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Economia

28 de Fevereiro de 2014, 13:41 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.

BC desmente Bolsonaro mas ele insiste em plano de moeda única no Mercosul

7 de Junho de 2019, 17:55, por Desconhecido

A notícia, recebida com ceticismo durante visita à Argentina, coloca o ministro da Economia, Paulo Guedes, em uma nova ‘saia justa’. Segundo Bolsonaro, ele deu “o primeiro passo para um sonho de uma moeda única na região do Mercosul, o peso real”.

 

Por Redação, com agências internacionais – de Buenos Aires

 

O Banco Central informou em nota, na manhã desta sexta-feira, que não há qualquer projeto nem ao menos estudos em andamento para uma união monetária entre Brasil e Argentina. Ainda assim, o presidente Jair Bolsonaro tem afirmado que foram iniciadas negociações nesse sentido entre os governos de ambos os países.

Presidente Jair Bolsonaro fala sobre moeda única no Mercosul, que nem o Banco Central tem ideia do que seja

A notícia, recebida com ceticismo durante visita à Argentina, coloca o ministro da Economia, Paulo Guedes, em uma nova ‘saia justa’. Segundo Bolsonaro, ele deu “o primeiro passo para um sonho de uma moeda única na região do Mercosul, o peso real”. Às pressas, um porta-voz do Ministério das Finanças da Argentina confirmou negociações nesse sentido.

— Estamos trabalhando nisso no médio a longo prazo — desconversou o porta-voz argentino à agência inglesa de notícias Reuters.

Sem prazo

A proposta, que existe apenas no ideário do presidente brasileiro, poderia incluir Uruguai e Paraguai, outros parceiros do Mercosul, de acordo com a mídia. Algumas horas depois, o BC divulgou nota afirmando que não há projetos nesse sentido.

“Há tão somente, como é natural na relação entre parceiros, diálogos sobre estabilidade macroeconômica, bem como debates acerca de redução de riscos e vulnerabilidades e fortalecimento institucional”, disse a nota.

Ao saber da negativa do BC, Bolsonaro ainda tentou manter a ideia da moeda única. Mas frisou, desta vez, que não existe uma prazo para a implementação do projeto. E que prevê no futuro a criação de uma união monetária para toda América do Sul.

Proposta

Nesta sexta, o presidente chegou a dizer que a moeda única poderia servir como uma trava a ameaça de avanço de pensamentos e “aventuras socialistas” na região.

— Uma nova moeda é como um casamento… mas a gente mais ganha do que perde. Temos muito mais, como num casamento, a ganhar do que perder. Acho que com a moeda única nós estamos dando uma trava nas aventuras socialistas que acontecem em alguns países na América do Sul — disse ele a jornalistas, após participar de uma cerimônia de formação de sargentos da Marinha, na zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo Bolsonaro, “essa proposta existe desde 2011 e o Paulo Guedes mostrou interesse assim como o governo da Argentina em voltar a estudar a questão”. Guedes preferiu não falar sobre o assunto, de imediato.

No Twitter, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou a ideia da possível nova moeda: “Será? Vai desvalorizar o real? O dólar valendo R$6,00? Inflação voltando? Espero que não.” Bolsonaro evitou polemizar e preferiu minimizar as críticas.

— Rodrigo Maia ou qualquer um que tenha criticado é um direito — concluiu.



Economistas voltam a reduzir expectativa de crescimento do PIB

14 de Maio de 2019, 9:14, por Desconhecido

Não apenas o BC, mas os analisas do banco Itaú Unibanco também voltaram a reduzir as projeções para o desempenho da atividade econômica.

 

Por Redação – de Brasília e São Paulo

 

O mercado financeiro voltou a promover ajustes em suas projeções econômicas para este ano, com nova revisão para baixo na expectativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), pressionada pela fraqueza da produção industrial.

O PIB tem declinado desde a eclosão do golpe de Estado, em 2016O PIB tem declinado desde a eclosão do golpe de Estado, em 2016

A pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira mostrou que a projeção de crescimento do PIB em 2019 foi reduzida em 0,04 ponto percentual, para 1,45%, na 11ª semana seguida de redução.

O cenário para a indústria piorou pela segunda vez seguida, com os economistas projetando agora um crescimento da produção de 1,70%, de 1,76% antes na mediana das estimativas.
Para 2020 permanece a expectativa de expansão do PIB de 2,50%, com a indústria crescendo 3%.

O levantamento semanal com uma centena de economistas apontou ainda que as expectativa para a alta do IPCA permanecem em 4,04% para este ano e em 4% para o próximo. O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Na semana passada, o IBGE divulgou que o IPCA avançou 0,57% em abril, indo a 4,94% em 12 meses, depois de o Banco Central ter avaliado que o balanço de riscos para a inflação mostra-se simétrico.

Para a taxa básica de juros, também não sofreu alteração o cenário de Selic a 6,50% em 2019 e a 7,50% em 2020. O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, continua vendo a taxa a 6,50% este ano e a 7,21% no próximo, na mediana das projeções.

Estagnação

Não apenas o BC, mas os analisas do banco Itaú Unibanco também voltaram a reduzir as projeções para o desempenho da atividade econômica brasileira em 2019 e 2020, diante de um quadro de estagnação do investimento.

O banco manteve prognóstico de queda para a Selic neste ano, mas condicionada à aprovação da reforma da Previdência, enquanto deixou inalteradas estimativas para o câmbio e melhorou os números para as contas públicas neste ano.

O Itaú reduziu o crescimento do PIB esperado para 2019 a 1,0%, de 1,3% antes. Para 2020, a conta foi piorada para 2,0%, de 2,5%.

Confiança

Para o primeiro trimestre, a estimativa foi reduzida para contração de 0,2% sobre o quatro trimestre de 2018 (com ajuste sazonal), ante previsão anterior de expansão de 0,1%, sob efeito da queda da produção industrial de março.

“A confiança do empresário não se recuperou em abril, após forte queda em março, e a criação de empregos medida pelo Caged está desacelerando – fatores que nos levam a crer, em linha com as impressões colhidas junto ao setor real, que a incerteza associada à implementação de reformas tem pesado em alguma medida sobre a atividade econômica”, disse o Itaú em nota.

Citando que o real tem estado mais pressionado que o sugerido pelos fundamentos, o Itaú manteve estimativa de que a taxa de câmbio terminará 2019 em R$ 3,80 por dólar e 2020 em R$ 3,90 por dólar.

O Itaú segue vendo corte da Selic em 2019 (para 5,75%) e 2020 (5,50%), dos atuais 6,50%, fruto da combinação entre inflação na meta e atividade fraca.

“Embora insistindo na necessidade de esperar por mais clareza no fronte de reformas, as autoridades (do Copom) parecem inclinadas a reavaliar a adequação do atual estímulo monetário na economia, caso a atividade não se fortaleça nos próximos meses”, conclui o Itaú.



Governo desafia caminhoneiros e determina aumento no preço do diesel

19 de Abril de 2019, 10:08, por Desconhecido

“O reajuste levou em consideração os mecanismos de proteção, através dos derivativos financeiros, e as variações de demais parcelas que compõem o Preço Paridade Internacional (PPI) com destaque para redução recente do frete marítimo”, justificou a estatal em comunicado.

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

A Petrobras anunciou nesta quarta-feira um aumento de 4,8%, o equivalente a R$ 0,10 por litro, no preço médio do diesel em suas refinarias, após ter cancelado uma alta de 5,7% no combustível na semana passada, em polêmica que envolveu o presidente Jair Bolsonaro.

Cumprimento do tabelamento do frete e redução do preço do diesel não foram contemplados no anúncio do governo

Segundo o site da empresa, o valor médio do diesel nas refinarias a partir de quinta-feira será de 2,2470 reais por litro, ante de 2,1432 reais/litro até o momento, valor que vigorava desde 22 de março.

Estatal

O reajuste foi divulgado pelo site da Petrobras quase que simultaneamente a uma entrevista coletiva de seu presidente, Roberto Castello Branco, na qual o executivo falou sobre o assunto.

“O reajuste levou em consideração os mecanismos de proteção, através dos derivativos financeiros, e as variações de demais parcelas que compõem o Preço Paridade Internacional (PPI) com destaque para redução recente do frete marítimo”, justificou a estatal em comunicado.

“A Petrobras reafirma a rigorosa observância do alinhamento de seus preços com a paridade internacional”, completou.



PIB tende a cair ainda mais ao longo do ano, prevê economista do Dieese

19 de Abril de 2019, 9:58, por Desconhecido

Nesta semana, uma pesquisa da consultoria Kantar e o índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) mostraram também resultados negativos nos primeiros meses do governo Bolsonaro.

 

Por Redação, com RBA – de São Paulo

 

A economia brasileira sofreu queda no mês de fevereiro, de acordo com Monitor PIB (Produto Interno Bruto), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontou uma retração de -0,4%, ante 0,3% registrado em janeiro, pela série mensal sobre o PIB do país.

O PIB tem declinado desde a eclosão do golpe de Estado, em 2016O PIB tem declinado desde a eclosão do golpe de Estado, em 2016

Em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual, o diretor técnico do Dieese, economista Clemente Ganz Lúcio, ressalta que, no geral, a recuperação econômica ainda está muito aquém do projetado para o período e assim deve continuar diante da gestão de Jair Bolsonaro.

— A política econômica do governo não indica iniciativas no sentido de animar e ativar o processo produtivo, e nós temos um travamento estrutural na economia, que patina, anda de lado e, talvez, 2019 seja mais um ano de baixo crescimento — avalia Clemente.

Ele descreve o cenário brasileiro, com desemprego elevado e baixas no investimento e no poder de consumo das famílias brasileiras.

Nesta semana, uma pesquisa da consultoria Kantar e o índice de Atividade Econômica (IBC-Br) do Banco Central (BC) mostraram também resultados negativos nos primeiros meses do governo Bolsonaro.

— É provável que a sucessão de ajustes, cortes, arrochos na Previdência, tudo isso só desanime a capacidade da economia de sustentar o crescimento — adverte o analista sobre agenda ultraliberal da gestão Bolsonaro.



Conheça a maior produção de arroz orgânico da América Latina, do MST

17 de Março de 2019, 20:41, por Desconhecido

Produção do alimento acontece há 20 anos em vários assentamentos da Reforma Agrária no Rio Grande do Sul14 de março de 2019 10h10

Produção de arroz orgânico envolve hoje 363 famílias assentadas. Foto Alex Garcia.jpgProdução de arroz orgânico envolve hoje 363 famílias assentadas.
Foto: Alex Garcia


Por Maiara Rauber Da Página do MST


Após uma década produzindo arroz orgânico, José Carlos de Almeida, residente no Assentamento Santa Rita de Cássia II, em Nova Santa Rita, na região Metropolitana de Porto Alegre, se orgulha das conquistas que a luta coletiva propiciou às famílias do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). “Através da produção agroecológica, nós somos reconhecidos, respeitados e temos força. Hoje somos os maiores produtores de arroz orgânico da América Latina”, destaca. Essa posição de liderança é confirmada pelo Instituto Riograndense de Arroz (Irga).

A primeira experiência do MST na produção de arroz de base agroecológica ocorreu há 20 anos, em pequenas áreas no entorno da capital gaúcha. Sustentadas em uma rede de cooperação e de ajuda mútua, as famílias se organizavam inicialmente por meio da Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre (Cootap), no Assentamento Integração Gaúcha, em Eldorado do Sul; da Cooperativa de Produção Agropecuária dos Assentados de Tapes (Coopat), no Assentamento Lagoa do Junco, em Tapes; e da Cooperativa de Produção Agropecuária Nova Santa Rita (Coopan), no Assentamento Capela, em Nova Santa Rita.

Segundo o assentado Emerson Giacomelli, contrapor o modelo do agronegócio e apostar em novo jeito de produzir, com respeito à vida, aos ciclos da natureza e ao meio ambiente, fez com que os Sem Terra enfrentassem à época uma série de dificuldades. “Nós não conseguíamos nenhuma assistência técnica, nenhum incentivo ou apoio, nenhuma linha de crédito”, recordou.

No entanto, a produção de arroz em áreas de Reforma Agrária começou de forma convencional. As famílias, através da Cootap, tinham acesso a máquinas agrícolas e assistência técnica para organizar a produção nos assentamentos. Hoje, a cooperativa regional atua na linha de frente da cadeia produtiva de arroz agroecológico e organiza há 16 anos consecutivos eventos para celebrar a colheita.

A Coopan é uma das cooperativas do MST que faz o beneficiamento do arroz orgânico. Foto Alex Garcia.jpgA Coopan é uma das cooperativas do MST que faz o beneficiamento do arroz orgânico.
Foto Alex Garcia

Para Giacomelli, alguns motivos que levaram os camponeses à transição de cultura, da convencional à ecológica, como a profunda crise econômica do setor orizícola, no final dos anos 90, o surgimento de inúmeros problemas de saúde, a poluição nos assentamentos, o manejo inadequado de recursos naturais devido ao uso abusivo de agrotóxicos e a busca de autonomia no plantio, beneficiamento e comercialização.

Celso Alves Silva, coordenador do setor de grãos da Cootap, reforça que a decisão foi técnica e política. “Durante sua trajetória, o MST amadureceu e abraçou a bandeira da conquista da terra, de produção de alimentos saudáveis, distribuição de renda e integração social e econômica entre as famílias assentadas. Ele indicava que era possível produzir alimentos sem veneno em escala e preservando os recursos naturais”, acrescentou.

Envolvimento de mais famílias

O debate sobre a construção de uma nova sociedade e a conscientização sobre os impactos dos modelos de agricultura na saúde e no meio ambiente fizeram com que centenas de outras famílias Sem Terra, motivadas pelas experiências da Cootap, Coopan e Coopat, começassem a produzir arroz agroecológico. Esse processo se fortaleceu por meio de intercâmbios e estudos sobre rizipiscicultura, arroz pré-germinado, secagem, armazenagem, beneficiamento, processamento e formas de comercialização.

Atualmente há 363 famílias do MST produzindo o arroz orgânico em 15 assentamentos e 13 municípios – Charqueadas, Capela de Santana, Eldorado do Sul, São Jerônimo, Canguçu, Manoel Viana, Tapes, Arambaré, Nova Santa Rita, Viamão, Capivari do Sul, Guaíba e Santa Margarida do Sul. A área plantada na safra de 2018-2019 é de 3.433 hectares, e a estimativa de colheita é de aproximadamente 16 mil toneladas.

O MST possui unidades próprias de agroindústrias e Unidade de Beneficiamento de Sementes. Foto Alex Garcia.jpgO MST possui unidades próprias de agroindústrias e Unidade de Beneficiamento de Sementes.
Foto Alex Garcia

Os assentados prepararam o solo e plantam o arroz em sistema pré-germinado. A produção é totalmente livre de agrotóxicos. Quando se faz necessário o controle de pragas, utilizam biofertilizantes, repelentes naturais ou insumos permitidos pela legislação dos orgânicos. A água também ajuda a combater inços e plantas indesejadas. Já o melhoramento do solo é feito com incorporação de matéria orgânica, como estercos de animais e palhas de arroz, uso de calcário, pó-de-rocha e fosfato natural.

Grupo Gestor do Arroz Agroecológico

Os produtores se organizam no Grupo Gestor do Arroz Agroecológico desde 2002. Ele foi constituído a partir da união de famílias de vários assentamentos que passaram a compartilhar experiências e a aperfeiçoar suas visões enquanto coletivo. Isso resultou em avanços na cadeia produtiva de arroz orgânico do MST.

Giacomelli defende a organização coletiva busca consolidar alternativas ao agronegócio, pois estabelece relações de respeito e integração entre os seres humanos e os recursos naturais. “Nossa produção é feita com técnicas que estimulam a fertilidade e a produção de alimentos saudáveis, e gera mais qualidade de vida aos produtores e consumidores, além de renda às famílias assentadas”, complementa.

A qualidade do grão é garantida por meio de análises. Foto Alex Garcia.jpgA qualidade do grão é garantida por meio de análises
Foto Alex Garcia

O valor da produção e da certificação orgânica

Hoje, todo o processo produtivo, industrial e comercial do arroz orgânico é coordenado pela Cootap, que detém a marca comercial Terra Livre. Ela ajuda a organizar a produção das famílias vinculadas ao Grupo Gestor do Arroz Agroecológico, através de associações, grupos informais e cooperativas – Coopan, Coopat, Cooperativa de Produção Agropecuária de Charqueadas (Copac) e Cooperativa dos Produtores Orgânicos da Reforma Agrária de Viamão (Coperav).

O MST possui unidades próprias de agroindústria para recebimento, secagem, armazenagem e embalagem de arroz, além de Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS). As sementes são produzidas em sete assentamentos nos municípios de Eldorado do Sul, Viamão, Nova Santa Rita, Tapes e Guaíba.

O arroz orgânico é certificado desde 2004, em todas as etapas da produção, com base em normas nacionais e internacionais, por meio da certificação participativa (OPAC – Coceargs) e de auditoria (IMO – Ceres).

Segundo o assentado Cleomar Pietroski, responsável pelo Setor de Certificação da Cooperativa Central dos Assentamentos do RS (Coceargs), o arroz é certificado a partir de 12 meses de manejo orgânico na unidade de produção. “Além de agregar valor, a certificação dá a garantia de procedência e de qualidade do produto aos consumidores”, argumenta.

Hoje são 15 assentamentos que cultivam arroz orgânico, em 13 municípios gaúchos. Foto Alex Garcia.jpgHoje são 15 assentamentos que cultivam arroz orgânico, em 13 municípios gaúchos Foto Alex Garcia

Comercialização institucional e exportação

A maior parte do arroz orgânico produzido pelo MST é destinada ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e ao Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). Assim, além de abastecer o RS, o alimento chega aos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Na capital paulista, o MST deve entregar a escolas públicas cerca de 2 milhões de quilos de arroz só este ano.

O grão também pode ser adquirido em mais de 40 feiras ecológicas da Região Metropolitana de Porto Alegre, no Mercado Público de Porto Alegre, na Feira Latino-Americana da Economia Solidária, em Santa Maria; na Exposição Internacional de Animais, Máquinas, Implementos e Produtos Agropecuários (Expointer), em Esteio; e na Feira Nacional da Reforma Agrária, em São Paulo.

Além de abastecer o mercado interno, o MST exporta arroz orgânico. A primeira experiência ocorreu em 2008, para os Estados Unidos. Depois, o alimento foi para a União Europeia, Portugal, Holanda, Alemanha, Espanha e Venezuela, tendo como foco o comércio justo e solidário. Atualmente, há busca de novos mercados na Grécia, Portugal, Espanha, Holanda, Argentina, Emirados Árabes, China, Haiti, Jamaica, Costa Rica, Itália e Peru, entre outros países.

Metas Sem Terra

O Grupo Gestor do Arroz Agroecológico elegeu como metas a inserção de novas famílias do MST na cadeia produtiva, a expansão da área plantada, a consolidação de uma nova Unidade Básica de Sementes e a construção de uma indústria de arroz parboilizado.

Também quer garantir toda a infraestrutura necessária para viabilizar a produção aos assentados e às cooperativas, além de formar técnica e profissionalmente jovens para que possam dar continuidade ao cultivo de arroz orgânico.

Giacomelli afirma que a formação política e ideológica também é prioridade aos Sem Terra. “Não existe agricultor orgânico que não tenha uma cabeça aberta. Ele precisa ter em mente a política, entender de sociedade, saber da conjuntura e do novo momento. Isso é muito importante para nós”, finalizou.



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