Diplomata nascido em Gana faleceu aos 80 anos em um hospital em Berna, na Suíça. Não foram divulgados detalhes sobre a causa de sua morte.
Morreu neste sábado (18) o diplomata, ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e vencedor do prêmio Nobel da Paz, o ganês Kofi Annan, de 80 anos. Seu óbito foi informado pela fundação Kofi Annan nas redes sociais.
De acordo com a nota divulgada, Kofi Annan morreu em um hospital na cidade de Berna, na Suíça, depois de uma curta doença não especificada.
“Com imensa tristeza a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, ex secretário geral das Nações Unidas e prêmio Nobel da Paz, morereu de uma forma pacífica neste sábado, 18 de agosto, depois de uma curta doença”.
“Onde quer que houvesse sofrimento ou necessidade, ele estendeu a mão e tocou muitas pessoas com sua profunda compaixão e empatia” disse a nota divulgada no Twitter.
Nascido em Gana, começou a trabalhar nas Nações Unidas ainda na época de estudante, tendo sido funcionário em numerosos departamentos e missões especiais da organização. Ele acabou sendo o primeiro representante de raça negra no posto mais alto da ONU.
Mais tarde, no período em que comandou a Organização das Nações Unidas (ONU), de 1997 a 2007, Kofi Annan recomendou a ampliação do Conselho de Segurança, sugestão defendida pelo governo brasileiro, e reformas no órgão. Sua passagem pelo cargo de secretário-geral foi caracterizado pelo número recorde de missões e operações de paz, com envolvimento de quase 70 mil militares de 77 países.
Sua passagem pelo alto comando da ONU também foi marcado por investigar denúncias de assédio sexual e desvios de recursos envolvendo funcionários da entidade.
Em 2001, o diplomata recebeu a nomeação para o Prêmio Nobel de Paz pela criação do Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária, destinado a colaborar com os países em desenvolvimento.
As informações sobre sua morte foram confirmadas pela família. Não foram divulgados detalhes sobre a causa da morte.
Madri, 1999. Kofi Annan, em primeiro plano, ao lado do juiz espanhol Baltazar Garzón, que mandara prender Pinochet. Ao fundo, à esquerda, o repórter Fernando Morais fazia um perfil do juiz para a revista Playboy.
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