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Negócio com propósito: loja virtual gaúcha oferece produtos palestinos e árabes

marzo 5, 2024 19:57 , por Luíz Müller Blog - | No one following this article yet.
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Apoiando a causa palestina, a Loja Al Baraka, de Pelotas/RS, foi criada recentemente com o objetivo de difundir a cultura árabe e alertar para o massacre que vem ocorrendo na Faixa de Gaza desde outubro do ano passado. 

O grupo, que trabalha por meio de dropshipping, modelo de negócios em que o lojista trabalha como intermediário entre fabricante e consumidor final, oferece desde camisetas de futebol até pingentes com o mapa da Palestina, passando ainda por trajes típicos e elementos culturais árabes. O criador da loja, Ali Mahmoud Yousef Amer, conta que o cliente faz o pedido no site – https://albaraka.com.br/collections/all – e, após confirmação de pagamento, é gerado um pedido direto para o fornecedor. “Atualmente, nossos principais parceiros estão na China, mas estamos trabalhando para que em breve tenhamos fornecedores de países árabes”, comenta o lojista, destacando que os fornecedores são selecionados levando em consideração qualidade, preço e prazo de entrega “mais curto possível”. O frete também não é cobrado, independente da região em que o produto será entregue em todo o território nacional. 

Propósito

Amer, que é filho de um comerciante de Pelotas/RS, destaca que a ideia de criar a loja virtual é de dar maior visibilidade ao que está acontecendo com a comunidade palestina, especialmente na Faixa de Gaza, onde sob pretexto de combater o grupo Hamas o exército de Israel já assassinou mais de 30 mil civis, mais da metade mulheres e crianças. “Na Palestina, sempre tivemos uma história de resistência. O meu pai veio  para o Brasil aos 19 anos fugindo dos conflitos da época. Depois de alguns anos, voltou para lá e conheceu a minha mãe que, além de mim, teve quatro filhos, sendo uma menina. Vivi lá até os meus seis anos de idade, quando vim para o Brasil com o meu pai para tentar nossa vida aqui e ajudar a comunidade palestina com o envio de recursos financeiros. Minha mãe e meus outros irmãos ficaram na Cisjordânia, mas nunca perdemos o contato, tanto físico – quando viajamos – quanto pela internet”, conta. 

Segundo Amer, a mídia hegemônica brasileira esconde muito do que está acontecendo com o povo palestino, não somente na Faixa de Gaza, mas na Cisjordânia. “A nossa vida sempre foi muito difícil, mesmo na Cisjordânia, onde existem muitas colônias ilegais de judeus e um regime militar israelense bastante opressor. São operações militares quase diárias e sem motivos, que vêm assassinando ou prendendo jovens palestinos sem ligação com os terroristas. O presidente Lula foi muito massacrado quando comentou sobre o que está ocorrendo lá, mas ele está certo dando visibilidade internacional para esse genocídio”, comenta o comerciante e ativista. 

O próprio Amer conta que passou por situações de grande medo, mesmo criança, quando morava com a família na Cisjordânia. “Eu tive experiência de quase morte três vezes enquanto morava lá – na Cisjordânia -, onde não tem o Hamas como desculpa para tanto assassinato”, lamenta. O jovem comerciante lembra o mais traumático dos episódios. “No mês do Ramadã, quando eu tinha 15 anos de idade, estava no carro com a minha família indo de Salfit para Jilijlia, na casa da minha avó materna, onde quebraríamos o jejum. Na saída da cidade, tinha uma operação militar israelense, com muitos militares armados e colonos judeus sionistas à nossa frente. Aí, um soldado parou na frente do nosso carro e apontou o seu fuzil na minha cabeça, e eu soube disso porque consegui sentir o laser queimando a minha testa. Naquela hora eu fechei os olhos, segurei a mão da minha mãe e da minha irmã e comecei a rezar. Na hora, o pai deu uma ré e acelerou o carro. Por sorte, conseguimos fugir”, recorda Amer, destacando que existem muitos judeus não-sionistas que fazem oposição ao governo de extrema direita do premier israelense Benjamin Netanyahu e repudiam essas ações militares. “Muitos judeus, inclusive, apoiam a criação de um Estado Palestino. Portanto, diferente do que diz a mídia hegemônica, não somos contra judeus, somos contra a opressão sionista e a favor da nossa liberdade”, conclui. 

Doações 

Além de ajudar a família com o sustento, a loja Al Baraka realiza doações mensais de 10% do faturamento do mês para grupos humanitários na Faixa de Gaza. Mesmo quem não puder comprar, pode ajudar com doações pelo pix (celular) 53999767006.

Diego Rosinha – Mtb 13.096
DCR – Assessoria de Imprensa


Origen: https://luizmuller.com/2024/03/05/negocio-com-proposito-loja-virtual-gaucha-oferece-produtos-palestinos-e-arabes/

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