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JILS | Juliana Souza

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.

Veja? Ou melhor Reveja!

14 de Novembro de 2012, 17:01, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

O furor de hoje na internet é causado pelo texto “Parada gay, cabra e espinafre” do escritor J.R. Guzzo. E qual ao texto que o senhor Ramalhete escreveu, há um tempo atrás, na Gazeta do Povo, é recheado de ódio maquiado e inverdades, e por isso vejo a necessidade de me manifestar.
E o manifesto aqui não é apenas em repúdio a forma como os gays e a militância homossexual é tratada, mas a grandessíssima vergonha da “nossa” mídia nacional, que renega milhares de estudos científicos sobre os temas e publica diariamente falácias, o que “é um risco”, como disse Gunter Zibellse pensamos que não se trata apenas de mais um blog fundamentalista, mas de uma mídia que é lida por estimados 4 milhões de pessoas”.
Durante todo o texto o autor mostra a desqualificação em debater o tema que se propõe. Começo dizendo que acredito que alguém que se decide escrever um texto para uma revista de circulação nacional deveria ter o mínimo de cuidado, ou inteligência, de utilizar as terminologias corretas. O autor usa 8 vezes a palavra “homossexualismo” quando deveria utilizar “homossexualidade”, termo que internacionalmente foi alterado pela ONU em 1990 e no Brasil está em vigência desde 1999.
Erro que continua quando critica “o infeliz ‘kit gay’ (... que sugeria...) aos estudantes que a atração afetiva por pessoas do mesmo sexo é a coisa mais natural do mundo”, já que os estudos na área dizem que “a orientação sexual é biológica por natureza”, ou seja, é sim “natural”. E perpetuar o pensamento de que a homosexualidade é resultado de dinâmicas familiares problemáticas ou desenvolvimento psicológico faltoso, são ideias consideradas como baseadas em desinformação e preconceito. 
Ao dizer que “Para a maioria das famílias brasileiras, ter filhos ou filhas gay é um desastre” mostra total desconhecimento de projetos como o Mães pela igualdade, que reúne mães de várias partes do Brasil na campanha contra a discriminação, a violência e a homofobia. 
E como analisar a sua explicação de que a militância gay não existe? Quando diz que o movimento é feito de indivíduos que tem pensamentos diferentes e por isso não poderiam estar organizados, desqualifica todas as organizações formais como sindicatos, partidos, ONGs e demais entidade que são formadas por indivíduos de pensamento plural, mas unidos por um ideal comum e que justamente por isso são tratados “como um bloco só”.

Outro erro grave é negar a violência aos homossexuais, presente no Brasil e no Mundo, como mostram os dados do Relatório sobre a Violência Homofóbicano Brasil da Secretaria Nacional de Direitos Humanos. E desqualificar a lutapela Criminalização da Homofobia é o mesmo que desqualificar a Lei contra o Racismo e a Lei Maria da Penha que defende as mulheres da violência doméstica.


E por último porque não falar sobre os exemplos absurdos e de mau gosto utilizados? Não, não... acho que já não se faz necessário, como ele mesmo diz “Perder o essencial de vista, e iludir-se com o secundário, raramente é uma boa ideia”.