Ir para o conteúdo

News

Tela cheia Sugerir um artigo

Política

25 de Fevereiro de 2014, 16:14 , por Blogoosfero - | No one following this article yet.
Licenciado sob CC (by)

A soberba da república de Curitiba

26 de Agosto de 2018, 12:56, por Desconhecido

O representante mor da república de Curitiba - Sérgio Moro juiz de primeiro piso em Fórum realizado em Salvador financiado por empresários (mesmo vaiado), exigiu que os candidatos a presidente se posicionem sobre prisão em segunda instância.

É muita soberba do juiz da Globo que se julga um ser superior como afirmou o desembargador Fravreto. Nenhum candidato a Presidente é obrigado a se sentir pressionado pelo fuhrer de Curitiba. Prisão em segunda instância da forma como o TRF-4 proferiu contra o ex-presidente LULA não merece nenhuma consideração aos apelos demagogos e autoritario do juiz de primeiro piso que vive seu ciclo completo de declínio com muito pouca serventia para as elites burguesas.

 

 



Carta aberta ao General Mourão, o índio do Amazonas

23 de Agosto de 2018, 8:11, por Desconhecido

Exmo. Sr. General de Exército Antônio Hamilton Martins Mourão

Mui digno candidato a vice presidente da República

Por José Ribamar Bessa Freire, de Niterói:

De qual tribo de índios é o general Mourão?

O senhor acaba de se identificar oficialmente como “indígena” ao registrar candidatura no Tribunal Superior Eleitoral. Isso foi logo após a repercussão negativa de sua fala a empresários da Câmara de Indústria e Comércio de Caxias do Sul, quando afirmou que o Brasil é subdesenvolvido, porque “herdou a cultura de privilégios dos ibéricos, a indolência dos índios e a malandragem dos africanos”, o que desagradou seus próprios eleitores que não gostaram de se ver assim retratados. Parece que a mão esquerda tentou consertar, então, o que fez a mão direita, mas disso decorrem problemas de raciocínio. Por isso, desejando elucidar a lógica de sua estreia espalhafatosa no cenário político nacional, me inspiro no saudoso Waldick Soriano e lhe “escrevo essa carta, mas não repare os senões”.

– Eu sou indígena. Meu pai é amazonense – essa foi sua justificativa.

Ainda que mal pergunte: De qual etnia? Qual é a sua aldeia de referência? A interpelação faz sentido. Olhe só, vou desenhar: o “cidadão europeu” não existe em abstrato, no ar, ele vive em determinado país da Europa, com um território, língua e cultura que marcam sua identidade. O cara só é europeu porque é português, francês, alemão, etc. Da mesma forma com os índios. Sônia, nossa candidata a vice presidente (PSOL), só é índia porque é Guajajara, da aldeia Lagoa Quieta, Terra Indígena Arariboia (MA). Não existem nem o europeu sem pátria, nem o índio desfigurado sem relação étnica, ainda que historicamente distante.

Carta aberta ao General Mourão, o índio do Amazonas

Alguns esquecem, outros não. Muitos índios que vivem em contexto urbano há algumas gerações lembram muito bem de tais referências. É o caso de seu colega, criador do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), o marechal Cândido Rondon. Consciente de que era bisneto de índios Bororo e Terena, ele mantinha vínculo afetivo com a aldeia das Garças de seus bisavós maternos. Quanto ao senhor, quais são as suas referências? Com qual povo e aldeia o senhor tece laços de afeto e de pertencimento? E nesse caso, admitindo que o senhor é um índio genérico, qual é a conclusão que podemos tirar de suas afirmações contraditórias?

Indolência

A implacável lógica aristotélica, ensinada na Escola de Comando e Estado-Maior do Exército que o senhor cursou com tanto brilho, nos leva inexoravelmente a um raciocínio dedutivo:

Premissa maior: Todo homem é mortal – Mourão diz que todo índio é indolente.

Premissa menor: Sócrates é homem – Mourão diz que é índio.

Conclusão: Logo, Sócrates é mortal – Logo, Mourão admite que é indolente.

Foi assim que eu aprendi lá no curso clássico do Ginásio Amazonense, com a professora de Filosofia, Lindalva Mota, a “Lili Silogismo”, mais conhecida pelo apelido de “Por-conseguinte-então”.

Vosso candidato a presidente, o capitão Jair Bolsonaro, que na caserna seria seu subordinado, tentou consertar a trapalhada, inventando que “indolência”, em seu discurso, quer dizer “capacidade de perdoar”. Mas não soube explicar qual a relação do perdão com o atraso do Brasil e por isso foi obrigado a admitir que, no caso, indolência quer dizer mesmo preguiça. Para se legitimar, recorreu à autoridade de um economista: “Roberto Campos falou a mesma coisa no prefácio do livro Manual do perfeito idiota latino-americano”, que parece ser um livro autobiográfico. A emenda foi pior do que o soneto.

Talvez, general, seja recomendável ler outros pesquisadores, uma vez que o ministro do Planejamento na ditadura militar, Bob Fields, assim conhecido por sua subserviência ao imperialismo americano, nunca viu um índio em seus 84 anos de vida e repetiu preconceitos dos “perfeitos idiotas”. Recomendo-lhe a leitura de “A queda do céu” do Davi Kopenawa e Bruce Albert (Cia. das Letras, 2015), cuja leitura certamente o fará pedir desculpas aos índios e aos negros que construíram esse país com seu sangue e seu suor:

– “Os brancos […] devem pensar que as plantas crescem sozinhas, à toa. Enquanto isso, chegam a nos chamar de preguiçosos, porque não destruímos tantas árvores quanto eles! Essas palavras ruins me deixam com raiva. Não somos nem um pouco preguiçosos! […] Sabemos trabalhar sem descanso em nossas roças debaixo do sol. Mas não fazemos do mesmo modo que os brancos” – diz Davi Yanomami (p.469).

Sangue índio

Quem deu mais detalhes foi o etnólogo francês Jacques Lizot, que viveu mais de 20 anos com os Yanomami e cronometrou o tempo que dedicam à atividade produtiva: uma média diária de três horas e meia para viverem em abundância com todas necessidades satisfeitas, sem buscar lucro ou acumular riquezas. O tempo que sobra é empregado em outras atividades espirituais de estudo e lazer: observam e estudam a fauna e a flora, pesquisam, elaboram hipóteses, experimentam, produzem conhecimentos sofisticados, desenvolvem cultura artística e mitológica, cantam, dançam, rezam, brigam e brincam, praticam rituais, namoram, se divertem, riem, descansam. Enfim, vivem.

Alguns acham, general, que sua auto identificação como indígena é oportunismo eleitoreiro e manifestam desconfiança, posto que o senhor só assumiu tal identidade agora, aos 65 anos de idade, ignorando sempre o índio que agora diz ser e sem saber que índio é. Outros acham que é pura chacota, gozação com os índios. Prefiro acreditar, mesmo sob o risco de parecer ingênuo, que se trata de uma descoberta tardia, mas sincera, de quem conhece os índios e a floresta, pois já comandou a 2ª. Brigada de Infantaria de Selva em São Gabriel da Cachoeira (AM) e fez o curso de guerra na selva.

– No Brasil, todo mundo é índio, exceto quem não é – já disse um dia Eduardo Viveiros de Castro, um antropólogo que vale a pena ler. O senhor, general, não se considera exceção, porque seu pai é amazonense, o meu também, portanto compartilhamos o sangue indígena, que todo brasileiro tem, uns nas mãos, outros nas veias, outros na alma. O saudoso marechal Rondon não tinha sangue indígena nas mãos. Seu lema era: “Morrer se for preciso; matar, nunca”. Essa é a tradição do glorioso exército brasileiro que precisamos resgatar.

Outra índia: a ex-ministra do agronegócio de Dilma, Kátia Motosserra Abreu

Mas nesse momento alguém está com as mãos ensanguentadas. No domingo passado (12/8) foi assassinado Jorginho Guajajara, líder do movimento contra a invasão do seu território por madeireiros que destroem a floresta. General, não basta se declarar indígena. Não basta parecer índio. Não basta colocar um cocar: isso até a senadora Kátia Motoserra Abreu fez. É preciso ser índio. Para isso, temos que ser solidários com os parentes. Aguardamos urgentemente seu pronunciamento vigoroso cobrando a punição dos assassinos. É alentador, depois de cinco séculos de massacres e de roubo de terras, ter na vice-presidência alguém com sangue índio na alma e nas veias.

Lutar até morrer

Afinal o senhor, que se diz indígena, é general. Bolsonaro, que não gosta de índios, é apenas capitão. Use a hierarquia para ordenar que seja incorporado aos programas do PSL e do PRTB a exigência pela demarcação das terras de seus parentes, fazendo cumprir a Constituição de 1988.

Contamos ainda com seu apoio ao movimento suprapartidário de 73 candidatos índios, de diversos partidos, em quase todos os estados brasileiros: 25 a deputado federal, entre os quais Eunice Kerexu (Psol-SC), Toninho Guarani (PT-ES),Francisco Piyanko (Psol-AC), Joênia Wapixana (Rede-RR), Almir Surui (Rede-RO) e Rondon Terena (Psol-GO); 45 a deputado estadual ou distrital, entre eles Hyral Moreira (Rede-SC), Anapuaka Tupinambá (PPS-RJ) e Gersem Baniwa (Rede- AM); Uma (1) candidata ao Senado, um (1) a governador e uma (1) a vice presidente da República, todos agrupados na Frente Parlamentar Indígena (ver lista abaixo).

Não incluímos seu nome na lista, general, porque aguardamos sua posição firme em defesa da demarcação das terras indígenas. Vamos barrar o avanço dos ruralistas que querem tomar as terras dos que aqui vivem antes da chegada do Cabral.. Por enquanto, de cabeça erguida e peito estufado, podemos cantar juntos, general, o nosso hino de guerra, de autoria do Flávio de Souza:

Vamos à luta, lutar para vencer.

Se for preciso, lutar até morrer.

Lutar com disciplina e destemor

Mostra a todo mundo o teu valor.

Esse é o hino do glorioso Nacional Futebol Clube, de Manaus, pelo qual o senhor também deve torcer, que lidera hoje o Grupo A3 da Série D. No contexto da atual luta política, podemos ressignificá-lo.

Amos. Atos. Obros.

P.S.

Lilian Campelo – Brasil de Fato

O número de candidatos indígenas em comparação a 2014 é maior de acordo com o TSE. São 129 inscrições contra as 85 da última eleição. Já pelo mapeamento feito pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB) há, até o momento, 75 indígenas indicados. Conforme o assessor jurídico da APIB, Luiz Eloy Terena, está sendo construída uma plataforma online, que vai trazer informações sobre o perfil dos candidatos, a história dele com o movimento indígena e de seu povo, dados do partido e principais propostas. (Informações de Lilian Campelo – Brasil de Fato)

José Ribamar Bessa Freire, professor da Pós-Graduação em Memória Social da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNI-Rio), onde orienta pesquisas de doutorado e mestrado e da Faculdade de Educação da UERJ, coordena o Programa de Estudos dos Povos Indigenas (UERJ), pesquisa no Programa de Pós-Graduação em Memória Social (UNIRIO) e edita o site-blog Taqui Pra Ti. Tem mestrado em Paris e doutorado no Rio de Janeiro. É colunista do Direto da Redação.

Direto da Redação é um fórum de debates editado pelo jornalista Rui Martins



Diante mensagem das pesquisas, Ciro pede para conversar com Lula

22 de Agosto de 2018, 10:05, por Desconhecido

Após receber uma negativa, na primeira instância, Ciro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta terça-feira, para ser autorizado a uma visita ao ex-presidente. Lula está preso desde abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba.

 

Por Redação – de Brasília

 

Um dia após os principais institutos de pesquisa apontarem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tende a crescer, ainda mais, no conceito do eleitor brasileiro; com chance real de ser eleito ainda no primeiro turno, o candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, busca uma conversa pessoal com o líder petista.

Ciro tem sido um aliado histórico do PT; ainda que nem sempre alinhado ao programa da legendaCiro tem sido um aliado histórico do PT; ainda que nem sempre alinhado ao programa da legenda

Após receber uma negativa, na primeira instância, Ciro recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), nesta terça-feira, para ser autorizado a uma visita ao ex-presidente. Lula está preso desde abril, na sede da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba. Ele cumpre pena em um rumoroso processo sobre um tríplex, no Guarujá, litoral paulista, em uma sentença do juiz Sérgio Moro, confirmada junto ao Tribunal Regional Federal da Quarta Região (TRF-IV)..

Líder disparado

O recurso foi apresentado por Ciro, pelo presidente do PDT, Carlos Lupi, e pelo líder do partido na Câmara dos Deputados, André Figueiredo (CE). Todos dizem ser amigos de Lula, mas tiveram direito a visitá-lo negado anteriormente.

Lula, que é líder nas pesquisas de intenção de voto, foi registrado como candidato presidencial pelo PT, mas sua candidatura deve ser barrada com base na Lei da Ficha Limpa, embora um pronunciamento do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) tenha sido emitido, na véspera, para que seja garantido o direito de Lula ser candidato.

Direito

O argumento dos adversários de Lula é o de que o petista foi condenado em segunda instância, o que o incluiria nas cláusulas da Lei da Ficha Limpa.

Na pesquisa Ibope divulgada nesta segunda-feira, Ciro registrou apenas 5% das intenções de voto no cenário que tem Lula candidato. Sem o ex-presidente, o pedetista chega a somente 9%. Ciro empata, tecnicamente, com o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, que cumpre o papel de ‘Plano B’, caso o nome de Lula seja vetado na urna eletrônica.

No recurso ao STJ, o trio do PDT argumenta que a visitação é um direito líquido e certo do preso e que a medida contribui para sua ressocialização.



Preso há quatro meses, Lula é líder nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo

13 de Agosto de 2018, 8:03, por Desconhecido

Para o Senado Eduardo Suplicy (PT) lidera isolado com 24,2% das intenções de voto. Vale lembrar que a pesquisa foi realizada antes da divulgação da chapa “Triplex”, composta por Lula, Manuela D’Ávila e Fernando Haddad.

O ex-presidente Lula, preso há quatro meses em Curitiba, lidera a corrida presidencial no estado de São Paulo, com 21,8% dos votos, seguido por Jair Bolsonaro (PSL), com 18,4%, e pelo ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 14,0%. As informações foram divulgadas pela pesquisa da CNT/MDA que ouviu 2.002 eleitores em 75 municípios de 2 a 5 de agosto.

No cenário sem Lula, Bolsonaro é líder, com 18,9%, seguido por Alckmin (15,0%) e por Marina (8,4%). O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) aparece com 8,3%. Na quarta posição está Marina Silva, da Rede (6,7%). Na sequência aparecem Ciro Gomes, do PDT (5,0%), Alvaro Rias, do Podemos, com 1,4%, Manuela D’Ávila (Pcdo B), com 1,3% (ela não é mais candidata), seguida por Guilherme Boulos (Psol), com 1,0%. Brancos e nulos somam 17,0% e indecisos, 9,8%.  A pesquisa foi realiza antes de PT e PCdoB divulgarem a chapa composta por Lula, Haddad e Manuela.

Na corrida para o governo do Estado, Doria tem 16,4% das intenções de voto, seguido por Skaf com 16,2%. Como a margem de erro é de 2,2%, ambos estão tecnicamente empatados. Márcio França (PSB) está em terceiro com 5%, empatado com Luiz Marinho (PT), com 4,8%. Atrás, vêm Lisete Arelaro (PSOL), com 2,8%. Os demais estão na casa de 1% ou não pontuaram.

Para o Senado, Eduardo Suplicy (PT) lidera isolado com 24,2% das intenções de voto. Atrás, viria Marta Suplicy (MDB), que anunciou que sairá da política e não concorrerá.

Brigando pela segunda vaga, empatados tecnicamente, estão Mario Covas Neto (Podemos), com 12,9% e Major Olímpio, com 11%.

Os primeiros passos de Lula, Manuela e Haddad

O post Preso há quatro meses, Lula é líder nas pesquisas de intenção de voto em São Paulo apareceu primeiro em Nocaute.



Debate entre candidatos cai no ridículo pelas redes sociais

11 de Agosto de 2018, 8:15, por Desconhecido

Sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas e está preso em Curitiba, por determinação do juiz Sérgio Moro em um processo polêmico, e de qualquer representante petista, os candidatos pareceram ficar sem um alvo fácil para ataques no debate.

 

Por Redação – de São Paulo

 

As aparições do Cabo Daciolo (Patriotas) e do capitão da reserva Jair Bolsonaro (PSL) em debate encerrado na madrugada desta sexta-feira, por um canal da TV aberta, alimentou as redes sociais, nas horas seguintes, com mensagens que resumiram o encontro a um espetáculo lamentável. A maioria das mensagens mostravam que e evento beirou o ridículo.

Os candidatos participaram de um espetáculo lamentável, noite passada, no primeiro debate presidencialOs candidatos participaram de um espetáculo lamentável, noite passada, no primeiro debate presidencial

O primeiro debate entre os candidatos à Presidência da República na eleição de outubro deste ano teve poucos duelos entre adversários e o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, alvo de críticas por sua aliança com os partidos do blocão e o postulante do PSL, Jair Bolsonaro, mantendo opiniões polêmicas como a crítica à política de direitos humanos.

Vergonha

Sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que lidera as pesquisas e está preso em Curitiba, por determinação do juiz Sérgio Moro em um processo polêmico, e de qualquer representante petista, os candidatos pareceram ficar sem um alvo fácil para ataques no debate, promovido pela TV Bandeirantes.

O encontro começou com uma troca um pouco mais dura entre Bolsonaro e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, quando o candidato do PSOL indagou Bolsonaro sobre uma suposta funcionária fantasma dele. Boulos indagou se Bolsonaro sentia vergonha.

— Vergonha eu teria se invadisse a casa dos outros — respondeu Bolsonaro, timidamente, em referência ao fato de Boulos ser um dos lideres do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

Droga

Boulos classificou Bolsonaro de “representante da velha política corrupta”, enquanto o candidato do PSL classificou o adversário do PSOL de “desqualificado”.

Em outro momento de embate entre ambos, Bolsonaro pediu e levou um direito de resposta quando Boulos disse que ele fora expulso do Exército. O candidato do PSL chegou a pedir um segundo direito de resposta, que foi negado, quando o candidato do PDT, Ciro Gomes, citou um voto dele como parlamentar a favor de uma “droga” contra o câncer. Bolsonaro protestou contra o uso do termo “droga”.

Na sua vez de perguntar, Bolsonaro optou por Alvaro Dias, do Podemos, e chegou a fazer elogios ao rival em uma pergunta sobre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Reforma trabalhista

Embora o candidato do PSL tenha repetido opiniões polêmicas, como a de que a política de direitos humanos é uma das responsáveis pela violência e a de que o Estado não deve interferir na disparidade salarial entre homens e mulheres, o duelo com Boulos foi o único em que ele mostrou um pouco mais de exaltação.

— Ele está calmo como esteve nos debates e nas sabatinas — disse à reportagem da agência inglesa de notícias Reuters o deputado Major Olímpio (PSL-SP), um dos aliados de Bolsonaro, durante um dos intervalos do debate. Indagado após o debate se estava mais sereno, Bolsonaro disse que sim, pois tinha de agir como “um estadista”.

Ciro e a candidata da Rede, Marina Silva, buscaram em alguns momentos antagonizar com Alckmin. Ciro disse que a abertura econômica por Alckmin seria danosa devido a diferenças competitivas vividas pelo Brasil e criticou a reforma trabalhista aprovada pelo Congresso, defendida pelo tucano.

— Essa reforma trabalhista que o PSDB aprovou, proposta pelo Michel Temer, trouxe uma enorme insegurança — disse Ciro. Ele apontou que as mudanças acentuaram o desemprego.

Vovozinha

Alckmin voltou a defender a reforma trabalhista, que classificou de um avanço, e disse que sua proposta de abertura econômica será acompanhada de uma agenda de competitividade.

— A reforma trabalhista foi necessária, estimula o emprego — rebateu o tucano.

Marina, por sua vez, atacou Alckmin por sua coligação formada por nove partidos, entre eles os cinco do chamado ‘blocão’ — formado por PP, DEM, PR, PRB e Solidariedade. A candidata da Rede, durante um duelo sobre educação com o tucano, disse que apesar das propostas dele “o condomínio estava cheio de lobo mau, querendo roubar o dinheiro da vovozinha”, numa referência às siglas do ‘blocão’, muitas delas com líderes envolvidos em escândalos. Foram ouvidas risadas na plateia.

Governo Lula

Alckmin voltou a defender a aliança como necessária para aprovar reformas, como a política, a tributária e a da Previdência.

— Eu quero deixar bem claro que nunca fui do PT, nem fui ministro do governo do PT. Então somos de uma linhagem diferente — respondeu o tucano a uma das críticas feitas por Marina à sua aliança com o ‘blocão’.

Marina foi filiada ao PT e ministra do Meio Ambiente do governo Lula.

O candidato do MDB, Henrique Meirelles, por sua vez, chegou a ser taxado por Boulos de “candidato dos banqueiros”, mas aproveitou o encontro para repisar sua história como presidente do Banco Central durante o governo Lula e ministro da Fazendo na gestão de Temer.

Ele insistiu em lembrar que atuou no governo Lula e que, neste período, houve crescimento econômico e ascensão social.

Cinquenta tons

Postulante do Podemos, Alvaro Dias, insistiu em praticamente todas as intervenções que fez na defesa da operação Lava Jato e voltou a repetir que, se eleito, convidará o juiz federal Sérgio Moro para chefiar o Ministério da Justiça.

Além do duelo com Bolsonaro, Boulos foi o candidato que adotou o tom mais combativo durante o debate da Bandeirantes, mirando; além do candidato do PSL, em Alckmin e Meirelles. Ele chegou a afirmar que, no palco do estúdio da Bandeirantes, havia “50 tons de Temer”.

Candidato que sequer é relacionado nas pesquisas, Cabo Daciolo, do Patriotas, também presente no encontro disse ser “o novo” e encerrou a maioria de suas intervenções com a frase “honra ao senhor Jesus”. Ele chegou ao debate carregando uma bíblia e declarando “glória a Deus” aos jornalistas.



Notícias

News

Minha rede

Faça uma doação