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Lula diz que não vai se humilhar ligando a Trump e vai acertar resposta conjunta dos BRICS ao tarifaço. Leia e assista:

August 6, 2025 17:30 , by Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Presidente Lula disse ainda a Reuters que vai conversar com líderes da Índia e da China; além dos três países, o grupo também tem Rússia e outras economias emergentes entre seus membros

Ficou marcada a Humilhação que Trump tentou impor ao Presidente da África do Sul, chamado pela casa Branca para “negociar” tarifas.

Da mesma forma, a Europa servil aceitou se submeter ao império numa negociação que envergonha os Europeus. Sobre o acordo de submissão da União Europeia, o 1º Ministro da França disse em alto e bom som: um dia sombrio e de vergonha para a Europa”

RESUMO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira, em entrevista à Reuters, que irá chamar os líderes da Índia, Narendra Modi, e China, Xi Jiping, para discutir uma resposta conjunta dos Brics ao tarifaço de Donald Trump. Além dos três países, o grupo também tem Rússia e outras economias emergentes entre seus membros. A taxa de 50% sobre produtos brasileiros entrou em vigor nesta quarta.

— Vou tentar fazer uma discussão com eles sobre como é que cada um está dentro da situação, qual é a implicação que tem em cada país, para a gente poder tomar uma decisão — disse Lula. — Eu sou presidente dos Brics até dezembro e vou conversar com todas as pessoas, é da minha responsabilidade.

A Índia também recebeu tarifa de 50%, essa sob a justificativa de importar produtos da Rússia. Já há uma ligação prevista entre Modi e Lula para esta semana. Enquanto a China tem negociações paralelas em andamento com os EUA.

Trump chamou o Brics de “antiamericano” e ameaçou as nações que participam dele, enquanto o grupo se reunia em uma cúpula no Rio de Janeiro.

— O que o presidente Trump está fazendo é tácito, ele quer acabar com o multilateralismo, em que os acordos se dão coletivamente numa instituição, e quer criar o unilateralismo em que ele negocia sozinho com outro país — disse Lula. — Qual é o poder de negociação que tem um país pequeno com os Estados Unidos na América do Norte? Nenhum.

‘Não vou me humilhar’

Lula disse ainda que não enxerga espaço para negociar diretamente com o Trump, pois afirmou rejeitar uma “humilhação” em uma conversa com o governo americano.

— Pode ter certeza de uma coisa: o dia que a minha intuição me disser que o Trump está disposto a conversar, eu não terei dúvida de ligar para ele. Mas hoje a minha intuição diz que ele não quer conversar. E eu não vou me humilhar — disse. — Um presidente da República não pode ficar se humilhando para outro. Eu respeito todo mundo, eu exijo respeito comigo. Eu adoro respeitar as pessoas, e adoro ser respeitado.

Lula falou em “ameaças” na carta em que Trump anuncia as tarifas, publicada há um mês.

— Não liguei porque ele não quer telefonema, não vou entrar numa análise do porquê o Trump falou aquilo — disse. — Eu não tenho porque ligar para o presidente Trump, porque nas cartas que mandou das decisões ele não fala em nenhum momento em negociação, só fala em mais ameaças.

Segundo o presidente, o Brasil não pretende anunciar tarifas recíprocas, e vai insistir nas negociações sobre o tarifaço via o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

— Ora, o que nós não estamos encontrando é interlocução, sabe, na hora que quiserem conversar, vamos conversar — disse, acrescentando: — Estou fazendo tudo isso quando poderia anunciar uma taxação contra os EUA, e não vou fazer porque não quero ter o mesmo comportamento que ele, quero mostrar que quando um não quer, dois não brigam, e eu não quero brigar com os EUA.

Críticas

O presidente brasileiro também criticou o conteúdo da nota em que Trump anuncia as tarifas sobre o Brasil. Lembrou que os EUA têm superávit na relação comercial e disse que o Brasil é soberano nas relações comerciais.

— Espera aí, esse país é soberano, tem uma constituição, uma legislação, é da nossa obrigação regular o que a gente quiser regular, de acordo com os interesses e cultura do povo brasileiro — afirmou, acrescentando: — Se não quiser regulação, sai do Brasil, não existe outro mecanismo, da mesma forma que lá nos EUA, uma empresa brasileira é obrigada a seguir a legislação americana, e na França é do mesmo jeito.

Lula reiterou que o governo tem tentado negociar com os EUA, citando o vice Geraldo Alckmin e os ministros Mauro Vieria (Relações Exteriores) e Fernando Haddad (Fazenda):

— O que nós queremos é, primeiro utilizar e gastar tudo que é possível gastar em negociação, antes da gente tomar qualquer outra medida que signifique que as negociações acabaram

Medidas de socorro

Para Lula, o Brasil não pode agir como se tivesse “o cobertor curto”. O governo prepara um plano de socorro para as empresas afetadas pela taxação. As medidas, segundo Lula, são para cuidar da manutenção dos empregos e ajudar as empresas a procurar novos mercados.

— Nós vamos aquilo que estiver no alcance da economia brasileira, mantendo a responsabilidade fiscal que estamos mantendo no governo. Mas nós vamos fazer o que for necessário. A única certeza que eu tenho é que eu acredito que a gente vai encontrar uma solução.

Governo vai à OMC

Sem um canal aberto de negociação com a Casa Branca, o governo brasileiro apresentou, nesta quarta-feira, um pedido de consulta à missão dos Estados Unidos na Organização Mundial do Comércio (OMC), sediada em Genebra (Suíça), sobre o tarifaço promovido por Donald Trump. Esse é o primeiro passo para uma ação na OMC contra as sobretaxas impostas pelos EUA a produtos brasileiros.

Na última segunda-feira, o Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex) aprovou que o Brasil recorra à OMC contra o tarifaço. Caso não haja acordo com os EUA, o governo brasileiro pedirá a instalação de um painel, ou comitê de arbitragem, para avaliar o caso.

Tarifaço

Nesta quarta-feira, entrou em vigor uma sobretaxa de 50% sobre parte das exportações brasileiras que têm como destino o mercado americano. O Brasil argumenta que a medida está em desacordo com as normas internacionais de comércio.

Na prática, a ordem executiva assinada por Trump na última quarta implementou uma tarifa adicional de 40% sobre o Brasil, somando-se aos 10% anunciados em abril e elevando o total da tarifa para 50%.

O governo americano definiu quase 700 exceções de produtos — entre os 4 mil itens que o Brasil exporta para os EUA — a essa tarifa adicional de 40%. Entre essas exceções estão artigos essenciais para o mercado americano, como aviões da Embraer, peças aeronáuticas (como turbinas, pneus e motores), suco de laranja, castanhas, vários insumos de madeira, celulose, ferro-gusa, minério de ferro, equipamentos elétricos e petróleo


Source: https://luizmuller.com/2025/08/06/lula-diz-que-nao-vai-se-humilhar-ligando-a-trump-e-vai-acertar-resposta-conjunta-dos-brics-ao-tarifaco/

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