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Futuro chanceler do Brasil, Ernesto Araújo foi indicação de Olavo de Carvalho

15 de Novembro de 2018, 16:56 , por Nocaute - | No one following this article yet.
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O futuro chanceler do Brasil, Ernesto Araújo, foi uma indicação de Olavo de Carvalho.

O escritor, radicado nos Estados Unidos e um dos gurus do bolsonarismo, chegou a recomendar um artigo escrito por Araújo, no qual ele defende Donald Trump como resgate dos “valores fundamentais do Ocidente”, a pátria, a família e Deus, e contra o “globalismo”.

No começo do mês, Carvalho afirmou que aceitaria ser embaixador brasileiro em Washington, para “fazer dinheiro” para o Brasil.

Em nota, Araújo comemorou a nomeação: “Bolsonaro com amor e com coragem! Este é o lema do candidato em quem sempre acreditei, junto com milhões de brasileiros. (…) Itamaraty com amor e com coragem. Amor pelo Brasil. Amor infinito por esta nação gigante. Amor a Deus, para aqueles que creem”.

Segundo reportagem da Folha, Filipe Martins, secretário de assuntos internacionais do PSL, foi um dos principais entusiastas da indicação. Ele e Eduardo Bolsonaro viajarão para Washington no dia 27 deste mês.

Em rede social, Martins defendeu que era “necessário recorrer a um repertório de quadros e ideias que estejam fora do establishment e ignorar a aprovação da mídia para evitar a continuidade de uma política externa terceiro-mundista e sem traços distintivamente brasileiros”. A ideia de dispensar a aprovação da mídia é justamente o que prega Steve Bannon, ex-assessor e um dos ideólogos da campanha de Trump. No livro “Fogo e Fúria – Por dentro da Casa Branca de Trump”, escrito pelo jornalista Michael Wolff, Bannon aconselha o presidente dos EUA: “Não tente conquistar seus inimigos”.

De acordo com a Folha, Araújo recomenda a leitura de René Guénon, “importante influência de Steve Bannon, ex-estrategista-chefe da Casa Branca e ainda central no movimento que levou Trump à Presidência”, que acreditava que “somente o cristianismo, e especificamente o catolicismo” poderia salvar o Ocidente. Araújo é católico praticante. E volta ao tema ao dizer que “somente um Deus poderia ainda salvar o Ocidente, um Deus operando pela nação”.

Segundo reportagem da Reuters, diplomatas do Itamaraty reagiram muito mal à nomeação.

Araújo seria considerado um diplomata excessivamente júnior para o cargo, o que foi visto como uma quebra de hierarquia sem precedentes no Itamaraty. “É como se o presidente eleito tivesse indicado um general três estrelas para comandar a Defesa ou o Estado-Maior das Forças Armadas”, disse uma fonte.

“Nunca um chefe de departamento, um cargo de terceiro escalão, foi alçado a chanceler”, disse uma segunda fonte. “É uma pessoa de perfil bem baixo. É de se questionar que tipo de liderança ele poderá ter.”

O PT, por meio de nota, afirmou ver com “apreensão” a indicação de Araújo: “Além de relativamente inexperiente, pois nunca foi designado Chefe de Missão Diplomática e sabatinado pelo Senado, o referido embaixador destaca-se por sua admiração incondicional a Donald Trump e por suas posições políticas extremamente conservadoras.”, diz trecho. “Com efeito, seu artigo “Trump e o Ocidente”, publicado no segundo semestre do ano passado, revela uma compreensão bastante estreita do mundo e um alinhamento acrítico às ideias do atual e polêmico presidente norte-americano, por ele comparado a uma espécie de salvador da civilização ocidental.”.

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Fonte: https://nocaute.blog.br/2018/11/15/futuro-chanceler-do-brasil-ernesto-araujo-foi-indicacao-de-olavo-de-carvalho/

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