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Comunicador Popular desaparecido desde 10 de outubro

October 13, 2012 21:00 , von Bertoni - 0no comments yet | No one following this article yet.

Sumiços de Anderson Leandro e de Renato Brandão possuem muitas semelhanças. Em ambos os casos as investigações abrem um leque amplo de possibilidades e dúvidas que mais confundem e menos elucidam; paralisam e desanimam. Esperança das buscas recai na ação dos amigos, familiares e parentes. Projeto de Lei de iniciativa popular pelas pessoas desaparecidas precisa de um milhão de assinaturas.

O companheiro Anderson Leandro, da Quem TV, imprensa alternativa dos movimentos populares e entidade promotora de comunicação popular no Paraná, está desaparecido há mais de quatro dias e o sentimento de impotência e de insegurança só aumenta junto aos amigos, colegas de trabalho e parentes, diante da falta de pistas e de respostas. É um absurdo, nos tempos atuais de enormes avanços nas tecnologias de comunicação instantânea, de rastreamento de equipamentos, câmeras de vigilância, que as pessoas simplesmente desapareçam. Que um carro como a kangoo de Anderson suma e não deixe rastros. Que a família do engenheiro Renato Brandão, morador do bairro Ahú em Curitiba, amargue mais de um ano (exatos 13 meses) de dor, desespero, mistério e dúvidas.

As autoridades que investigam ambos os casos abrem à família um leque amplo demais de possibilidades que em vez de elucidar tira o foco do que é concreto: sumiu a caminho de tal local, com tal roupa, tal veículo (bicicleta no caso do engenheiro), por este ou aquele motivo. Seus hábitos costumavam ser estes, suas relações profissionais e pessoais são estas e as contas bancárias a que essa pessoa teria acesso não foram movimentadas. Se a família não filtra os absurdos e as versões improváveis, as perguntas só aumentam e a confusão se instaura. Se possuía dívidas, se era ou não usuário de drogas, se pulava a cerca e sumiu na companhia de outra mulher que não a esposa e abandonou a família. Tudo desvia o foco de atenção: há uma pessoa desaparecida e uma família sofre à procura dessa pessoa! Quem desapareceu é quase que criminalizado, quando deveria ser visto no foco de vítima que é até prova em contrário. Independentemente dos motivos do sumiço, que só serão elucidados quando as pessoas desaparecidas forem encontradas, o fato do desaparecimento deveria desencadear por si só uma ação imediata, uma operação articulada, um trabalho efetivo de fato. À medida em que o tempo passa, o quadro fica mais dramático e desanimador. Outros crimes e ocorrências se sucedem, o que imobiliza e paralisa as forças institucionais.

A lição de casa da investigação deveria ser o imediato rastreamento nas imagens que possam estar disponíveis em câmeras de vigilância de prédios residenciais e empresas no suposto trajeto da pessoa desaparecida, antes que elas sejam apagadas. Porque é fato concreto o horário em que Anderson Leandro deixou a produtora em que trabalha no carro em que desapareceu: uma Renault Kangoo de cor branca, placa AON 8615. Ele vestia camisa azul e calça jeans. Calçava sapatênis de couro marrom.

A violência e a insegurança em Curitiba e no Paraná são tantas que transformam a cidade e o estado em referências para esse tipo de situação. Aqui, as pessoas simplesmente somem. Ponto! As iniciativas particulares e de organizações das famílias se multiplicam sem grandes apoios institucionais e das fontes oficiais que deveriam transmitir segurança e não reforçar o medo ou a sensação de impotência.

Veja também:

Em Curitiba, virou mania as pessoas simplesmente desaparecerem e as investigações não chegarem a nenhuma conclusão


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