Com menor intensidade, Aeroporto de Guarulhos ainda apresenta atrasos nos voos
16 de Dezembro de 2018, 21:20Segundo informações da concessionária, o movimento está maior do que o normal porque as companhias aéreas ainda estão trabalhando para regularizar o serviço.
Por Redação – de Campinas, SP
Passageiros que estão chegando ao país ou embarcando no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, ainda enfrentam atrasos nos voos. Segundo boletim divulgado pela administradora do aeroporto, a GRU Airport, entre meia-noite e 16h, estavam programados 359 voos, dos quais 181 são chegadas e 178, partidas. Ao todo, havia 67 voos atrasados.
Os passageiros tiveram que exercitar a paciência com tantos atrasos nos voos, em GuarulhosSegundo informações da concessionária, o movimento está maior do que o normal porque as companhias aéreas ainda estão trabalhando para regularizar o serviço que ficou atrasado por conta das fortes chuvas que atingiram a cidade na última quinta-feira. Conforme explica o GRU Airport, devido aos atrasos de quinta-feira, houve um efeito cascata.
A situação deve ser regularizada pelas companhias em até quatro dias, contados a partir de quinta. A GRU Airport disse ainda que soma-se a isso a demanda de voos para o período de férias e festas de final de ano, que normalmente aumenta o movimento nesta época.
Apesar da crise, preço dos alimentos dispara em todo o país
6 de Dezembro de 2018, 19:40De outubro a novembro deste ano, os alimentos que apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas foram tomate, batata, óleo de soja, pão francês e carne bovina de primeira. Já o leite integral teve queda de preços em 16 capitais.
Por Redação – de São Paulo
O preço dos alimentos da cesta básica aumentou em 16 das 18 capitais brasileiras pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos ( Dieese). As altas mais expressivas foram em Belo Horizonte (7,81%), São Luís (6,44%), Campo Grande (6,05%) e São Paulo (5,68%). Houve queda em Vitória (-2,65%) e Salvador (-0,26%).
A inflação tem subido, embora os índices macroeconômicos apontem para uma recessão prolongadaA cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 471,37), seguida pela de Porto Alegre (R$ 463,09), Rio de Janeiro (R$ 460,24) e Florianópolis (R$ 454,87). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 330,17) e Natal (R$ 332,21). Durante o ano de 2018, todas as capitais acumularam alta, com destaque para Campo Grande (14,89%), Brasília (13,44%) e Fortaleza (12,03%).
De outubro a novembro deste ano, os alimentos que apresentaram alta na maior parte das capitais pesquisadas foram tomate, batata, óleo de soja, pão francês e carne bovina de primeira. Já o leite integral teve queda de preços em 16 capitais.
Cesta básica
Com base nesses valores, o Dieese estimou em R$ 3.959,98 o salário mínimo necessário para a uma família de quatro pessoas no mês de novembro, o equivalente a 4,15 vezes o mínimo atual, de R$ 954. Em outubro, o salário mínimo foi estimado em R$ 3.783,39.
O tempo médio que um trabalhador levou para adquirir os produtos da cesta básica, em novembro, foi de 91 horas e 13 minutos. Em outubro de 2018, ficou em 88 horas e 30 minutos.
Poupança
Não bastasse a falta de liquidez, a poupança também apresenta recuo na crise econômica, em curso. A caderneta de poupança registrou entrada líquida de R$ 684,548 milhões em novembro, pior resultado para o mês desde 2015, divulgou o Banco Central nesta quinta-feira.
No mês passado, os depósitos superaram os saques em R$ 1,950 bilhão no Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). Na poupança rural, contudo, houve saída de R$ 1,266 bilhão.
No acumulado dos 11 meses do ano, a poupança registrou ingresso líquido de R$ 23,653 bilhões, numa melhora expressiva ante a retirada de 2,246 bilhões de reais no mesmo período de 2017.
Ignorância ameaça futuro da Amazônia
1 de Novembro de 2018, 10:01“Tirar a floresta para colocar uma ou duas cabeças de gado por hectare é coisa de uma estupidez e de uma ignorância tão grandes que justifica quando se diz que a barbárie vem aí. É um domínio da ignorância em função de um lucro rápido: desmatar, colocar o boi e tirar aqueles 200 reais 300 reais um boi. É espantoso! Se esse é o futuro que nos reservam, vão se dar mal. Serão corridos pela própria história, que é às vezes lenta, mas implacável”.
Palavras de Ennio Candotti, 76, diretor do Museu da Amazônia, em entrevista ao Tutameia (acompanhe no vídeo). Ex-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ele fala da enorme riqueza da região. Cita o caso da bergenina, uma molécula especial existente na casa de uma árvore, que vale 100 dólares a miligrama.
“A Amazônia está sendo ameaçada pela ignorância, pela nossa dificuldade em contar para todos o valor da botânica, das arvores, os insetos, das toxinas, dos venenos, o valor de uma planta que sabe reconhecer o seu invasor e prepara uma molécula ou um produto que possa lhe permitir combate-lo –e ainda comunicar essa solução a uma vizinha. São questões que estão sendo esclarecidas. Há timidez dos cientistas em contar que essas plantas são seres fantásticos e não sabemos a linguagem com que se comunicam”, diz. E segue:
“ O valor da floresta não é reconhecido. Pouco se sabe sobre o fato de que uma árvore regenera seus galhos. Árvores são livros que devemos aprender a ler. A Amazônia é a grande biblioteca da nação. Devemos aprender a ler. E está sendo queimada. Como as bibliotecas famosas foram queimadas no passado, pode acontecer [de ser queimada], pela ignorância de tiranos passageiros que são lembrados hoje pela destruição que fizeram”, diz.
Para Candotti, as ameaças do capitão eleito provocam resistência. “Que venham ameaçar a floresta! Aí vamos contar com as árvores em movimento como naquela história do Tolkien em que as próprias árvore se movem e participam da resistência. Isso passará das páginas de um grande escritor para a realidade. As árvores vão se mover mesmo estando paradas. Vamos ver quem vai mais longe”.
Candotti diz não acreditar em “vocações autoritárias” para o país. Para ele, a vitória do capitão precisa ser entendida nos seus bastidores. “É alguma coisa que tem por trás disso, interesses, articulações muito mais profundas, que têm razões internacionais. Questões como os BRICS. Essa articulação é um fato político de primeira grandeza que justifica intervenções semelhantes àquelas de justificaram a intervenção norte-americana no golpe no Brasil em 1964. Razões internacionais há de sobra. O petróleo, o pré-sal e a Embraer são hoje determinantes no tabuleiro político internacional. Há grandes interesses em preservar os imensos lucros do capital financeiro. Os bancos ganharam mais do que todo o orçamento de educação do país. Não é o capitão. São interesses de grande porte internacional. Vamos cobrar, vamos resistir”, declara ao Tutaméia.
Para o físico, o que aconteceu na eleição “foi uma vacinação”: “Os que votaram no capitão começarão a criar anticorpos ao ver o que vai acontecer”. E segue: “Quando se começar a ver o sangue correr – no sentido do sangue das veias da nação, espero que não seja o dos militantes –, as pessoas aos poucos se darão conta de que aquilo que tinha sido conquistado com a democracia poderá vir a ser perdido. Não acredito que esteja perdido, que passem. Venham para a universidade! Vamos ver quem vai conseguir continuar a defender uma universidade livre e capaz de pensar!”
Barricadas em construção
Candotti fala do futuro da ciência, rememora a luta contra a ditadura e relata intimidações que sofreu, por parte de fiscais do TRE, na semana passada, quando participava de debate sobre democracia na UFAM. Aos que tentaram dispersar a assembleia promovida pelos estudantes apresentou um simples argumento: sem democracia, eles não teriam nem trabalho, pois não haveria eleições. Acabaram indo embora.
“Não precisamos temer. Sabemos sobreviver a pão e água muito mais do que os nossos adversários –que, espero, não virem nossos inimigos. Mas, se forem inimigos, saberemos construir nossas barricadas. Teremos anos em que os jovens poderão saborear o gosto da resistência, afirma. E conclama:
Paulo Guedes e a social-democracia
1 de Novembro de 2018, 10:00Tocqueville (1805-1859) seguidas vezes expressou aversão ao socialismo, arguindo que “a democracia quer a igualdade na liberdade e o socialismo quer a igualdade na extorsão e na servidão”. Morto aos 54 anos, o autor de “A democracia na América” – escrito no Século 19 – não chegou a acompanhar nenhuma experiência socialista “real”, com as suas perversões burocráticas e totalitárias, nem os monstros gerados no ventre dos capitalismos em crise, como o nazi-fascismo. Nem tomou contato sequer longínquo com as experiências social-democratas que fluíram no Século 20. Socialismo e democracia, segundo Tocqueville não eram compatíveis.
A leniência com que a grande imprensa retratou as posições violentas do Presidente eleito, para que ele e Haddad fossem vistos como representantes de posições polarizadas e extremas, foi apoiada em diversas manifestações vindas do mercado. Neste mesmo processo, porta-vozes informais das agências financeiras privadas mostravam as suas simpatias pelo “programa” de Bolsonaro (que jamais fora apresentado), confortados pela omissão do Ministério Público e do Poder Judiciário – como instituições – quanto ao seu criminoso discurso de ódio. Tudo apontava para a narrativa que agora se desvela, quando emerge a fala de um Tocqueville reciclado, já não mais para proteger a democracia do socialismo, mas para casar o neoliberalismo com o fascismo.
O Brasil vai “enterrar” modelo econômico social-democrata, diz Paulo Guedes, porque ele “corrompeu a política, subiu os impostos (e) nos endividamos numa bola de neve”. Como não é ignorância histórica do novo mago neoliberal, pois todas as pessoas medianamente informadas sabem que países social-democratas são os que tem os melhores controles sobre a dívida pública, que o Brasil não conseguiu – até hoje – promover um modelo social-democrata, e sabem ainda que a corrupção é um “mal” em todos os regimes do mundo, mas tem níveis extremamente baixos nas social-democracias, – como não é ignorância do mago – repito, é possível chegar a conclusão que o sr. Paulo Guedes quer dizer é que a democracia não é compatível com a social-democracia. Kautsky, Bernstein, Willy Brandt, Olaf Palm, até Lyndon Johnson e Felipe Gonzales ficariam perplexos! Suíça, Dinamarca, Noruega, Suécia, Costa Rica, rapidamente mudariam as suas instituições de proteção social! O Sr. Paulo Guedes avisou.
Creio que até o vencedores das eleições no Brasil, com as suas respectivas gradações de atenção, sabem que estamos nos movendo num momento tenso e dramático em nosso país. E que estes remédios brutais de eliminação dos adversários, de assassinatos em massa, de promoção do ódio – pregados em algum momento pelo candidato vitorioso – não podem prosperar, sem que campeie a violência em todos os poros do organismo social. E mais: que em qualquer nação em qualquer regime que escolheu estes caminhos – nos quais a democracia é sufocada pela intolerância e pelas armas – perdeu toda a nação, perdeu todo o povo, perderam as crianças. Perdemos o futuro. Ninguém vai se deixar imolar sem luta!
Partir do pressuposto que a social-democracia é incompatível com a democracia, como diz o sr. Paulo Guedes, é dizer que as experiências social-democratas do mundo, que trouxeram as melhores condições de convívio humano no capitalismo não valeram nada. Dizer que a social-democracia deve ser arquivada e defender que ela não deve ser aplicada num determinado país – e vencer no contencioso político – é parte da democracia. Suprimir, todavia, esta possibilidade social-democrata somando ódio e ameaças de morte, para o desterro político da ideia social-democrata, como fez o Presidente eleito durante toda a campanha, não é política: é crime. E bem mais grave do que uma pedalada fiscal.
* Tarso Genro foi Governador do Estado do Rio Grande do Sul, prefeito de Porto Alegre, Ministro da Justiça, Ministro da Educação e Ministro das Relações Institucionais do Brasil.
Indústria perde fôlego em setembro diante de disputa comercial na China
1 de Outubro de 2018, 7:52Uma pesquisa privada mostrou que o crescimento no setor industrial parou após 15 meses de expansão, com os pedidos de exportação caindo mais rapidamente, enquanto uma pesquisa oficial confirmou mais um enfraquecimento da produção.
Por Redação, com Reuters – de Pequim
O crescimento do setor industrial da China enfraqueceu em setembro à medida que as demandas interna e externa perderam fôlego, duas pesquisas mostraram neste domingo, elevando a pressão sobre os formuladores de políticas, já que as tarifas norte-americanas estão pressionando a economia chinesa.
O crescimento do setor industrial da China enfraqueceu em setembroUma pesquisa privada mostrou que o crescimento no setor industrial parou após 15 meses de expansão, com os pedidos de exportação caindo mais rapidamente, enquanto uma pesquisa oficial confirmou mais um enfraquecimento da produção.
Em conjunto, os indicadores de atividade comercial, as primeiras grandes leituras sobre a economia da China em setembro, confirmam consensos de que a segunda maior economia do mundo continua “esfriando”, o que provavelmente levará os políticos chineses a implementar mais medidas de apoio ao crescimento nos próximos meses.
Algum colchão para a desaceleração da economia pode vir do segmento de serviços, que responde por mais da metade da economia da China. O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) não industrial, divulgado pelo Departamento Nacional de Estatísticas neste domingo, mostrou que os serviços expandiram em um ritmo mais rápido em setembro.
Para a manufatura, contudo, o índice oficial caiu para uma mínima de sete meses, a 50,8 em setembro, de 51,3 em agosto e abaixo de uma previsão de uma pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters de 51,2.
Mas o PMI do Caixin/Markit caiu mais do que o esperado, de 50,6 em agosto para 50,0. Economistas consultados pela Reuters previam 50,5, em média.
Os dados oficiais abrangem um número muito maior de empresas, enquanto a pesquisa privada se concentra mais nas pequenas e médias empresas, que são vitais para a criação de empregos na China.
As autoridades chinesas prometeram evitar perdas de empregos extensas à medida que os riscos comerciais aumentam.
É provável que a China coloque maiores esperanças em seu setor de serviços, com salários crescentes. O índice oficial do PMI para setembro colocou os serviços em 54,9, o nível mais alto desde junho, de 54,2 em agosto.