Com ar de deboche do início ao fim, em 36 minutos e 43 segundos, o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), promoveu na noite de quinta-feira (26), um dos maiores festivais de besteira dos últimos tempos.
Em sua live semanal, ao lado do diretor da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães (com quem brincou o tempo todo), ironizou que ama a imprensa “de paixão”, que agora pode falar resfriadinho “já que o doutor Drauzio Varella falou”, confundiu as bolas dizendo que a cidade de Maringá fica em São Paulo, que não faz sentido fechar lotéricas porque “o vidro é blindado e o vírus não entra” e o mais grave, fez propaganda do remédio Reuquinol, recomendado para tratamento de artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico, entre outras doenças, afirmando que “uns dez comprimidos, dá conta do recado”.
Segundo os especialistas, a medicação sem acompanhamento médico, pode causar problemas colaterais sérios, mas o presidente da Republica garantiu que “não causa problema colateral algum”. Bolsonaro fez brincadeiras com o coronavírus que já matou 77 pessoas no brasil e mais de 19 mil pessoas no mundo em pouco mais de três meses.
Zombando, o presidente chegou a dizer: “como é mesmo o nome desse vírus?” E deu uma gargalhada. Bolsonaro afirmou ainda que o que se espalhou no Brasil foi uma histeria. E completou, com ar de piadista: “Histeria quem criou não foi a imprensa… foi Papai-Noel, foi o Saci-Pererê”.
Na mesma live, Bolsonaro anunciou algumas medidas econômicas para enfrentar a crise, inclusive a aprovação pela Câmara dos Deputados de uma ajuda de 600 reais para os trabalhadores informais.
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