Conheci Jean Wylly treze anos atrás, em 2005, num intervalo entre entrevistas no programa do Jô, em uma breve conversa nos corredores da Globo. Era como se fôssemos amigos de muitos anos. Um sabia da vida e da luta do outro. Já disse aqui, mais de uma vez, que discordo das opiniões de Wyllys sobre questões internacionais, como Venezuela e Palestina.
Os desacordos, porém, adquirem relevância menor neste momento em que o que está em jogo é o Brasil, a democracia, os direitos humanos, a soberania nacional transformada em cacos. E é em nome do Brasil que Jean Wyllys toma a corajosa decisão de renunciar a seu mandato e se exilar.
Mas os Bolsonaros festejaram a notícia antes da hora: no lugar dele assume o jornalista David Miranda, gay como Jean e, a julgar pelas primeiras entrevistas, duro e corajoso como o antecessor.
Com este lindo desenho de Carvall, Nocaute se solidariza com Jean Wyllys, deseja-lhe vida longa e breve, muito breve regresso ao Brasil.
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