APP repudia convênio que terceiriza educação profissional
31 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaAcordo entre Seed (Secretaria Estadual de Educação do Paraná) e Walmart vai treinar mão-de-obra para o varejo e não oferecer formação profissional aos jovens
A APP-Sindicato repudia e demonstra sua total contrariedade com a iniciativa da Secretaria de Estado da Educação (Seed), que, pondo de lado os esforços para a construção de uma educação profissional pública de qualidade para nossos jovens, celebrou acordo com a norte-americana Walmart para preparar quadros para a multinacional de supermercados.
O termo, assinado na semana passada entre a Seed e o Instituto Walmart, cria o "Programa Escola Social do Varejo", nada mais que um serviço de treinamento de mão-de-obra para atender às necessidades imediatas do comércio varejista - e não para oferecer uma efetiva formação profissional ao público a que nominalmente se destina, jovens de 16 a 24 anos, matriculados no ensino médio nas escolas estaduais.
A parceria com a multinacional do varejo - área sabidamente problemática pelos abusos trabalhistas - está em consonância com a política da Seed no atual governo de restrição ao ensino profissional público. Tal política já havia sido demonstrada com a terceirização do ensino - antes oferecido na própria rede estadual integrado ou subsequente ao ensino médio -, que passou a se adequar a parcerias com o "sistema S" e com as diretrizes do Pronatec.
A educação pública viu novamente a forma de o governo Richa encarar o ensino profissional com a não abertura de turmas para o segundo semestre de 2012 (parcialmente revertida na semana passada).
Todas estas preocupações serão trazidas para a mesa de negociações com a Seed nesta terça-feira, em Curitiba.
Fonte: APP-Sindicato
Colaboração e Liberdade: estratégias de desenvolvimento tecnológico nacional
25 de Julho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Sérgio Luís Bertoni *
Um desafio está colocado para nós, brasileiros, neste início da era do capitalismo informacional: aceitar a condição de consumidores de tecnologias e informações alheias ou nos transformarmos em produtores autônomos e soberanos das mesmas.
No capitalismo informacional, a produção material está assumindo um papel secundário nos processos produtivos, sendo apenas uma consequência da aplicação de tecnologias e conhecimentos.
A chamada produção imaterial ou de bens intangíveis (tecnologia e conhecimento) vai asumindo um papel predominante e quem dominá-los, dominará todo o processo econômico e social. Prova disso é o valor de mercado e o poder de compra de uma empresa de tecnologia como o Google, muitas vezes superior ao valor de mercado da maior montadora de automovéis, que é um exemplo clássico da era industrial. Além disso a saúde financeira das empresas de tecnologia e informação fariam o combalido sistema financeiro internacional passar vergonha, se a tivesse...
Se no obscurantismo da idade média, as catedrais estavam no centro de toda a organização social, política e econômica, assim como na era industrial estavam as industrias e no capitalismo financeiro os bancos, no capitalismo informacional tudo vai se organizando em torno dos produtores de conhecimento, tecnologia e informação.
Portanto, se nos contentarmos com a condição de meros consumidores de tecnologia e conhecimento, nos contentaremos com a indigna posição de dominados e agravaremos ainda mais as mazelas nacionais. À exclusão social e econômica, estaremos adicionando a exclusão digital e do conhecimento.
Para superar esta condição, antes mesmo que ela esteja consolidada, precisamos romper com o complexo de viralatas que ainda reina em nossas mentes e corações.
Precisamos ser ousados e passar à condição de produtores de tecnologias e provedores de serviços tecnológicos e informacionais.
Precisamos criar infraestruturas tecnológicas nacionais públicas e abertas que garantam o acesso de todas as camadas da população aos novos serviços proporcionados pelo desenvolvimento tecnológico e informacional.
Precisamos, inclusive, ter servidores e repositórios públicos nacionais para armazenamento seguro de toda a informação, conhecimento e tecnologia produzidos no país. Aliás, a segurança de nossos dados pessoais e coletivos, das tecnologias que produzimos, assim como a sua integridade, são questões tanto de segurança nacional, como de preservação cultural, de nossas crenças e sabedorais autóctonas.
Note-se que falamos de infraestrutura pública e não estatal, porque entendemos que esta mudança de condição, este deixar de ser consumidor de tecnologia e conhecimento para tornar-se produtor dos mesmos, só é efetivamente possível e inclusivo se houver ampla colaboração entre comunidades, governos, sociedade civil, sindicatos, movimentos sociais, empresas públicas e privadas. Esta colaboração só pode existir em um ambiente livre e colaborativo, onde todos os que participam do mesmo, preservadas suas especialidades e capacidades, igualmente são tratados como sujeitos do processo de desenvolvimento.
A condição de igualdade e protagonismo dos agentes a qual nos referimos no parágrafo anterior não existe no mundo da propriedade intelectual privada, no mundo do copyright como ele é atualmente concebido. No mundo da propriedade intelectual privada, quem a detém, quem detém uma patente, está num patamar superior aos demais e, conforme legislação em vigor, possui determinados direitos reservados que lhe permite, inclusive, indisponibilizar o uso da mesma.
Para sobreviver nesta nova selva do capitalismo informacional precisamos de um projeto de desenvolvimento tecnológico nacional que junte iniciativas e evite a concorrência danosa entre irmãos, ou seja, aquela concorrência que leva a dispersão de energias e de trabalho. Não se propõe aqui reinventar rodas, mas sim juntar as partes que hoje se desenvolvem em separado e criar sinergias que possibilitem o desenvolvimento conjunto delas. E isso, mais uma vez, só é possível em um ambiente de colaboração.
Um exemplo bem prático do que estamos falando é o Blogoosfero, a plataforma livre e colaborativa desenvolvida em parceria pela Blogosfera Progressista e o Movimento do Software Livre.
De um lado, @s chamad@s Blogueir@s "Suj@s" realizavam seu trabalho de produção de informação e em defesa da Liberdade de Expressão usando as ferramentas disponíveis. Porém, começaram a sofrer ataques cibernéticos e, o mais grave, a sofrer censura. Posts e blogs foram retirados do ar, muitas vezes de forma arbitrária e completamente sem sentido. Sentiram, então, a necessidade de ter uma blogosfera "blindada" que pudesse protegê-l@s contra estes tipos de ataques.
De outro lado, o Movimento do Software Livre, mais especificamente a Colivre - Cooperativa de Tecnologias Livres da Bahia, desenvolvia o Noosfero, uma ferramenta livre e segura para administração de blogs e redes sociais, testada em ambientes de produção críticos tais como campanhas eleitorais e fóruns de software livre.
Se @s blogueir@s tentassem desenvolver algo do zero, reinventando a roda, levariam anos para conseguir produzir uma ferramenta própria que já poderia estar ultrapassada quando de seu lançamento. Porém, ao estabelecer a colaboração com o Movimento do Software Livre, trocar informações e experiências, foi possível criar o Blogoosfero em apenas 4 meses de trabalho de desenvolvimento e disponibilizá-lo ao público em maio de 2012. no 3º Encontro Nacional de Blogueir@s, realizado em Salvador, BA.
Esta colaboração entre Blogosfera Progressista e Movimento do Software Livre tem ajudado às duas comunidades a entender as demandas e ensejos alheios e a apoiar-se mutuamente nas demandas de cada movimento, assim como criar sinergias no desenvolvimento de novas funcionalidades da plataforma. Ou seja, antes mer@s usuári@s de tecnologias para blogs, @s blogueir@s podem hoje também participar do desenvolvimento de uma tecnologia nacional!!!
Muitas são os entes da República Federativa do Brasil (públicos e privados) que planejam desenvolver algo parecido com o já feito pelo Blogoosfero. Mas infelizmente o fazem de forma isolada, sem colaboração. Além de atrasar os processos de desenvolvimento, isso gera um gasto desnecessário de trabalho e inteligência. Somos um país pobre que não pode se dar ao luxo de desperdiçar os parcos recursos que tem.
Se tais iniciativas passarem a colaborar e trabalhar em conjunto juntando as boas práticas e experiências já estabelecidas, podemos dar um salto tecnológico incrível em pouquíssimo tempo.
A resposta para o desafio colocado no início deste artigo está no desenvolvimento de tecnologias nacionais livres e colaborativas, juntando as boas práticas, iniciativas e experiências já existentes e criando sinergias que potencializem os resultados do trabalho e da inteligência nacional. Ou, em uma palavra, Colaboração!
* Sérgio Luís Bertoni é Mestre em Filosofia pela Universidade Estatal de Moscou M.V. Lomonossov, Coordenador de TIE-Brasil, Blogueiro "Sujo" e Progressista, Ativista Digital e Presidente da Fundação Blogoosfero.
Blogoosfero é pauta do programa Clique e Ligue da TVT
18 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO Projeto do Blogoosfero, lançado no mês passado durante do 3° Encontro Nacional de Blogueiros, em Salvador, está em pauta: hoje (19) é destaque no programa Clique e Ligue da TVT - TV dos Trabalhadores.
No programa de hoje o telespectador vai entender como atuam os blogueiros progressistas, quem são e quais as novas possibilidades de comunicação e os rumos da blogosfera nacional. E uma das grandes ferramentas usadas pelos blogueiros progressistas é o Blogoosfero, plataforma livre, colaborativa e segura.
O Blogoosfero é Liberdade Tecnológica, Liberdade de Expressão, Segurança, reunidos um ambiente de grande interação entre os usuários.
O Blogoosfero é rede social, blog, e empreendimento social auto-sustentável, aberto e livre para quem quiser participar.
Saiba muito mais sobre o Blogoosfero e suas possibilidades hoje (19) às 19:30h no portal da TVT, acessando www.tvt.org.br ou na TV aberta para os municípios de Camaçari (TV a Cabo - TV Litorânea Canal 32) e Vitória da Conquista (TV a cabo - Canal 36) no estado da Bahia.
| Serviço |
O QUÊ: Programa Clique e Ligue na TVT sobre o Blogoosfero
QUANDO: 19 de junho
HORÁRIO: 19:30h
ONDE: www.tvt.org.br (programa Clique e Ligue) e para TV aberta nos demais estados, consulte os canais acessando http://www.tvt.org.br/assista.php
Como instalar o Gimp 2.8 e ter uma janela única
4 de Junho de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPor Cláudio Novais
O Gimp é sem dúvida o melhor programa de edição de imagem de código aberto. As potencialidades são enormes devido à elevada quantidade de funcionalidades que o Gimp traz por padrão. Apesar de todas as funcionalidades, o Gimp nunca foi 100% amado pelos utilizadores devido à sua interface com 3 janelas. Ora, nesta nova versão do Gimp2.8 a sua interface pode ter apenas uma janela (tal como pode ver na imagem acima).
Para além disso, esta nova versão do Gimp traz inúmeras funcionalidades de usabilidade bastante interessantes, nomeadamente novos Brushes, novas funcionalidades para cada ferramenta, sistema de alteração de tamanhos das ferramentas muito prático, entre muitas outras novidades.
Assim, neste artigo explica-se como instalar o Gimp2.8 no Ubuntu 12.04 Precise Pangolin.
Foi preciso esperar 3 anos para que esta nova versão do Gimp2.8 aparecesse. No entanto, no final, valeu pela qualidade do resultado. Aliás, na verdade, os programadores do Gimp conseguiram chegar a uma versão bastante sólida ao ponto da equipa do Ubuntued recomendar você instalar/atualizar para o Gimp2.8.
O resultado destes 3 anos de desenvolvimento traz inúmeras modificações que, devido à sua elevada quantidade, não serão todas abordadas aqui neste artigo. No entanto, destacam-se as seguintes:
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Possibilidade de ter uma janela única, ao invés das 3 que o Gimp sempre nos habituou;
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Permite modificar toda a estrutura/organização dos vários elementos da janela (ver imagem ao lado);
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Traz muitas funcionalidades excelentes para edição de texto, nomeadamente o facto de ser possível ter várias fontes no mesmo texto, com tamanhos e cores diferentes;
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Quando o processamento é elevado é apresentada um círculo que representa o “loading“;
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O “Guardar” (CTRL+S) agora não guarda a imagem no mesmo formato mas, sim, no formato do Gimp (extensão .xcf), permitindo assim guardar toda a informação histórica e das camadas da imagem. Agora, para guardar a imagem no mesmo formato ou noutro formato de imagem utiliza-se o “Exportar” (CTRL+E);
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Grupos de camadas: agora existe a possibilidade de criar conjuntos de camadas para se poder trabalhar de forma mais estruturada nas imagens complexas. Esta funcionalidade era algo que muitos utilizadores procuravam ter no Gimp;
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As caixas de texto para inserir números agora aceitam cálculos matemáticos. O que significa que se você quiser reduzir uma imagem para metade, pode simplesmente multiplicar por 0.5! Veja no vídeo abaixo isso a acontecer aquando do redimensionamento da imagem;
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Os Brushes agora podem receber modificações dinâmicas, algo extremamente poderoso. Por exemplo, tal como se mostra no vídeo abaixo é possível mudar a direção consoante se movimenta o ponteiro;
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Existe agora uma funcionalidade nova chamada “Cage Transform Tool” (em português “transformar em gaiola”), em que funciona de uma maneira semelhante a uma ferramenta de deformar, mas aqui pode-se escolher os pontos principais livremente! Também se pode visualizar os efeitos desta ferramenta no vídeo abaixo.
Para mais informações sobre todas as novas funcionalidades desta nova versão do Gimp, recomendamos que veja a página oficial dedicada a essas informações:
Por fim, e antes de apresentar a instalação do Gimp 2.8, recomendamos que veja este vídeo que se mostra o Gimp2.8 e algumas das suas funcionalidades:
Como instalar o Gimp2.8
A instalação do Gimp2.8 resume-se a adicionar um repositório e posteriormente instalar o Gimp2.8. Assim você tem a certeza que utiliza sempre a última versão submetida para o repositório.
Para começar, abra o terminal e escreva o comando seguinte para adicionar o repositório do Gimp2.8:
Depois do processo ter terminado, apenas precisa de clicar no botão seguinte ou escrever o comando seguinte no terminal para instalar o Gimp 2.8:
Uma das novas funcionalidades deste novo Gimp2.8 é a tão esperada Janela Única! Muitos utilizadores há muito tempo que esperam por esta funcionalidade e ela agora está presente no Gimp. Para a ter é muito simples e basta navegar pelos menus da seguinte maneira (tal como pode ver na imagem ao lado):
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Janelas → Modo Janela-Única
Nota para os utilizadores do Ubuntu 11.10
O repositório apresentado neste artigo inclui também o Gimp2.8 para o Ubuntu 11.10 Oneiric Ocelot. No entanto, há muitos relatos de utilizadores que não conseguiram instalar o Gimp2.8 nesse sistema. Portanto, a equipa do Ubuntued não recomenda instalar o Gimp2.8 através deste repositório no Ubuntu 11.10. Se o quiser fazer, faça-o por sua conta e risco.
A equipa do Ubuntued apenas recomenda instalar o Gimp2.8 através deste respositório apenas para o Ubuntu 12.04 Precise Pangolin.
Opinião Pessoal
Eu utilizo o Gimp com muita frequência, aliás, todas as imagens do Blog Ubuntued são tratadas através do Gimp, por isso de certa forma, apesar de não ser profissional, posso dar uma boa perspetiva da qualidade deste software. Bom, o primeiro factor que tenho a dizer é o Guardar e Exportar que esta nova versão traz. Senti alguma dificuldade em me adaptar a esta forma de trabalhar, mas creio que ela é bastante prática e essa falha minha está intrinsecamente ligada apenas a estar acostumado à forma anterior. Quero dizer com isto que já passou cerca de um mês e neste momento estou completamente à vontade com esta nova forma de funcionar e até aprecio bastante pois ela é bastante mais lógica.
Relativamente às janelas, é indiscutível que esta nova versão fica marcada com o facto de permitir uma janela única. As 3 janelas era práticas para quem tinha vários monitores, no entanto, para quem tinha apenas um não me parece tivesse uma usabilidade adequada. Por isso mesmo, apesar de eu utilizar vários monitores, utilizo sempre uma só janela para trabalhar.
O enriquecimento das funcionalidades foi algo que descobri ser perfeito nesta nova versão. O facto de permitir reorganizar as janelas (tal como na segunda imagem do artigo) e o facto de trazer funcionalidades excelentes para mudar os valores das ferramentas é algo que destaco ser uma das ideias mais práticas do Gimp. Ou seja, por exemplo, agora é possível mudar o tamanho de um brush de 3 maneiras: uma se arrastarmos o mouse na parte superior da barra e aí muda-se o tamanho a uma velocidade muito grande; no caso de arrastarmos essa barra na parte inferior, então a velocidade é menor mas trazendo uma precisão muito maior; e, por fim, é possível definir um valor manualmente.
Ao nível da performance, não me parece haver grandes diferenças, bem como a estabilidade, o que significa que é uma versão que se recomenda vivamente a instalar. O único problema que destaco é facto do Unity por vezes tirar o ícone do Gimp, mesmo quando ele está aberto. Nesses casos, é necessário utilizar a combinação de teclas SUPER+W.
Por fim, e apesar de haver muitas outras coisas que deveria destacar, o facto de trazer brushes dinâmico é algo, que apesar de não usar, transmitiu-me um potencial elevadíssimo! Já agora, a qualidade de funcionamento dos seletores de imagem aumentou, sendo agora algo mais prático e intuitivo até!
Referências: