Tchau Ubuntu. Kubuntu seja bem vindo!
26 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaOlá pessoal, novamente troquei de distro (Crise Distro é a pior coisa que tem…). Depois de testar o Ubuntu 12.10 e ficar decepcionado com ele, resolvi instalar o “irmão” dele, o Kubuntu. Ele sempre é criticado por ter um desempenho meio ruim, mas essa versão me surpreendeu, ele está muito estável, bonito e leve – qualquer coisa está mais leve e estável que o Ubuntu 12.10 – ficando minha favorita, e o KDE voltar ao meu netbook, depois de um tempão sem usar. O Kubuntu foi direto para a interface de netbook (que particularmente odeio).
O Kubuntu realmente está muito rápido. A Central de programas dele, inicia em segundos e é bem estável. Porque optei pelo 12.10? Ele, apesar de ser muito recente, está com todos os pacotes atualizados, sem ter que adicionar repositórios, mas o 12.04 está muito estável, por ser um LTS, ainda não bate o Debian que é o rei da estabilidade, e ainda os pacotes não estão atualizados, tendo que recorrer a PPAs que fornecem todos os aplicativos que preciso.
Sempre admirei o KDE por ele ser muito bonito, faço coisas com ele, que não faria nem com o Gnome 2. O Kubuntu está muito bom, mas o Debian com KDE é excelente.
Erro no Bumblebee: Cannot access secondary GPU
26 de Outubro de 2012, 22:00 - sem comentários aindaArtigo retirado do Forum Ubuntued de autoria de Cláudio Novais
O Bumblebee é um software open-source excelente para a gestão das placas de vídeo híbridas da Nvidia (Nvidia Optimus).
Infelizmente a Nvidia não teve a decência de fazer um programa de gestão para o Ubuntu e apenas fez para o Windows. Felizmente a comunidade Open-Source trabalhou arduamente durante meses até que conseguiu produzir algo espantoso, o Bumblebee. Espantoso pois é um software quase resultante de tentativas-erro uma vez que a Nvidia não se abriu para facilitar o desenvolvimento do Software.
Aparte da falta de respeito da Nvidia para com os consumidores, o bumblebee desde há uns meses que tem funcionado perfeitamente bem. No entanto, numa das últimas atualizações dos drivers da Nvidia, o Bumblebee deixou de funcionar apresentando o erro seguinte:
[ERROR]Cannot access secondary GPU - error: Could not load GPU driver
[ERROR]Aborting because fallback start is disabled
Este erro ocorria sempre que se se tentasse arrancar alguma aplicação com a placa de vídeo da Nvidia, através do comando optirun. Por exemplo, eu tentava arrancar com o blender e o resultado era a falha da ativação do GPU:
claudio@claudio-N61Jv:~$ optirun blender
[ERROR]Cannot access secondary GPU - error: Could not load GPU driver
[ERROR]Aborting because fallback start is disabled.
claudio@claudio-N61Jv:~$
Como eu precisava de utilizar o blender na máxima performance, com o CUDA, precisava inevitavelmente que este problema fosse resolvido. Investiguei na Internet e encontrei a solução que resolve muito rapidamente este problema. A solução que encontrei foi escrita por Rafael Reggiani Manzo num artigo intitulado “Ubuntu 12.04 + NVIDIA 304.37 + Bumblebee” ao qual desde já agradeço a partilha da informação.
Como resolver este problema do Bumblebee?
Bom, pelo que é referido, o problema está no facto da Nvidia ter mudado alguns nomes na sua última atualização (creio que este problema surgiu na atualização que resolveu a brecha de segurança referida aqui). Nomes do Kernel, driver e módulo.
Portanto a solução é bastante simples, pois passa simplesmente por alterar um ficheiro de configuração do bumblebee em 3 partes. Assim, comece por abrir o ficheiro para o editar:
sudo gedit /etc/bumblebee/bumblebee.conf
De seguida, procure pelas linhas seguintes e substitua-as:
Linha a substituir | Substituir por: |
---|---|
Module=nvidia | Module=nvidia-current |
KernelDriver=nvidia-current | KernelDriver=nvidia |
Driver= | Driver=nvidia |
No final o ficheiro deverá ter o aspeto desta imagem abaixo. Clique nela para visualizar no tamanho normal.
Depois só precisa de reiniciar o serviço do Bumblebee. Para tal reinicie o Ubuntu ou então escreva o comando seguinte:
sudo restart bumblebeed
O desktop Linux está realmente morrendo? (Parte 2)
15 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaSobre as questões levantadas
O Unity, interface gráfica padrão do Ubuntu, foi adotado devido a “diferenças filosóficas” entre aCanonical e o projeto GNOME |
Steve Jobs e o departamento de marketing da Apple fizeram muito pela marca e seus produtos |
System 76: uma das poucas (ou a única?) empresas a vender computadores apenas com Ubuntu |
Tenho certeza de que, tecnicamente falando, várias distribuições estão maduras o suficiente para serem oferecidas dessa maneira aos consumidores, mas quantas têm estrutura para se contrapor à Microsoft nesse campo de batalha que é inteiro dela e conseguir um espaço para oferecer seus sistemas pré-instalados?
Dureza, hein? |
Mas afinal, qual é a do Miguel?
O desktop Linux está realmente morrendo? (Parte 1)
14 de Setembro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaA razão de tudo, segundo Icaza, seria a própria cultura do Linux. Em seu texto ele responsabiliza Linus Torvalds por ter inspirado na comunidade uma cultura de não dar importância à retrocompatibilidade com dispositivos e programas a cada nova versão lançada de seus programas, em nome da inovação.
Agravando a questão da compatibilidade, estaria o fato de que cada distribuição Linux escolhe seu próprio conjunto de componentes principais do sistema. Estes, para ele, seriam os dois principais motivos que dificultam o suporte proprietário, resultando na marginalização do sistema.
Enquanto isso, afirma Icaza, o OSX, sistema operacional da Apple, foi se desenvolvendo e eliminando seus problemas iniciais, tornando-se uma opção Unix mais atraente aos desenvolvedores. Ele próprio afirma ter se apaixonado pelo iPhone e que, por isto, usar um Mac teria se tornado uma necessidade. Por consequência, o futuro do Linux estaria comprometido pela perda de seus desenvolvedores para a web e para o OSX.
Um link para esse texto acabou sendo postado pelo engenheiro de software da Intel, Sriram Ramkrishna, no Google+, onde recebeu resposta de pesos pesados do kernel, como Alan Cox e o próprio Torvalds.
Em sua contestação, Cox disse que riu do argumento sobre não haver consenso entre as distribuições na escolha dos componentes do sistema, já que o próprio Icaza teria sido responsável por uma grande divisão nos desktops, ao criar o Gnome. Além disso, os problemas de retrocompatibilidade seriam do Gnome, e não do kernel. Terminou dizendo que “O Gnome não é um realmente um desktop – é um projeto de pesquisa”.
Quanto a Linus, o criador do kernel Linux, ele disse ter achado graça de ter levado a culpa por ter influenciado no comportamento dos desenvolvedores. Argumentou que uma das regras principais do kernel é não romper com interfaces externas, ou seja, pode-se romper compatibilidade só internamente e não com programas e dispositivos externos.
Para Torvalds, a maior prova do uso bem-sucedido dessa política seria a compatibilidade do Linux com os mais diversos processadores para computador e outros dispositivos como celulares e roteadores. Finalmente, reforçando os argumentos de Cox, disse que o pinguim se desenvolveu pelas ideias e necessidades de várias pessoas diferentes, ao contrário do projeto Gnome que, segundo afirma, impõe suas ideias aos usuários “goela abaixo”.
Exumando o cadáver
Embora seja essa mais uma história na longa lista de entreveros envolvendo personalidades distintas da comunidade do software livre, mais do que discutir de quem seria a culpa, o importante é saber se o desktop Linux está mesmo morto, pois segundo os filmes americanos, não há crime sem um cadáver.
É necessário lembrar, em primeiro lugar, que os parâmetros de sucesso do software livre vão muito além de sua adoção por um grande número de pessoas. O fato é que foi criada uma comunidade multi-facetada, organizada, criativa e produtiva, responsável por um ecossistema de soluções para desktop que, embora com suas imperfeições, hoje é plenamente funcional para a maioria dos usos aos quais se propõe. Quer dizer, a própria existência de um ecossistema funcional de software livre para desktop é, em si, uma prova de seu sucesso.
Além disso, ouso dizer que a grande maioria dos usuários Linux não ligam se a sua distribuição, ou se o pinguim como um todo, é usado por 6 ou 6 milhões de pessoas. Se existe um anseio de ganhar uma fatia maior do mercado, isto seria apenas para ganhar um pouco mais de consideração por parte dos fabricantes de hardware e software.
Dito isto, me parece que o cadáver não só está respirando, mas também está com muita saúde. Que diga o Ubuntu, o desktop Linux mais usado no mundo, que é utilizado até mesmo pelo Google.