Veja a matéria que republico a seguir, onde o Vice Presidente da FIESP, aquele mesmo que acha que trabalhadores não precisam ter horário para refeições durante o trabalho, xinga a Lava Jato e diz que “…é obrigação do governo preservar as indústrias nacionais…” .Mas foi a FIESP que junto com outras representações empresariais financiou o golpe que derrubou o Governo do PT, justamente o governo que protegia as empresas e os empregos nacionais. Os caras são muito safados mesmo. O tiro saiu pela culatra. O povo inteiro paga, mas alguns empresários otários merecem.
Diretor presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch destaca como combate à corrupção prejudicou a economia brasileira; “A autodestruição da atividade industrial tem uma sequência assustadora nos últimos anos. O necessário combate à corrupção, em vez de punir só os corruptos, está dinamitando empresas nacionais.A indústria naval, a de petróleo, a da construção e agora os frigoríficos são setores importantes diretamente atingidos. Em todos eles, o Brasil alcançou um nível altamente competitivo no cenário global”, destaca
Brasil 247 – Diretor presidente da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), Benjamin Steinbruch publicou um artigo nesta terça-feira em que destaca como combate à corrupção prejudicou a economia brasileira.
“A autodestruição da atividade industrial tem uma sequência assustadora nos últimos anos. O necessário combate à corrupção, em vez de punir só os corruptos, está dinamitando empresas nacionais.A indústria naval, a de petróleo, a da construção e agora os frigoríficos são setores importantes diretamente atingidos. Em todos eles, o Brasil alcançou um nível altamente competitivo no cenário global.”
“Não é normal um movimento de autodestruição tão grande quanto o que está em curso no Brasil. Falo sobre a indústria brasileira. Vimos há duas semanas um evento no qual um dos setores mais eficientes da indústria brasileira, o de carnes, foi fulminado por uma operação ao que parece precipitada.
O objetivo, absolutamente correto, era interromper atos de corrução na fiscalização de alguns frigoríficos. Estavam envolvidas duas dezenas de unidades num universo de 5.000, ou seja, uma minoria.
O mais certo seria que os responsáveis pela eventual corrupção fossem levados à Justiça para responder pelos seus atos. Mas a comunicação espalhafatosa da operação acabou atingindo em cheio toda a atividade do setor, um dos poucos que ainda prosperam na atual recessão.”
Em vez de apenas atingir malfeitores, a operação levantou grandes dúvidas sobre a qualidade das carnes. Imediatamente, vários países cancelaram importações do produto brasileiro à espera de novas garantias das autoridades sanitárias.
Em poucos dias, os frigoríficos, envolvidos ou não na operação, começaram a reduzir a produção, em razão da queda de demanda interna e externa, uma péssima notícia num país em crise: mais recessão, mais desemprego.
(…)
Preservar a empresa nacional deve ser uma obrigação das autoridades brasileiras em todas as áreas: que as pessoas culpadas sejam punidas com o rigor da lei, que as empresas paguem multas por seus erros, mas que a atividade produtiva não seja mais prejudicada.”
