Sanções recentes introduzidas por Washington estimularam países emergentes como Venezuela, Rússia, China e Índia a abandonarem o dólar e passarem a adotar outras moedas em suas transações financeiras.

Em outubro deste ano, devido a pressão exercida pelos Estados Unidos, a Venezuela passou a utilizar o euro em todas as suas transações no mercado de câmbio. As sanções introduzidas por Trump contra Caracas, “bloqueiam a possibilidade de continuar a negociar com o dólar americano no mercado de câmbio venezuelano”, disse Tarik El Aissami, vice-presidente de Economia do país.

Seguindo a mesma linha, após ter tido bilhões de dólares congelados, a Índia optou por realizar suas trocas comerciais com a Rússia utilizando o rublo. A decisão foi anunciada após os EUA imporem sanções à estatal russa Rosoboronexport,inviabilizando a cooperação técnico-militar entre os dois países do oriente.

De acordo com o Instituto Mundial de Pesquisa da Paz de Estocolmo (SIPRI, na sigla em inglês), de 2007 a 2017, A Rússia forneceu armas à Índia no valor de US$ 24,5 bilhões (R$ 91 bilhões), enquanto os EUA, apenas US$ 3,1 bilhões (R$ 11,5 bilhões).

O mesmo ocorre com a China. O gigante asiático vem cancelando contratos em dólar e dando preferência a trocas bilaterais, pagas em moedas nacionais. Somente no ano passado, o comércio entre Moscou e Washington foi de US$ 23,6 bilhões (R$ 88 bilhões), ao passo que entre a Rússia e a China foi de US$ 84,9 bilhões (R$ 316 bilhões), uma diferença de quase 360%.

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