Ir para o conteúdo

milesmaverick

Tela cheia

Diário de um Linuxer

3 de Abril de 2011, 21:00 , por Desconhecido - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by-nc-sa)

O desktop Linux está realmente morrendo? (Parte 2)

15 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Sobre as questões levantadas

Icaza tem razão quando afirma que a fragmentação da comunidade e de suas soluções dificultou a adoção do Linux de um modo mais amplo. Ao longo dos anos, talvez, poderiam ter sido adotados padrões comuns às várias distribuições para deixá-las mais próximas e permitir uma maior compatibilidade entre elas.
Unity, interface gráfica padrão do Ubuntu, foi adotado devido a “diferenças filosóficas” entre aCanonical e o projeto GNOME
Não que estes padrões não existam e que não sejam adotados em parte, porque na realidade há um esforço nesse sentido por parte da Linux Foundation. A questão é que muitas vezes a liberdade de desenvolvimento (ou a vaidade dos desenvolvedores) fala mais alto. A prova disto é que nem mesmo quanto ao sistema de empacotamento há um consenso.
Por outro lado, essa divisão talvez seja inevitável por conta da própria natureza humana e porque a sobrevivência da comunidade depende dessa liberdade de escolhas, uma vez que um modelo mais limitante de seu comportamento poderia ensejar o seu fim. E o resultado desse processo, que ao mesmo tempo é a beleza e a fraqueza do Linux, chama-se diversidade.
Agora, quanto ao OSX, é preciso dizer que o seu desenvolvimento se deu em alguma medida pelo uso de soluções de software livre e uso de código aberto com licença BSD que foram incorporados pela Apple no código proprietário de seu sistema. Então, ironicamente pode-se afirmar que algum sucesso do software livre se realizou ali no sistema da maçã.
Já quanto à afirmação de que o sucesso do sistema da maçã tem atraído os desenvolvedores desoftware livre, pode ser verdade, mas é meio difícil engolir que isto esteja acontecendo numa proporção que venha a inviabilizar o futuro do pinguim.
Por último, mas não menos importante, existe um fator que talvez escape à visão do desenvolvedor, que se culpa pela adoção limitada dos sistemas livres para desktopÉ o marketing:uma ferramenta da administração que inclui não somente publicidade e propaganda de produtos e serviços, mas que também abrange outros elementos importantes, como a distribuição no mercado.
Assim, a questão estaria longe de poder ser resolvida meramente sob o aspecto técnico e da alçada dos desenvolvedores, visto que atualmente é muito mais um problema mercadológico.
Steve Jobs e o departamento de marketing da Apple fizeram muito pela marca e seus produtos 
Quanto à publicidade e propaganda, o dinheiro manda. Campanhas publicitárias custam caro e, por conta disso, ainda hoje muito pouco se faz na divulgação do software livre em geral. Quando algo sobre o assunto cai na grande mídia, frequentemente isto acontece devido a uma declaração polêmica de seus desenvolvedores (Richard Stallman e Linus Torvalds que o digam). Assim, em boa parte, a divulgação do software livre conta com o boca a boca mesmo, ainda que na forma informatizada.
Mas o grande problema reside mesmo na distribuição. Por mais simples que seja atualmente instalar um sistema operacional, arrisco dizer que a maioria das pessoas não está disposta a fazê-lo, ainda mais em se tratando de um sistema diferente daquele que veio instalado na sua máquina, pelos riscos óbvios inerentes dessa atividade. Assim, esse modelo de distribuição via CDDVDUSB, imagem da Internet, etc, tem uma eficácia muito limitada, atingindo somente usuários mais avançados e/ou mais ousados.
A grande chave para a ampliação do mercado Linux é, portanto, a sua distribuição pré-instalada em computadores. A Apple, por exemplo, não tem problemas quanto a isso, já que fabrica seu própriohardware. Desta forma, não resta outra alternativa às distribuições senão negociar com os fabricantes das outras marcas de hardware que, praticamente todas elas, têm contratos de distribuição e instalação de cifras vultuosas com a Microsoft.
System 76
System 76: uma das poucas (ou a única?) empresas a vender computadores apenas com Ubuntu 

Tenho certeza de que, tecnicamente falando, várias distribuições estão maduras o suficiente para serem oferecidas dessa maneira aos consumidores, mas quantas têm estrutura para se contrapor à Microsoft nesse campo de batalha que é inteiro dela e conseguir um espaço para oferecer seus sistemas pré-instalados?

Só para ilustrar o tamanho da dificuldade, cito o exemplo da Canonical, que há vários anos tem trabalhado junto à marca Dell para que esta ofereça computadores com o Ubuntu pré-instalado. Tudo que existe hoje lá no site de vendas daquela marca (inclusive no site brasileiro) é uma oferta bastante limitada de produtos com o sistema operacional laranja, chegando a ser difícil encontrá-los se você não estiver procurando especificamente por eles.
O desktop Linux está realmente morrendo?
Dureza, hein?
Como se isso não bastasse, no topo de todas as páginas do site de vendas daquela marca consta a frase “A Dell recomenda o Windows 7″. Dureza, não?

Mas afinal, qual é a do Miguel?

Como bem salientado por Torvalds naquela sua resposta no Google+, Miguel estaria atribuindo a todo o mundo Linux o que estaria acontecendo especificamente com o Gnome. Com efeito, há um rumor se propagando nas discussões pela internet de que o projeto Gnome estaria perdendo desenvolvedores. Apesar de Miguel já não fazer parte desse projeto há alguns anos, este é o círculo ao qual ele pertence, e a sua visão de mundo parte dali.
É um tanto triste, me parece, ver um desenvolvedor que dedicou tantos anos de trabalho aosoftware livre desiludir-se desta forma e jogar a toalha. Em seu post ele demonstra estar cansado, dizendo que não aguenta mais perder tempo para fazer funcionar o áudio de seu computador Linux.
Por mais ridículo que pareça ouvir isso de uma pessoa que poderia evitar esse problema de várias maneiras, ainda mais sendo um desenvolvedor, só lamento. Espero que ele seja muito feliz com seu iPhone e que se realize no mundo branquinho da maçã e que, assim, pare de dar opinião sobre o mundo com base no que acontece no seu umbigo.
E vocês, o que acharam sobre as declarações de Miguel de Icaza? Também acham que o desktopLinux está morto ou, realmente, ele disse isso usando seu umbigo como base de argumentação? Deixem seus comentários abaixo, por favor! :)
 



O desktop Linux está realmente morrendo? (Parte 1)

14 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
Retirado do blog Ubuntu-BR-SC
Miguel de Icaza, um dos fundadores do projeto GNOME, escreveu um post em seu blog pessoal com o título “What Killed the Linux Desktop“, ou “O que matou o desktop Linux“.

Miguel de Icaza

A razão de tudo, segundo Icaza, seria a própria cultura do Linux. Em seu texto ele responsabiliza Linus Torvalds por ter inspirado na comunidade uma cultura de não dar importância à retrocompatibilidade com dispositivos e programas a cada nova versão lançada de seus programas, em nome da inovação.

Agravando a questão da compatibilidade, estaria o fato de que cada distribuição Linux escolhe seu próprio conjunto de componentes principais do sistema. Estes, para ele, seriam os dois principais motivos que dificultam o suporte proprietário, resultando na marginalização do sistema.

Linus Torvalds

Segundo Miguel de Icaza, a culpa da morte do Linux no desktop é do cara boa pinta da imagem acima

 

Enquanto isso, afirma Icaza, o OSX, sistema operacional da Apple, foi se desenvolvendo e eliminando seus problemas iniciais, tornando-se uma opção Unix mais atraente aos desenvolvedores. Ele próprio afirma ter se apaixonado pelo iPhone e que, por isto, usar um Mac teria se tornado uma necessidade. Por consequência, o futuro do Linux estaria comprometido pela perda de seus desenvolvedores para a web e para o OSX.

Um link para esse texto acabou sendo postado pelo engenheiro de software da Intel, Sriram Ramkrishna, no Google+, onde recebeu resposta de pesos pesados do kernel, como Alan Cox e o próprio Torvalds.

Em sua contestação, Cox disse que riu do argumento sobre não haver consenso entre as distribuições na escolha dos componentes do sistema, já que o próprio Icaza teria sido responsável por uma grande divisão nos desktops, ao criar o Gnome. Além disso, os problemas de retrocompatibilidade seriam do Gnome, e não do kernel. Terminou dizendo que “O Gnome não é um realmente um desktop – é um projeto de pesquisa”.

Quanto a Linus, o criador do kernel Linux, ele disse ter achado graça de ter levado a culpa por ter influenciado no comportamento dos desenvolvedores. Argumentou que uma das regras principais do kernel é não romper com interfaces externas, ou seja, pode-se romper compatibilidade só internamente e não com programas e dispositivos externos.

Linus Torvalds mostrando o dedo

Para Torvalds, a maior prova do uso bem-sucedido dessa política seria a compatibilidade do Linux com os mais diversos processadores para computador e outros dispositivos como celulares e roteadores. Finalmente, reforçando os argumentos de Cox, disse que o pinguim se desenvolveu pelas ideias e necessidades de várias pessoas diferentes, ao contrário do projeto Gnome que, segundo afirma, impõe suas ideias aos usuários “goela abaixo”.

Exumando o cadáver

Embora seja essa mais uma história na longa lista de entreveros envolvendo personalidades distintas da comunidade do software livre, mais do que discutir de quem seria a culpa, o importante é saber se o desktop Linux está mesmo morto, pois segundo os filmes americanos, não há crime sem um cadáver.

É necessário lembrar, em primeiro lugar, que os parâmetros de sucesso do software livre vão muito além de sua adoção por um grande número de pessoas. O fato é que foi criada uma comunidade multi-facetada, organizada, criativa e produtiva, responsável por um ecossistema de soluções para desktop que, embora com suas imperfeições, hoje é plenamente funcional para a maioria dos usos aos quais se propõe. Quer dizer, a própria existência de um ecossistema funcional de software livre para desktop é, em si, uma prova de seu sucesso.

Além disso, ouso dizer que a grande maioria dos usuários Linux não ligam se a sua distribuição, ou se o pinguim como um todo, é usado por 6 ou 6 milhões de pessoas. Se existe um anseio de ganhar uma fatia maior do mercado, isto seria apenas para ganhar um pouco mais de consideração por parte dos fabricantes de hardware e software.

Dito isto, me parece que o cadáver não só está respirando, mas também está com muita saúde. Que diga o Ubuntu, o desktop Linux mais usado no mundo, que é utilizado até mesmo pelo Google.

 




Distro leve? Dá-lhe Madbox!

14 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda
O Madbox é uma distribuição minimalista, baseada no Ubuntu, com o Openbox como interface padrão.

É uma distribuição de apenas 375MB, porém não é muito completa.Ela é assim:

Homepage e download:

Aplicações padrão:

  • Acessórios: LXTerminal, LXPanel, PCmanFM, Geany
  • Multimídia: Mirage, Gnome MPlayer, pavucontrol
  • Web: Chromium
  • Sistema : GParted, htop.

Prós: Ela é muito leve, rápida, com o básico.

Neutro: Não tem suporte à impressoras, não tem muitos aplicativos.

Contras: Só possui os idiomas Francês e Inglês, por padrão.




Mandriva: Eu me rendo!!!

3 de Setembro de 2012, 21:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda

Olá pessoal, eu sou apaixonado por Distros Red Hat Likes, e adoro o jeito de ser do Mandriva, e ontem instalei ele em meu Netbook. O desempenho dele não é dos melhores, mas a distro em si é bem rápida. Fora alguns pequenos bugs, estou adorando essa distro.

Mas nem tudo é um mar de Rosas… O Rosa Desktop é um pouco pesado, e o Mandriva está com um ano de atualizações a fazer… Pretendo instalar o ROSA Linux Marathon que está bem mais atualizado…

Minha conclusão: O Mandriva inovou muito, assim como o Ubuntu 11.04 inovou. o Rosa Desktop tem que evoluir um pouco ainda, mas já é usável. O ano de 2011 foi o que mais trouxe inovações para o mundo Linux.




Tags deste artigo: linux gnome kitux simplify ubuntu mint kde openbox

milesmaverick

1 comunidade