A operação de busca e apreensão deflagrada nesta quarta-feira (27) contra políticos que apoiam o presidente sem partido, Jair Bolsonaro, não agradou a Augusto Aras, procurador-geral da República. Em mensagem distribuída na tarde de hoje aos membros do Ministério Público Federal (MPF), Aras disse que foi surpreendido e que as diligências foram “desproporcionais e desnecessárias”.

Aras solicitou ao ministro Edson Fachin, relator no Supremo Tribunal Federal, “a suspensão do mencionado inquérito, até que o STF possa, por seu órgão Plenário, estabelecer os contornos e os limites desse atípico inquérito”. O presidente Bolsonaro, que ontem comemorou a ação da Polícia Federal contra o governador do Rio, Wilson Witzel, não comentou a operação de hoje.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário de suspeitos de financiar grupos de disseminação de fake news e ataques a instituições nas redes sociais.

São alvo dos pedidos de quebra de sigilo os empresários Edgard Gomes Corona, Luciano Hang, o humorista Reynaldo Bianchi Junior e o militar Winston Rodrigues Lima. As informações demandadas pelo STF se referem ao período entre julho de 2018 e abril de 2020.

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