Carta da 12º Oficina de inclusão digital e participação social
13 de Dezembro de 2013, 23:07 - sem comentários aindaP
Viemos aqui este ano para contar a todos e todas, brasileiros e brasileiras, que nós temos um importante projeto.
Viemos aqui este ano para dizer que, pelo Brasil afora, milhares de ativistas de inclusão digital e cultura livre continuam suas ações, mantêm suas associações e compartilham a gestão de necessidades e desejos com nossos parceiros mais importantes, a população brasileira e suas comunidades.
Sabemos que apesar de nossas ações, estamos vivendo um momento crítico. Chegamos ao final do ano sem um Marco Civil da Internet aprovado, sem o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil para facilitar e inovar na gestão de parcerias, e, ainda, sem vislumbrar a concretização de uma regulação democrática dos meios de comunicação.
E, não podemos deixar de dizer: com uma série de incertezas quanto à existência de uma política pública de inclusão digital.
Mas, que ninguém duvide, nós, militantes e ativistas, sabemos o que queremos.
Do Programa Nacional de Banda Larga, esperamos que finalmente avance. Está mais do que na hora de investir no Brasil desconectado. Queremos Banda Larga de qualidade e sem custo para atender a toda população, sem nenhuma exceção, seja por distância ou por segmentação. É por isso que falamos em universalização do acesso e não em massificação.
Do Marco Civil da Internet esperamos que ele tenha como foco o lugar de onde ele saiu: a consulta popular e o envolvimento com a sociedade civil. Queremos neutralidade, para que não haja uma internet dos ricos e uma internet dos pobres . Queremos privacidade, para que parem de tratar nossos dados e nossa navegação como objeto de lucro e negócios. E queremos liberdade de expressão, porque somos produtores de cultura, produtores de conhecimento, e nossas comunidades sabem como deixar de ser invisíveis – e queremos compartilhar nossa produção social com toda sociedade. Queremos que de fato exista o compromisso de tratar nosso direito à comunicação como um direito humano fundamental de todo e qualquer cidadão e cidadã.
Precisamos do Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil porque é urgente que tenhamos regras claras, definições que diferenciem uma pequena instituição de uma grande fundação, que tenha os limites e a forma correta de prestação de contas, com possibilidade de recursos e punições para os dois lados da relação.
É do Marco Regulatório das ONGs que precisamos para ordenar a relação entre entidades e Governo Federal. É dele que precisamos para separar o joio do trigo, politizar o debate e avançar na construção de políticas públicas.
E o que esperamos de uma política pública de inclusão digital?
Que o órgão do governo que tiver a responsabilidade de conduzi-la e coordená-la entenda que ela deve ser perene, deve ter amplitude e atravessar governos e gestões sem ser descontinuada.
Que todos entendam que não existe política pública que se implante e tenha prosseguimento sem que todo processo de construção e de gestão seja de fato participativo e compartilhado com a população, suas associações, suas entidades, nossas comunidades que são, de fato, nossos parceiros fundamentais.
Que todos entendam que investir em política pública é dever do Estado e direito da sociedade. E que isso de forma alguma significa amordaçar parceiros e desestimular a participação social.
É disso que vive uma democracia real: da troca produtiva e real de informações, da divisão de responsabilidades e de compartilhar, para além destas responsabilidades, o poder que todos afirmam emanar do povo.
Enfim, sabemos o que queremos. Que se construa um diagnóstico compartilhado entre governo e sociedade, de forma que os dados que obtivermos tenham credibilidade, indiquem ações para atender os compromissos que foram assumidos e não realizados e, mais que isso, ações que reconheçam o papel da inclusão digital no combate à pobreza e à exclusão social. Porque sabemos que o país seria diferente se os 8472 espaços compartilhados de acesso aprovados em edital tivessem virado realidade. Se fosse assegurada a conexão de qualidade para todos os espaços em funcionamento. Se pudéssemos garantir formação e custeio de agentes de inclusão digital em todo país. Se todos os locais onde se pratica a inclusão tivessem o apoio que reivindicam para continuar agindo. Se houvesse incentivo para empresas investirem em inclusão digital. Se houvesse incentivo para que Centros de Pesquisa atuassem de forma mais efetiva no desenvolvimento e ampliação de tecnologias que impulsionem o processo de inclusão.
Sabemos o que queremos: ter condições de exercer nossas atividades, ter condições de continuar contribuindo para a construção de uma nova cidadania, ter condições de continuar, de forma autônoma e participativa, contribuindo para redesenhar todo nosso território nacional, de forma a conseguir um país baseado numa rede articulada, distribuída e compartilhada de gestão, uma rede de agentes de cidadania, porque sabemos que só assim daremos sustentação a um governo democrático e popular e, finalmente, teremos o acesso à informação, ao conhecimento e à comunicação tratados como bem comum.
Brasília, 13 de dezembro de 2013
Fonte: Carta da 12º Oficina de inclusão digital e participação social
Manifesto dos sonhos
13 de Dezembro de 2013, 23:02 - sem comentários aindaP
Hoje é um dia para sonhar muitos sonhos. Toda vez que nós, os povos indígenas, o povo primeiro desta terra, nos encontramos é dia para celebrar e lutar.
Uma nova luta está no horizonte, a luta do ontem ainda não findou, a luta do ontem é a luta pela terra ancestral que foi saqueada e profanada no seu sagrado. A nova luta no horizonte é complementar a luta pela terra ancestral, a luta de que falamos é a luta pela democratização das tecnologias de comunicação e informação existente.
Nós, os parentes reunidos na 12ª Oficina para Inclusão Digital e Participação Social, tornamos publico a constituição do Núcleo Indígena de Comunicação e Tecnologia de Informação Digital, este núcleo é para ser uma das instâncias de conversa e decisão sobre o uso das tecnologias de comunicação e informação digital para nos, os povos indígenas.
Temos o desafio de organizar os fóruns de conversa e decisão sobre o uso das tecnologias para comunicar e informar digitalmente os parentes indígenas e para esse desafio convidamos todos e todas que aqui nos ouvem para somar condições para organizar o que for necessário para obtermos exito naquilo que ousamos sonhar.
O nosso primeiro passo é a publicização dessa nossa intenção, que fazemos agora neste manifesto, os próximos passos devem ser coletivamente decididos pelos que resolveram juntar-se a nós. Já disse o poeta e cantor Raul Seixas que sonho que se sonha só é só um sonho, sonhos que se sonham juntos é realidade. Parentes indígenas e não indígenas, parentes quilombolas, parentes de comunidades tradicionais de terreiro e parentes das florestas: venham sonhar juntos e assim tornar realidade a democratização das tecnologias de comunicação e informação para os povos indígenas do Brasil e, por que não? dos povos indígenas do mundo.
Por fim desafiamos todos e todas aqui presentes a sonhar os sonhos mais lindos .
Sonhadores e sonhadoras do mundo uni-vos!
Obrigado.
Assinam:
Cris Mariotto, Kure Kyra – Secretário dos Caciques Guarani do Estado de Santa Catarina
Jurandi Freire, o Cacique Pankararu Zé Índio de Pernanbuco
Lafaete José da Silva, Vice Cacique Pankararu de Pernanbuco, Presidente da União da Juventude Pankararu- UJP
Fonte: Manifesto dos sonhos
Ciência das redes
12 de Dezembro de 2013, 12:59 - sem comentários aindaLeia o artigo completo na Wikipédia - Ciência das redes
Ciência das redes é um campo académico interdisciplinar de que estuda redes complexas tais como redes de telecomunicações , redes de computadores , redes biológicas , redes cognitivas e semânticas , e redes sociais . O que se estuda são teorias e métodos, incluindo teoria dos grafos da matemática, mecânica estatística da física, mineração de dados, visualização de informação da ciência da computação, modelagem inferencial da estatística, e estrutura social da Sociologia. O National Research Council define ciência das redes como "o estudo das representações de rede de fenômenos físicos, biológicos e sociais, levando a modelos preditivos desses fenómenos."1
História
O estudo das redes surgiu em diversas disciplinas como um meio de análise de dados relacionais complexos. O livro mais antigo conhecido neste campo é o famoso Sete pontes de Königsberg escrito por Leonhard Euler em 1736. A descrição matemática de Euler de vértices e arestas foi o que fundou a teoria dos grafos, um ramo da matemática que estuda as propriedades das relações entre pares numa estrutura de rede. O campo da teoria dos grafos continuou a desenvolver-se encontrado aplicações em (Sylvester, 1878).
O Comitê Gestor da Internet no Brasil na #OID12
9 de Dezembro de 2013, 15:58 - sem comentários aindaVocê sabia que a #OID12 foi anunciada oficialmente durante o III Fórum da Internet em Belém?
O Fórum da Internet no Brasil é uma das diversas iniciativas do CGI.br para cuidar da Internet brasileira
Você conhece o CGI? O Comitê Gestor da Internet no Brasil é o responsável por todas as iniciativas de serviço de internet, promovendo tanto a qualidade técnica quanto a disseminação desses serviços pelo país, de acordo com os 10 Princípios para Governança e Uso da Internet no Brasil.
Para além das ações de "organização" e discussão das diretrizes da internet brasileira, o CGI.br, através de seus diversos núcleos, promove também treinamentos, palestras, estudos e pesquisas, e produz instrumentos de referência, além de realizar e apoiar importantes eventos sobre os rumos das tecnologias de comunicação e informação e a Internet, como o Fórum da Internet no Brasil e a nossa Oficina para Inclusão Digital e Participação Social. A propósito, você sabia que foi durante o III Fórum da Internet, em Belém, em setembro deste ano, que foi anunciada oficialmente a realização da #OID12?
Parceiro da sociedade civil na realização da Oficina para Inclusão Digital e Participação Social, em 2013 o CGI.br marca presença na nossa programação em duas palestras, ambas no dia 11 de dezembro.
RECADO IMPORTANTE PARA BOLSISTAS
Todas as passagens dos bolsistas contemplados com auxílio integral, foram emitidas e enviadas até sexta-feira, 06 de dezembro.
Devido à grande procura por informações, estamos disponibilizando no site da #OID12 uma lista, organizada por ordem alfabética, com as informações de voo de todos os bolsistas.
FALTAM SÓ 2 DIAS! \o/
Saiu o caderno de programação da 12º Oficina de Inclusão Digital e Participação Social! Quem está ansioso para aproveitar tudo de bom que a #OID12 vai oferecer, pode ir consultando a versão PDF e montando a sua agendinha.
Clique na imagem ao lado para acessar.
Inclusão Digital em debate na 12ª OID! Inscreva-se!
6 de Dezembro de 2013, 10:48 - sem comentários aindaAinda é possível participar da Oficina, confira a programação
As inscrições para a 12ª Oficina para Inclusão Digital e Participação Social são gratuitas e continuam abertas.
Avise os amigos!
Na próxima quarta-feira é o grande dia! Começa a tão esperada 12º Oficina de Inclusão Digital e Participação Social.
Serão três dias muito intensos de diálogo, atividades práticas e construção de propostas políticas, onde a democratização da comunicação e do acesso às novas tecnologias são temas condutores.
Debates reunirão pesquisadores e ativistas trocando ideias e experiências com os presentes, no grande auditório.
Workshops serão espaços de formação e troca entre agentes da Inclusão Digital e da Participação Social, focados na instrumentalização desses atores como multiplicadores de saberes. É o reflexo, na prática, de uma concepção de Inclusão Digital que pressupõe apropriação das tecnologias como instrumento de empoderamento e cidadanial.
Em 2013, a Oficina aprofundará o compartilhamento e o debate dos mecanismos de participação social, bem como as estratégias e os projetos de políticas públicas de inclusão digital no Brasil, promovendo a participação social através do acesso às tecnologias da informação e o uso de softwares livres, consolidando um diálogo entre governo e sociedade civil. E nós todos vamos construir isso juntos!
Conheça a programação completa de debates e workshops e faça anote na sua agenda de atividades. E, não custa lembrar: se você é bolsista, leia com atenção as instruções enviadas por email para sua chegada.
E se você ainda não se inscreveu, o que está esperando? INSCREVA-SE já!