Caramba, é horrível um texto mau escrito! Pessoas que não conhecem o mínimo da escrita “agridem” a nossa lingua portuguesa. Será mesmo?
A lingua não é uma comunicação? A comunicação funciona quando a “mensagem” é compreendida?
Em nenhum momento da história houve tanta gente capaz de ler como temos agora no mundo. Até há muito pouco tempo, as pessoas capazes de ler (e escrever) formavam uma diminuta parcela da população — sacerdotes, juristas, realeza, artistas, cientistas. Mas isso mudou. (Revolução industrial — necessidade de mão-de-obra capaz de manter a “maquina”?). As massas foram alfabetizadas. Olhando a história, poderia dizer que isso equivale ao “asteróide que caíu em Yucatan e destruiu os dinossauros” — um piscar de olhos.
Essa massa de letrados tem nos computadores pessoais e outros devices (celulares, netbooks, tablets, etc) a sua prensa de Gutenberg. E o “papel” dessa “prensa” é a internet onde as pessoas interagem em “redes sociais”, blogs, sites (comentários).
Evidentemente, todos os conflitos individuais e coletivos são transportados para este ambiente “virtul” (virtual ou real, virtual não me parece adequado). Por exemplo, de tempos em tempos, surge a rede da moda, o aplicativo da moda, o device da moda. Diferenciações para demarcar limites “sociais” deste meio. E a luta de classes se repete: Orkut-Facebook, iOS-Android (caso Instagram).
Batalhas sagrentas ocorrem a cada post, scrap, tweet. Observo muita gente boa se impor não por uma argumentação mais coerente ou lógica mas pela autoridade (ou por desconsidera totalmente contraditório devido a uma “vírgula”).
Da minha parte, espero que as pessoas continuem escrevendo seus scraps indecifráveis. (Se bem que isso acontecerá independente da minha vontade ou das pessoas que se contorcem ao escutar/ler “quale o probrema”). A comunicação nunca deixou de existir entre os não letrados, mas só agora é que chegamos nesse ambiente.
[7.6.2012] Uma gramática para professores (Sírio Possenti).
Há diversas gramáticas novas no mercado. Elas são, de certo modo, fruto do desenvolvimento das pesquisas sobre a língua, especialmente nos últimos 50 anos. Tais pesquisas permitiram uma visão mais clara da natureza e das diversas funções das línguas. Por outro lado, os estudos se aproximaram da escola, mais claramente das questões relativas ao ensino de Português.
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