Delegado da PF havia proposto que a entrevista de Lula à jornalista Mônica Bergamo (Folha) e Florestan Fernandes Júnior (El País) fosse acompanhada de uma plateia de jornalistas de outros meios de comunicação.
O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski decidiu nesta quinta-feira (25) proibir a presença de jornalistas que não sejam da Folha e do jornal El País em uma entrevista com o ex-presidente Lula prevista para esta sexta (26) na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde Lula está preso desde abril do ano passado.
“Tendo chegado ao conhecimento deste Relator, por informação
constante no documento eletrônico 51, que o Senhor Superintendente da
Polícia Federal no Paraná, Delegado Luciano Flores Lima, por meio de
despacho exarado no Processo 08385.013484/2018-29, autorizou que as
entrevistas do ex-Presidente José Inácio Lula da Silva, atualmente sob sua
custodia, asseguradas pelo Supremo Tribunal Federal, nas Reclamações.
31.965/PR e 32.035/PR, aos jornalistas Florestan Fernandes Júnior e
Mônica Bergamo, marcadas pera o dia 26/04/19, sejam realizadas “na
presença de outros jornalistas , além daqueles já nominados”, esclareço
que a decisão da Corte restringe-se exclusivamente aos profissionais da
imprensa supra mencionados, vedada a participação de quaisquer
outras pessoas, salvo as equipes técnicas destes, sempre mediante a
anuência do custodiado”, diz um trecho da decisão de Lewandowski .
Confira aqui a íntegra da decisão do ministro Lewandowski.
Em nota à imprensa a Polícia Federal publicou o seguinte texto:
A Superintendência da Polícia Federal em Curitiba informa que em razão de decisão prolatada nos autos da Reclamação 32.035 Paraná, de ordem do Excelentíssimo Ministro do STF, Ricardo Lewandowski, nesta data, 25/04/2019, há que ser cumprida a decisão judicial no sentido de permitir somente os jornalistas autores da ação judicial à participação na entrevista a ser realizada às 10h do dia 26/04/2019.
Desta forma, não será permitida a presença de outros meios de comunicação não contemplados na presente reclamação junto ao Supremo Tribunal Federal, entendendo a referida decisão que a liberdade de imprensa deve ser conjugada com o direito de expressão do entrevistando.
Comunicação Social da Polícia Federal em Curitiba-PR
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