Segundo a assessoria da companhia, a unidade foi auditada há quatro meses e teve a venda dos produtos autorizada. “Temos laudo de todo o produto que é retirado da empresa, com quantidade normal de amido e por lei. O Souza Ramos trabalha com a legislação, fomos auditados há quatro meses pelo mesmo Mapa que nos deu autorização”, informou o frigorífico.

O secretário de Defesa Agropecuária, Luis Rangel, disse que o Ministério da Agricultura ainda não foi informado do fechamento da unidade. Já sobre a autorização dada há quatro meses ao Souza Ramos, Rangel afirmou que o processo de fiscalização e auditoria é dinâmico e que a interdição ocorreu após irregularidades constatadas.

Outra empresa citada pelo Ministério da Agricultura, a Transmeat, alvo de fechamento parcial de uma unidade de produção de temperados na unidade de Balsa Nova (PR) e do recall de produtos, relatou não ter sido informada qual linha e nem qual lote de produtos teriam de ser substituídos. Além disso, a companhia recorreu à Justiça por meio de um mandado de segurança para poder reverter a decisão do Ministério da Justiça em relação ao recall.

Já a linha de temperados segue parada, segundo a Transmeat. Rangel, do Ministério da Agricultura, informou que a unidade será novamente auditada pela força-tarefa criada pelo governo e que a ausência de fiscais no Paraná, após a Operação Carne Fraca, será suprida pela realocação e outros servidores.

O frigorífico Peccin, também interditado e com o recall de produtos, mantém apenas um comunicado no site no qual nega as irregularidades. O Broadcast, notícias em tempo real do Grupo Estado, tentou contato por telefone com a Laticínios SSPMA, em Sapopema (PR), e com a Farinha de Carnes Castro, em Telêmaco Borba (PR), também citados pelo Ministério da Agricultura, mas ninguém foi localizado nas unidades.