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Com o PIX e o DREX, Brasil desponta como um dos poucos países com capacidade de ter Moeda Digital Própria, diz especialista

2 de Fevereiro de 2025, 12:15 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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“Na realidade a maior parte do mundo não vai implementar um CBDC, porque não tem capacidade para o fazer e por isso o Brasil é um dos poucos países que penso que existe a possibilidade de ter um CBDC”, disse Jonathan Levin, CEO da Chainalysis.

Jonathan Levin, CEO da Chainalysis, revelou durante uma entrevista exclusiva ao Cointelegraph, que a empresa está de olho nos desenvolvimentos do Drex e da CBDC do Banco Central do BrasilEm visita a Brasília no ano passado, executivos da Chainalysis se reuniram com representantes do Banco Central para acompanhar os avanços no Drex.

Além do Brasil, a Chainalysis acompanha projetos de moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) ao redor do mundo. No entanto, o CEO acredita que poucos países têm a capacidade de implementar com sucesso um sistema como o Drex. O Brasil, com sua expertise no PIX e infraestrutura bancária avançada, desponta como um dos mais preparados, segundo ele.

“Na realidade a maior parte do mundo não vai implementar um CBDC, porque não tem capacidade para o fazer e por isso o Brasil é um dos poucos países que penso que existe a possibilidade de ter um CBDC”, disse.

A empresa, que já trabalha com mais de 350 agências governamentais ao redor do mundo, enxerga o Brasil como um mercado estratégico.

Drex, projeto de moeda digital do Banco Central, promete revolucionar o sistema financeiro nacional. Com a experiência da Chainalysis em análise de transações e combate a fraudes, a empresa quer oferecer suporte na segurança e transparência das operações.

Segundo a empresa, o Brasil já se destaca com o PIX, um dos sistemas de pagamentos instantâneos mais eficientes do mundo. O avanço para o Drex representa um passo natural na digitalização financeira.

O crescimento do setor cripto no Brasil também impulsiona essa aproximação. O país enfrenta desafios como golpes financeiros e esquemas de pirâmide, especialmente no setor de criptomoedas. O CEO da Chainalysis destacou que a empresa investe cada vez mais em tecnologia para identificar transações suspeitas e prevenir crimes financeiros.

A empresa já adquiriu startups especializadas em detecção de fraudes, como a Altaria, e firmou parcerias com o setor de cibersegurança para aprimorar a rastreabilidade de ativos digitais. A expectativa é que esse conhecimento seja aplicado também na estrutura do Drex, garantindo um ecossistema seguro e eficiente.

Confira a entrevista completa concedida durante a Plan B Conference, organizada com apoio da SmartPay e Truther.

CBDCs e golpes

Cointelegraph Brasil (CTBR): Você acredita que o crescimento do uso de CBDCs os golpes também vão aumentar?

Jonathan Levin (JL): Do nosso ponto de vista, os pagamentos estão se tornando cada vez mais rápidos. A criptomoeda é uma versão disso, e o PIX é outra excelente versão — eu adoro o PIX, e praticamente todo mundo usa. No Brasil, a taxa de penetração do PIX é extremamente alta em pagamentos interpessoais, pontos de venda e até mesmo alguns pagamentos governamentais, o que é fantástico.

Entretanto, qualquer sistema de pagamento em tempo real enfrenta um grande desafio em relação a fraudes. Embora o sistema de pagamento em si seja muito seguro, quando alguém é induzido a enviar dinheiro para a pessoa errada, a rapidez do sistema dificulta a recuperação dos fundos.

Por isso, é crucial haver uma inteligência de ameaças robusta para monitorar como golpistas utilizam não apenas criptomoedas, mas também todos os tipos de pagamentos em tempo real. Na Chainalysis, estamos planejando trabalhar com plataformas de Moeda Digital de Banco Central (CBDC), pois isso está crescendo globalmente, ainda que não tanto nos EUA, mas em outras partes do mundo.

CTBR: Por falar em CBDC, vocês estão colaborando com o Banco Central do Brasil no Drex?

JL: Estive em Brasília no ano passado e tenho acompanhado de perto o projeto de CBDC do Banco Central do Brasil. É empolgante ver um país com a capacidade de desenvolver um sistema de pagamentos tão eficiente como o PIX explorando novas possibilidades com moeda digital de banco central.

Na realidade, a maioria dos países não implementará um CBDC, simplesmente porque não tem a capacidade técnica e estrutural para isso. O Brasil, no entanto, é um dos poucos países onde essa implementação parece viável. Talvez a China também consiga, mas não realizamos negócios nesse mercado.

Para a entrevista na íntegra, clique em COINTELEGRAPH

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Fonte: https://luizmuller.com/2025/02/02/com-o-pix-e-o-drex-brasil-desponta-como-um-dos-poucos-paises-com-capacidade-de-ter-moeda-digital-propria-diz-especialista/

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