Foto:Quino, em Mafalda pensante.
Autor: Sandro Ari Andrade de Miranda, advogado, mestre em ciências sociais
“Quem come do fruto do conhecimento é sempre expulso de algum paraíso”
(Melanie Klein)
O termo sectarismo vem, na verdade, do pensamento religioso. Chamam-se sectários os grupamentos fechados, dogmáticos, com visão estreita, intolerante e avessos ao diálogo. Embora com uso predominante no campo político da esquerda, especialmente como crítica negativa ao aos grupos esquerdistas, avessos à ruptura de paradigmas, os maiores exemplos conhecidos de sectarismo político vêm dos conservadores, como no nazismo e no fascismo.
Pensar sectariamente é fácil, pois reproduz exatamente o não pensar, o não reflexivo, a segurança imperfeita das redomas. Na política, o agir e o pensar sectário acabam fomentando o ódio, a xenofobia e a não política. É um problema vivenciado em todos os campos que acaba contribuindo para a desconstrução dos espaços de diálogo democrático.
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