Do SUL21
Nesta segunda-feira (16), o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) cobrou informações acerca das providências adotadas pelo MPF até o momento sobre o escândalo Panamá Papers, divulgado há quase um ano. Em março de 2016, Pimenta e o deputado Wadih Damous (PT-RJ) entregaram documentação à Procuradoria-Geral da República e protocolaram uma representação, subscrita por mais de 30 parlamentares, solicitando abertura de investigação. No dia 8 de março de 2016, diante do surgimento de novos fatos, os parlamentares fizeram novo pedido ao MPF. Em maio, outra representação foi protocolada. “Ao que tudo indica, a documentação está parada há quase um ano nas mãos da Procuradoria”, lamentou Pimenta.
O Ministério Público Federal, até o momento, não abriu investigação para apurar as denúncias que envolvem empresas e políticos brasileiros e offshores do Panamá – que teriam sido utilizadas para cometer crimes contra o sistema financeiro, a ordem tributária e a administração pública. O escândalo, conhecido como Panamá Papers, utiliza empresas de fachada para lavagem de dinheiro e ocultação patrimonial.
Segundo nota enviada pela assessoria do deputado, em todas oportunidades, os parlamentares ouviram como resposta que o MPF “estaria adotando todos os procedimentos necessários e que seriam informados sobre a adoção dessas medidas”.
Panamá Papers
Em 2015, um conjunto de documentos foi entregue, por fonte anônima, para o jornal alemão Süddeutsche Zeitung e, posteriormente, para o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação, com sede em Washington. Mais de 400 jornalistas analisaram os 2,6 terabytes de provas que denunciavam a sociedade panamenha de advogados Mossack Fonseca que encobria mais de 200 mil empresas em paraísos fiscais.
A sociedade trabalhava com as maiores instituições financeiras do mundo, como o Deutsche Bank, HSBC e Credit Suisse. Antes do vazamento de informações, o jornal The Economist descrevia a empresa como líder no discreto sector das finanças offshore.
