Não existe um candidato nas eleições brasileiras com legitimidade suficiente para, se eleito, conseguir dar um rumo para que o país consiga se defender em relação à crise que se avizinha e se anuncia seriamente.
A economia mundial está dando sinal que caminha para um novo “crash”, semelhante àquele de 2007 ou pior.
Quem está dizendo isso não é a esquerda, é a própria revista The Economist. Na sua última edição a revista pergunta se o mundo não aprendeu a lição.
Aparentemente não, hoje os bancos dos Estados Unidos, por exemplo, estão com derivativos – títulos, confissões de dívidas – que somados dão, mais ou menos, 160 trilhões de dólares o que significa o dobro do PIB mundial.
Ou seja, eles têm papelada na mão que é duas vezes mais o que a economia real produz no mundo inteiro. E além disso, a lógica da concentração de renda cada vez maior contínua.
Agora foi a Amazon que chegou a 1 trilhão de dólares.
A Apple e a Amazon juntas têm 2 trilhões de dólares de capital. O que significa que duas empresas têm mais capital do que o total do PIB brasileiro – 200 milhões de pessoas.
Além disso, oito indivíduos têm mais dinheiro que a metade mais pobre da humanidade.
Isso tudo são sinais de que toda lógica do sistema que levou à quebradeira de 2007 e 2008 continua imperando. Não foi adotada nenhuma forma de prevenir essa crise, ao contrário, ela tende agora a ser maior do que foi em 2008.
E o Brasil com tudo isso? O Brasil está no planeta, ele depende da economia mundial, numa situação de extrema fragilidade, desemprego e em numa situação em que a plataforma dos candidatos ao governo são plataformas neoliberais, que continuam vendendo o país para o estrangeiro e querem abrir ainda mais a economia privatizando tudo, privatizando a água, o aquífero Guaraní e tudo mais – o que nós já tivemos a oportunidade de comentar em outros programas.
Nesse contexto e com o preço da gasolina flutuando diariamente ao sabor do valor do dólar, essa situação de crise mundial só anuncia uma coisa: vai ser uma catástrofe no Brasil, está se preparando uma catástrofe.
Não existe um candidato nas eleições brasileiras com legitimidade suficiente para, se eleito, conseguir dar um rumo para que o país consiga se defender em relação à crise que se avizinha e se anuncia seriamente.
Está mais do que na hora – estou, basicamente, reforçando aquilo que eu já disse em outros programas – da esquerda, das organizações de esquerda, prepararem um programa de emergência para organizar a população, os trabalhadores, para a catástrofe que se avizinha.
Não é brincadeira aquilo que está para acontecer no mundo. E eu não estou dizendo isso como Mãe Dinah, nem como um pássaro que prevê o Apocalipse, estou dizendo isso com base numa lógica econômica que está sendo apontada por economistas insuspeitos, por exemplo aqueles da revista The Economist.
Nós precisamos nos preparar para a catástrofe.
O post Economia mundial está indo para o buraco e ameaça levar o Brasil apareceu primeiro em Nocaute.