Temer vai acabar com o Bolsa Família. Isto ficou explícito no seu discurso a empresários na CNI. O Bolsa Família é hoje a base estruturante de centenas de outras ações do Goveno Federal, vinculadas a vários Ministérios, que permitiram reduzir a pobreza a patamares mínimos nos períodos de governos do PT. A primeira destas ações sem dúvida é a EDUCAÇÃO. Com a condicionalidade (Obrigação) de todas as crianças jovens em idade escolar das famílias beneficiárias frequentarem a Escola, reduziu praticamente a zero o número de crianças em idade escolar fora da escola. Além disto, estudos realizados nos últimos anos comprovam que o desempenho destas crianças é maior que a média nacional e que a sua evasão também é mínima. Com o PRONATEC pudemos ver também que a grande maioria dos matriculados era de jovens e pessoas do Bolsa Família e dos demais programas sociais, inscritos no Cadastro único das Políticas Sociais. E com o advento do Brasil Carinhoso, que repassava recursos as Prefeituras para criar vagas nas Creches públicas e conveniadas para crianças do Bolsa Família, foi possível aumentar o contingente destas crianças em creches de menos de 8% para mais de 40% do total de crianças em creches. Temer já cortou este recurso e hoje já há creches fechadas justamente por conta destes recursos. Também condicionalidade, o acompanhamento da Saúde das Crianças, fez reduzir a mortalidade infantil em nosso país a números comparáveis aos dos países mais desenvolvidos europeus. Mas para Temer e o Empresariado, se trata de acabar com o Bolsa Família, que consome por ano apenas 0,5% do valor do PIB brasileiro. Enquanto isto Temer mantém isenções fiscais de mais de 270 bilhões de Reais para empresas que não geram empregos e ao primeiro sinal de crise jogam seus trabalhadores no olho da rua. Nesta Semana já começou a liquidação do programa, ao cortar mais de 1,3 milhões de famílias do Bolsa Família. São mais de 5 milhões de crianças, jovens e adultos cortados. Para estes o complemento de renda, de menos de R$ 150,00 em média POR FAMÍLIA, já não existirá mais. E a economia das cidades e do Brasil perderão mais de 2 bilhões de reais, que já não serão mais gastos em compra de arroz, feijão, lápis, borracha e caderno em cada pequeno mercadinho de vila de gamde cidade ou nas milhares de pequenas cidades do Brasil. O Governo golpista não está acabando com o Bolsa Família. Está acabando com a base de todos os programas de Desenvolvimento Social construídos no país nos últimos anos. Via matéria do Portal Vermelho sobre evento de Temer na CNI:
Há 180 dias no poder após impor um golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff, Michel Temer (PMDB) aproveitou a seleta plateia de empresários de um evento promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) para dizer que seu governo está desmontando um “ciclo perverso” pelo qual passava o país, mas que, nas suas contas, está no poder há apenas 60 dias.
“Querem que o governo assuma e dois meses depois o céu esteja azul. Não é assim. Isso leva tempo”, tentou justificar Temer sobre a situação econômica do país. Quando assumiu, Temer prometeu que seu governo seria de “salvação nacional”, mas as medidas que tomou só agravaram o quadro de recessão.
Temer, no entanto, disse que “a retomada do emprego é algo que demora”, mas espera que no segundo semestre de 2017 o PIB não seja negativo. “Se não for, que nos cobrem”, avisou.
Ele afirmou que a aprovação da PEC 241, agora PEC 55 em tramitação no Senado, e outras medidas de arrocho fiscal garantirão a retomada da geração de emprego e de registrar melhora no Produto Interno Bruto. Disse também que está cumprindo toda a cartilha do mercando financeiro para assegurar que o país tenha uma boa avaliação das agências internacionais, ligadas à especulação financeira.
O golpista também se sentiu à vontade para dizer mais uma vez – como se mandasse um recado – que não há necessidade de manter o Bolsa Família por muito tempo, pois o programa de transferência de renda deve ser somente uma “passagem”.
Disse que “temos uma sociedade muito facetada” com “gente rica, classe média, pobre e paupérrima”. E que, assim como os investimentos públicos que quer congelar por 20 anos com a PEC dos gastos, “ninguém espera falar do Bolsa Família daqui a 20 anos”.
“Deve ser uma passagem, de modo que não haja mais necessidade para o Bolsa Família”, afirmou Temer, emendando que, por enquanto, vai manter.
Temer destacou que seu governo busca os “investimentos privados” em áreas estratégicas, como tenta fazer com a abertura do pré-sal para o capital estrangeiro. Declarou ainda que o “padrão de despesas” que se consolidou nos últimos anos “se tornou insustentável”.
“Precisamos então começar cortando na carne, portanto limitar os gastos públicos”, disse ele, ao se referir à PEC que congela os investimentos públicos por 20 anos cortando o orçamento de saúde e educação, além dos programas sociais, ou seja, a carne que se refere é a do povo brasileiro.
Durante o discurso, Temer voltou a citar a ex-primeira-ministra da Inglaterra, Margareth Tatcher, que foi responsável por implementar o aprofundamento do liberalismo com redução do Estado e forte papel do mercado na economia. “Vi um discurso da Tatcher, em que ela dizia: ‘olha, saiba você que não existe dinheiro público. Dinheiro sempre vem do setor privado. Quem está pagando é você. Ou você controla, ou a generosidade desaparece’. O Estado é como a sua empresa. Você não pode gastar mais do que arrecada. Essa é a proposta singelíssima da PEC dos gastos públicos”, disse Temer.
Ele aproveitou para dizer que depois da PEC “sequencialmente ou paralelamente” mandará, ao Congresso Nacional, a proposta para reforma da Previdência Social para arrochar as aposentadorias. “Aprovado o teto, é fundamental que se faça uma reforma da Previdência nesse país.”
Do Portal Vermelho, com informações de agências