar qualquer ato ou fala que tente instaurar o medo e a opressão nos corredores da Santa Marcelina. (…) Estamos aqui também para cobrar um posicionamento da Atlética e esperamos que ela haja de maneira a assegurar a saúde mental e física de todas mulheres que ocupam o espaço da faculdade”, disse a organização.

De acordo com o grupo, a frase presente na faixa teria sido retirada de uma música cantada por alunos, que contém ainda mais referências à violência sexual. A música foi banida em 2017 após uma denúncia do próprio coletivo. Na época, o grupo fez uma publicação nas redes sociais dizendo que “a abolição da mesma [música], foi o mínimo a ser feito, tendo em vista seu conteúdo claramente violento e opressor“. A Faculdade Santa Marcelina afirmou que, na ocasião, não teve conhecimento da denúncia e por isso não agiu. (Do BdF)



‘Andy Warhol: Pop Art!’: Brasil recebe a maior exposição do artista já realizada fora dos EUA, com mais de 600 obras

29 de Abril de 2025, 10:53, por Carta Campinas

(imagem divulgação)

Em São Paulo – A partir do dia 1º de maio (quinta-feira), o público brasileiro poderá vivenciar uma experiência artística inédita na maior exposição já realizada no Brasil – e fora dos Estados Unidos – dedicada ao ícone da pop art Andy Warhol. A mostra ocupará simultaneamente duas salas expositivas do Museu de Arte Brasileira da FAAP, em São Paulo — o Salão Cultural e a Sala Annie Alvares Penteado — com mais de 600 obras trazidas diretamente do The Andy Warhol Museum, de Pittsburgh, o maior museu do mundo dedicado a um único artista.

Organizada pelo Instituto Totex, com curadoria de Priscyla Gomes, a exposição apresenta uma retrospectiva da trajetória de Warhol, percorrendo todas as fases de sua carreira. Os visitantes poderão mergulhar no universo criativo do artista por meio de suas obras mais emblemáticas, como as icônicas latas de sopa Campbell’s, os retratos de Elvis Presley, Marilyn Monroe, Michael Jackson e Pelé, além de esculturas, fotografias, instalações e filmes experimentais que refletem seu olhar singular sobre a cultura de massa.

Andy Warhol revolucionou a arte ao aproximá-la da publicidade, da moda, do design e da indústria audiovisual — uma influência que permanece viva até os dias atuais. Essa exposição inédita reforça o impacto duradouro de sua obra e oferece uma oportunidade imperdível para quem deseja compreender a estética e os conceitos que moldaram a arte contemporânea. (Com informações de divulgação)

Serviço

Data: 1º/5 a 30/6
Horário: de terça-feira a domingo das 9h às 20h (última entrada às 19h)
Local: Museu de Arte Brasileira – MAB FAAP
Endereço: Rua Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo-SP
Ingressos: R$ 50,00 e R$ 25,00 (meia) de terça a sexta-feira, e R$ 70,00 e R$ 35 (meia) aos sábados, domingos e feriados, à venda pelo link



A complexidade de proibir celulares nas escolas

29 de Abril de 2025, 9:35, por Carta Campinas(foto rovena rosa – ag brasil)

A complexidade de proibir celulares nas escolas: entre a socialização e a sensação de opressão

.Por Zel Florizel.

A discussão sobre o uso de celulares nas escolas é cheia de nuances. Por um lado, a proibição tem benefícios claros: muitos jovens voltaram a se socializar presencialmente, recuperaram o foco nas aulas, passaram a se interessar pela leitura e reduziram a dependência das redes sociais. Por outro, há estudantes que enxergam a restrição como uma forma de controle excessivo, um modo de opressão, gerando frustração e até mesmo resistência. Afinal, em um ambiente onde todos ao seu redor estão enebriados com o aparelho, ser o único privado desse artefato pode criar um sentimento de exclusão. Professores, estagiários, funcionários, etc. podem. Mas, você é proibído!

No Brasil, a regulamentação do uso de celulares em escolas varia entre normas estaduais e federais. No estado de São Paulo, a Lei Estadual nº 17.202/2019 proíbe o uso de celulares por alunos durante as aulas em escolas públicas e privadas, exceto quando o dispositivo for parte da atividade pedagógica, sob orientação do professor. Já a nível nacional, a Lei nº 14.146/2021 alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para proibir o uso de celulares em salas de aula, exceto para fins educacionais, deixando a regulamentação específica a cargo das instituições de ensino.
O Problema do Confisco e a Apropriação Indébita do Celular

Um ponto crítico nessa discussão é a prática de algumas escolas de confiscar celulares como forma de punição. Embora a intenção seja coibir o uso indevido, essa medida pode configurar crime de apropriação indébita, previsto no artigo 168 do Código Penal Brasileiro, que define como crime “apoderar-se de coisa alheia móvel, de que tem a posse ou a detenção”. Ou seja, a escola pode tomar o aparelho temporariamente para garantir o cumprimento das regras, mas não pode reter o dispositivo indefinidamente ou se recusar a devolvê-lo ao aluno ou responsável.
Equilíbrio Entre Disciplina e Direitos

A proibição do celular pode trazer benefícios educacionais, mas sua aplicação deve considerar:

Alternativas pedagógicas: Se o celular é parte do cotidiano dos jovens, por que não integrá-lo de forma produtiva às aulas?

Diálogo com os alunos: Explicar os motivos da restrição pode reduzir a sensação de opressão.

Respeito aos direitos: O confisco arbitrário pode gerar conflitos jurídicos e desgaste na relação entre escola e estudantes.

Em resumo, a proibição de celulares nas escolas não é uma questão preto no branco. Envolve equilibrar disciplina, aprendizagem e direitos individuais, sempre buscando o melhor para o desenvolvimento dos estudantes. Se não houver uma campanha abrangente para explicar os riscos da exposição nas redes sociais e os benefícios do hábito da leitura, a instituição fracassará miseravelmente em falar, aos jovens, que sobre o uso do celeluar é: “proíbido por lei e pronto”.

As crianças e adolescente têm a capacidade de discernir o que vai torná-los pessoas mais habilidosas e capazes no futuro. A Comunidade Escolar precisa se libertar de seus dogmas e burocracias e explorar as vocações dos mais jovens para construir, junto com eles, uma ponte inquebrantável que os conduzam para um futuro brilhante. (Do Blog do Zel Florizel)



Carta Campinas