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Moisés Basílio

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BLOG DO TIMÃO DO MOISÉS BASÍLIO

15 de Agosto de 2012, 21:00 , por Moisés Basilio Leal - | No one following this article yet.

Crônicas e informações gerais sobre os jogos e a história do Sport Club Corinthians Paulistas a partir do olhar de um torcedor.


EM MIRASSOL LEMBRANÇAS DO GRANDE LIMA BARRETO

29 de Janeiro de 2013, 22:00, por Moisés Basilio Leal - 0sem comentários ainda

Mirassol F.C. 0 x 1 S.C. Corinthians Paulista27/01, Estadio José Maria de Campos Maia, Mirassol, Campeonato Paulista 2013

 

Por Moisés Basílio


          O Campeonato Paulista tem dessa coisas. Cada cidade em que o meu time vai jogar tem a sua história particular e me traz lembranças de algum acontecimento para embalar o memória da partida.

              Mirassol tornou-se significativa para mim quando li a biografia do meu querido escritor Lima Barreto, escrita de maneira impecável pelo acadêmico Francisco de Assis Barbosa. Lá o autor conta as peripécia do carioca da gema em terras paulista no ano de 1921, um antes de sua morte.

            Lima Barreto ficara amigo do médico e escrito Ranulfo Prata tempos atrás, quando esse residia no Rio. A amizade persistiu por correspondências depois que o Dr. Prata vai clinicar no interior paulista. Já muito abalado por seu alcoolismo crônico, Lima Barreto cede aos apelos do amigo para um tratamento longe do Rio. 

              Em Mirassol respira ares novos. O Dr. Prata aproveita da estada do ilustre amigo e programa uma conferência onde Lima Barreto iria discorrer sobre o tema "O destino da literatura" e que se realizaria na cidade de S. José do Rio Preto, visto que Mirassol à época era ainda um pequeno distrito. Lima Barreto movido por sua timidez, nervosismo e ansiedade acabou não indo ao encontro. O Dr. Prata foi encontrá-lo, segundo relato do biografo Barbosa, bêbado estirado em uma sarjeta. Felizmente o texto da conferência pode ser lido em  Revista Souza Cruz, Rj, número 58-59, outubro e novembro de 1921 - (http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/lima-barreto/o-destino-da-literatura.php).

            Mas, voltando ao Corinthians, o desafio era firmar o time reserva e obter uma boa vitória. Afinal, o time reserva do Timão não é pouca coisa e tem que mostrar serviço. Principalmente depois da fraca atuação diante da Ponte Preta no último jogo. 

               O time corinthiano entrou em campo com uma postura nova e reforçado no meio campo com o talento do meia Renato Augusto. Guilherme, o que veio da Lusa, na sua posição de segundo volante melhorou seu desempenho comparado com os dois jogos anteriores. Na lateral esquerda o serelepe garoto vindo das bases Igor, especialista na posição jogou como gente grande. O goleiro Danilo Fernandes, seguro, parece ter conquistado a posição de segundo goleiro. E por fim no ataque o Romarinho começou a jogar bola. 

                 Não deu outra. O time cresceu, dominou o jogo e ganhou com méritos do bravo Mirassol. Os reservas corinthianos mostraram que são jogadores de qualidade para vestirem a nossa camisa. Agora é esperar pela estreia dos titulares no próximo jogo. 

Ficha técnica (Fontes: Sitios Terra e Federação Paulista de Futebol)

MIRASSOL 0 x 1 CORINTHIANS

Gol

CORINTHIANS:
Romarinho, aos 6min do 1º tempo

 

MIRASSOL: Diego; Eduardo, Walter, Gian e Andrezinho; Mineiro (Rodrigo Possebon), Alex Silva, Felipe Lima (Adilson Bahia) e Camilo; Marcelo (André Cassaco) e Caion

Treinador: Ivan Baitello

 

CORINTHIANS: Danilo Fernandes; Edenilson, Felipe, Gil e Igor; Guilherme Andrade, Guilherme, Giovanni (Nenê Bonilha) e Renato Augusto; Zizao (Welder) e Romarinho (Willian Arão)

Treinador: Tite

 

Cartões amarelos

MIRASSOL: Alex Silva
CORINTHIANS: Felipe e Zizao

 

Árbitro

Welton Orlando Wohnrath

Local Estádio José Maria de Campos Maia, em Mirassol (SP)



"NEGA VEIA" MANTÉM TABU NO PACAEMBU

23 de Janeiro de 2013, 22:00, por Moisés Basilio Leal - 0sem comentários ainda

Corinthians 0 x 1 Ponte Preta, Pacaembu, 23/01/2013, 17h00, Campeonato Paulista 2013.


Por Moisés Basílio Leal


          Um jogo num horário diferenciado e inusitado, quarta-feira às 17h00, por conta de outra partida que aconteceria às 22h00 no Morumbi. Transito da tarde dificultou um pouco a chegada ao estádio, mas só perdi os 10 minutos iniciais. O bom é que como o jogo terminou cedo foi possível jantar com meu filho Pedro e o grande e velho amigo Umberto, que veio direto de São José dos Campos. 


           Primeiro jogo do Timão em sua casa. Torcida alegre e a faixa saudando o bicampeão mundial. Em campo o segundo quadro mosqueteiro.


          O sistema defensivo teve no gol uma boa atuação do promissor goleiro Danilo Fernandes. Salvou pelo menos dois gols certos da Ponte. No miolo da zaga tivemos uma boa atuação do grandalhão Felipe, que veio no ano passado do Bragantino e mostrou um futuro promissor. Ao seu lado o estreante Gil, que teve uma atuação discreta. Nas laterais, pela direita Edenilson deu mostra que ainda não está em forma, com muitos passes errados e sem fôlego para atacar. Do lado esquerdo Weldinho jogou o feijão com arroz de sempre e pouco ousou além da marcação. 


          O meio de campo foi formado por dois volantes que só marcaram, Guilherme Andrade e Willian Arão. Os meias de armação, Giovanni pelo lado direito e Guilherme pelo lado esquerdo pouco criaram. Guilherme ainda tentou alguns chutes de longa distância, mas sem sucesso. 


          No ataque, Romarinho esteve mal posicionado no meio da zaga adversária e sem ritmo de jogo pouco produziu de satisfatório. Ao seu lado o aclamado Zizao, sempre esforçado, correndo muito e dando cruzamentos e cobrando escanteio com perfeição acabou sendo o melhor jogador do Timão em minha modesta opinião. 


         A Ponte Preta veio fechadinha e disposta a aproveitar o contra-ataque. Acabou gostando do jogo e seu meio de campo dominou a partida e produziu boas jogadas para o ataque que por pouco não culminou em gol da macaca. Ao final, com uma mãozinha do árbitro a "Nega Veia", apelido carinhoso do time campineiro, conseguiu cavar um pênalti que o veterano William Batoré aproveitou. Alias, o Batoré é um predestinado quando joga contra o Timão e sempre deixa o seu nas redes mosqueteiras, seja jogando pelo Santos ou pelo Avaí.


           Tite ainda tentou ganhar o jogo fazendo duas substituições durante a partida. Nenê Bonilha no lugar do Geovanni e a revelação do juniores Léo no lugar de Zizao. Esse time do segundo quadro pode melhorar se jogar mais partidas juntos, pois é composto de bom jogadores, mas não é um time para ser campeão. 


               Ao final a "Veterana" consegui manter o tabu de não perder no Pacaembu para o Corinthians desde 2008. Foram cinco jogos, sendo três vitórias e dois empates.

                    

 

Ficha técnica (Fontes: Sitios Terra e Federação Paulista de Futebol

CORINTHIANS 0 x 1 PONTE PRETA

Gol
PONTE PRETA:
William, aos 43min do segundo tempo

CORINTHIANS: Danilo Fernandes; Edenilson, Gil, Felipe e Welder; Guilherme Andrade e Willian Arão; Giovanni (Nenê Bonilha), Guilherme e Zizao (Léo); Romarinho
Treinador: Tite

PONTE PRETA: Edson Bastos; Artur, Cleber, Ferron e Uendel; Baraka e Bruno Silva; Cicinho (Memo), Wellington Bruno (Geovane) e Chiquinho (Ferrugem); Willian
Treinador: Guto Ferreira

Cartões amarelos
CORINTHIANS: Gil e Zizao
PONTE PRETA: Uendel, Baraka, Cicinho, Bruno Silva e Willians

Público total e renda:
19.147 torcedores e R$ 473,930,40

Árbitro
Luiz Vanderlei Martinucho

Local
Estádio do Pacaembu, em São Paulo (SP)




PEDALA ZIZAO

20 de Janeiro de 2013, 22:00, por Moisés Basilio Leal - 0sem comentários ainda
Paulista 1x1 Corinthians
 

20/01

Jayme Cintra

Camp. Paulista 2013

 

 

Por Moisés Basílio


     Começa o ano para o Timão estreando no charmoso Campeonato Paulista empatando em Jundiaí contra o Paulista. Gosto do Paulistão, pois foi com ele que comecei a gostar de acompanhar o futebol e o meu Coringão no início dos anos 70. O que acaba tirando um pouco a graça desse campeonato são as constantes mudanças nas fórmulas de disputa, principalmente as que levam ao enfraquecimento dos times do interior, como a atual. 

        Com um campeonato curto, até meados de maio, os clubes do interior acabam tendo dificuldade em organizar os seus elencos. O ideal seria que o campeonato fosse mais longo e se integrassem com as disputas nacional (Copa do Brasil e Brasileirão) e internacional (Copa Libertadores e Copa Sul-Americana). 

          O atrativo maior desse Paulistão 2013 é barrar o tetracampeonato do Santos, feito só conseguido pelo Club Athlético Paulistano nos anos de  1916, 17, 18 e 19. 

          Mas, voltando ao jogo do Timão o resultado foi justo. Embora com maior volume de jogo, o time alvinegro do Parque S. Jorge não conseguiu traduzir seu domínio em jogadas de gol. Faltou entrosamento e deu para perceber que no segundo tempo os jogadores mosqueteiros sentiram o cansaço físico do início da temporada. 

          O destaque foi o folclórico chinês Zizao. Jogou certinho e ainda por cima fez uma bela jogada de linha de fundo, com pedalada e tudo, e serviu de bandeja o Giovanni que fez o tento corinthiano.  Como água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, o Paulista depois de pressionar conseguiu seu gol, com uma pequena ajuda do nosso Júlio César. 

          Uma estreia modesta que deu para o gasto. O Tite disse que gostou do que viu, eu não.
       

 

 

Ficha técnica (Fontes: Sítio Terra e Federação Paulista de Futebol)

PAULISTA 1 x 1 CORINTHIANS

Gols
PAULISTA:
João Henrique, aos 35min do segundo tempo
CORINTHIANS:
Giovanni, aos 14min do segundo tempo

PAULISTA: Richard; Thales, Lima, Lázaro e Correia; Matheus, Flávio (Diego Marangon), Chiquinho e Kasado (Régis); Cassiano Boldini e Marcelo Macedo (João Henrique)
Treinador: Giba

CORINTHIANS: Júlio César; Edenílson, Antônio Carlos, Felipe e Weldinho; Guilherme Andrade, Guilherme, Nenê Bonilha (Leonardo) e Giovanni (Willian Arão); Zizao e Romarinho
Treinador: Tite

Cartões amarelos
PAULISTA: Thales
CORINTHIANS: Giovanni e Guilherme Andrade

Árbitro
Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza

Local
Estádio Jayme Cintra, em Jundiaí (SP)



2012_FIFA_Club_World_Cup.png

22 de Dezembro de 2012, 22:00, por Desconhecido - 0sem comentários ainda



VAI CORINTHIANS: “EX SPE IN SPEM" (DE ESPERANÇA EM ESPERANÇA)

22 de Dezembro de 2012, 22:00, por Moisés Basilio Leal - 0sem comentários ainda

Por Moisés Basílio

Corinthians1x0Chelsea

 

 

16/12/2012 - Yokohama

 

Mundial de Clubes FIFA 2012

 

 

             O título dessa crônica é uma singela homenagem ao querido cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, que além de todos os seus predicados é um grande corinthiano. Na véspera do grande jogo, meu amigo Altemeyer teve a boa sorte de visitar o cardeal e brindar seus amigos com detalhes da conversa e a boa notícia que aos 91 anos Dom Paulo goza de boa saúde, lucidez e que iria torcer como sempre para o nosso Timão. Bons presságios para uma véspera de grande decisão.


            Veio-me a mente o lema inscrito no seu brasão de cardeal ao lembrar a trajetória do time do povo até essa final de copa. Esse ciclo de conquistas é antecedido por duas grandes derrotas: O campeonato brasileiro de 2010 para o Fluminense e a desclassificação da Copa Libertadores para o Tolima no início de 2011.


            Mas, o sonho corinthiano não se transformou em esperanças perdidas deixadas nos cantos da vida. A diretoria soube aguentar o repuxo das cobranças dos torcedores apaixonados, fez algumas alterações de rotas, mas manteve o trabalho da comissão técnica. Dois nomes apareceram como líderes desse processo: O presidente Andrés Sanches e o técnico Tite. Um é a corda e o outro a caçamba, digo isso lembrando o velho samba de  Adeiton Alves e Delcio Carvalho imortalizado nas vozes dos Originais do Samba.


            Corda e caçamba, bela figura de linguagem para expressar a união de duas partes para se alcançar algo. A corda é uma palavra que vem das línguas greco-latinas e caçamba vem do africano quimbundo “kisambu” (cesto), que derivou para vaso, balde e outros recipientes.  É a corda que segura o balde que tira a água da cacimba para saciar nossa sede. E nessa trajetória que percorremos até a grande conquista final, a Fiel foi a corda e o time a caçamba. 


            E de esperança em esperança o time mosqueteiro foi trilhando o caminho que o trouxe até o Japão. Primeiro sendo pentacampeão brasileiro em 2011, depois ganhando pela primeira vez a Copa Libertadores da América e finalmente o Sport Club Corinthians Paulista conquista em solo nipônico o bicampeonato da Copa do Mundo de Clubes da FIFA - Japão 2012.

  

           A final foi contra a seleção do Chelsea Football Club. Digo seleção porque esses times da Liga dos Campeões da UEFA (UEFA Champions League –UCL-), pelo poderio econômico compram os melhores jogadores do mundo para formar seus elencos. Como alardearam com razão os cronistas esportivos o elenco dos ingleses, jogador por jogador, era em muito superior ao dos brasileiros. Mas em matéria de futebol mais vale o conjunto, o coletivo, do que as individualidades. Mas, será que o conjunto do time brasileiro seria superior ao conjunto do time inglês? Nessa dúvida residia a esperança de cada corinthiano.


          No ano passado o Santos sabia de antemão que seu elenco e o conjunto do seu time eram inferiores aos do Barcelona. Os santistas depositaram suas esperanças numa terceira possibilidade: A genialidade do craque Neymar. Mas levaram um baile, pois o gênio que saiu da garrafa e acabou com o jogo foi o argentino Messi.


           Quando o árbitro apitou o início da partida é que se pode começar a aferir se o conjunto do time "alvinegro" conseguiria superar as individualidades e o conjunto dos "blues". E conseguiu. Durante os 90 minutos de jogo o Corinthians jogou com seriedade, dentro do sistema tático proposto pelo técnico Tite: Com forte marcação; Valorização da posse de bola; Aproveitamento dos vacilos do adversário para contra-atacar; Respeito ao time adversário, mas sem abaixar a cabeça e jogando de igual para igual; E como sempre, de forma sofrida, conseguindo marcar o gol do título, quase ao final do jogo, numa cabeçada certeira do centroavante peruano Guerrero.


            Méritos novamente ao Tite, que durante o campeonato brasileiro preparou o time para jogar com um centroavante, apostando que o time dessa forma ganharia mais contundência ofensiva. Outra jogada de mestre foi escalar o polivalente e aguerrido Jorge Henrique no lugar do habilidoso, mas sempre lento, Douglas, o que melhorou a marcação do meio de campo, anulando os meias criativos do time londrino.


            Porém, há um detalhe importantíssimo para explicar a vitória: Os milagres do São Cássio! Nosso goleiro pegou tudo e jogou como gente grande. Aquele chute de meia distância do Moses, defendido com as pontas dos dedos foi demais. Já havia sido um monstro durante a campanha da Libertadores, dando segurança ao sistema defensivo e fazendo o grande milagre aos pés do Diego Souza jogo contra o Vasco. Agora, nesse jogo, Cássio matou a pau.


            2012 foi o ano do Sport Club Corinthians Paulista. Axé Timão!


FICHA TÉCNICA (Fonte: Sítio Terra)


 

16/12/2012 - Yokohama - Mundial de Clubes FIFA 2012



Corinthians 1 x 0 Chelsea


Gol


Corinthians:
 Guerrero, aos 23min do 1º tempo


Corinthians: Cássio; Alessandro, Chicão, Paulo André e Fábio Santos; Ralf e Paulinho; Jorge Henrique, Danilo e Emerson (Wallace); Guerrero (Martínez). Técnico: Tite


Chelsea: Cech; Ivanovic (Azpilicueta), Cahill, David Luiz e Ashley Cole; Ramires e Lampard; Moses (Oscar), Mata e Hazard (Marin); Torres. Técnico: Rafa Benítez


Cartões amarelos


Corinthians: 
Jorge Henrique
Chelsea: David Luiz


Cartão vermelho


Chelsea:
 Cahill


Árbitro
Cuynet Çakir


Local
Nissan Stadium, Yokohama (Japão)


Público
68.275



Em espírito junto com o Timão.

 

 



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