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PSL em chamas: cheques às centenas, Onyx na linha de tiro, troca de insultos em público e Paulo Guedes, “com febre”, desaparece da mídia.

8 de Dezembro de 2018, 14:02 , por Nocaute - | No one following this article yet.
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O governo nem tomou posse e a lama já respinga no vison de suas principais estrelas: COAF de olho no filho e na mulher de Bolsonaro, Paulo Guedes na mira do MP, Lorenzoni enroscado em Caixa 2 e os campeões de votos se insultam nas redes sociais. Começou bem.

Mal formou seu ministério, e a semanas de assumir a Presidência da República, o capitão Jair Bolsonaro já coleciona pepinos de um veterano. Em poucas semanas brotaram por todos os lados problemas que jogaram para segundo plano questões efetivamente relevantes para o novo governo, como a prometida, anunciada e adiada reforma da Previdência. A verdade é que Bolsonaro tem pelo menos quatro pepinos encaroçados para solucionar nos próximos dias:

Pepino nº 1
José Carlos de Queiroz, o ex-assessor/motorista/amigo

Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e o assessor Fabrício Queiroz

Nesta quinta-feira (6), foi divulgado um relatório produzido pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que indica movimentação financeira atípica de um ex-motorista do deputado Flávio Bolsonaro (PSL).

De acordo com reportagem da Folha, Fabrício José Carlos de Queiroz, ex-assessor parlamentar e policial militar, fez 176 saques em dinheiro de sua conta em 2016. A movimentação financeira chega a R$ 1,2 milhão, valor que inclui saques, transferências e créditos em suas contas, entre outras operações.

Flávio Bolsonaro afirmou que mantém sua confiança no ex-assessor e disse: “O Fabrício conversou comigo. Ele me relatou uma história bastante plausível e me garantiu que não teria nenhuma ilegalidade nas suas movimentações. Assim que ele for chamado ao Ministério Público, vai dar os devidos esclarecimentos”, disse o deputado.

Uma das transações registradas se refere à futura primeira-dama Michelle Bolsonaro, a quem foi destinado um cheque de R$ 24 mil do ex-assessor parlamentar.

Jair Bolsonaro saiu em defesa de sua mulher. Em nota divulgada na internet afirmou: “Emprestei dinheiro para ele em outras oportunidades. Nessa última agora, ele estava com um problema financeiro e uma dívida que ele tinha comigo se acumulou. Não foram R$ 24 mil, foram R$ 40 mil. Se o Coaf quiser retroagir um pouquinho mais, vai chegar nos R$ 40 mil”.

Bolsonaro justifica o caso dizendo que os recursos foram para a conta de Michelle porque ele não tem “tempo de sair”: “Essa é a história, nada além disso. Não quero esconder nada, não é nossa intenção.”

O relatório foi produzido no decorrer da Operação Furna da Onça, que levou à prisão dez deputados estaduais do Rio no dia 8 de novembro. Todos os servidores da Alerj tiveram suas contas bancárias esmiuçadas pelo Coaf, a pedido da Polícia Federal. Flávio Bolsonaro não é investigado pela operação.

Pepino nº 2
Paulo Guedes: de super ministro a super problema

Economista Paulo Guedes

No dia 10 de outubro, o Ministério Público Federal (MPF) de Brasília abriu Procedimento Investigatório Criminal (PIC) para investigar o conselheiro econômico de Jair Bolsonaro, o economista Paulo Guedes.

Anunciado e celebrado como super ministro, Guedes é suspeito de cometer crimes de gestão fraudulenta e temerária à frente de fundos de investimentos (FIPs) que receberam R$ 1 bilhão, entre 2009 e 2013, de fundos de pensão ligados a empresas públicas. O MP também apura a emissão e negociação de títulos imobiliários sem lastros ou garantias.

Entre os fundos de pensão que repassaram valores aos FIPs administrados por Guedes estão a Funcef, da Caixa, Postalis, dos Correios, Previ, do Banco do Brasil e BNDESPar – fundo de investimento do BNDES.

De acordo com o Estadão, a investigação foi aberta com base em relatórios da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) que apontam indícios de fraudes nos financiamentos feitos pelos fundos de pensão em dois fundos de investimentos criados pela BR Educacional Gestora de Ativos, empresa de Paulo Guedes. Segundo os relatórios da Previc, os aportes nos FIPs podem ter gerado ganho excessivo a Guedes.

Pepino nº 3
Onyx Lorenzoni: o líder arrependido e sua Caixa 2

Deputado Onyx Lorenzoni

Indicado por Bolsonaro para comandar a Casa Cívil, Onyx Lorenzoni é investigado por suposto recebimento de caixa 2. Nesta sexta-feira (7), em São Paulo, durante uma coletiva, Onyx afirmou que nunca teve “nada a ver com corrupção”, que ninguém nunca vai vê-lo “envolvido com corrupção” e que não tem medo da “caneta Bic” do presidente eleito Jair Bolsonaro.

Na segunda-feira (3) o ministro da suprema corte, Edson Fachin, autorizou a abertura de um inquérito sobre caixa 2 contra ele. A apuração ocorreu em novembro sob a batuta de Raquel Dodge. Lorenzoni foi citado em delação premiada pelo réu confesso Ricardo Saud, da JBS/Friboi, como recebedor de 200 mil reais, parte desse dinheiro foi utilizado para quitar débitos de sua campanha.

“Agora, com a investigação autônoma, eu vou poder esclarecer isso tranquilamente – denúncia de caixa 2 -, porque eu nunca tive nada a ver com corrupção”, disse o parlamentar gaúcho, responsável pela transição do novo governo.

“A gente não pode querer ser hipócrita de querer misturar um financiamento e o não registro do recebimento de um amigo. Esse erro eu cometi e sou o único que teve coragem de reconhecer”, disse o futuro ministro.

Pepino nº 4
A guerra digital entre a Sonsa, o Truculento e o Infantil

Bancada bolsonarista se engalfinha

Hasselmann, Olímpio e Eduardo Bolsonaro

Eduardo Bolsonaro trocou farpas com a deputada eleita Joice Hasselmann nesta quinta-feira (6). Hasselmann chamou o filho do capitão de infantil e de estar liderando uma articulação política “abaixo da linha da miséria”, Eduardo retrucou chamando a jornalista de “sonsa” e de ter “fama de louca”.

As ofensas se deram em um grupo de WhatsApp do PSL que acabaram vindo a público.

Em um evento em São Paulo, Major Olímpio disse que Joice está isolada dentro da sigla “Não há conflito de todos contra um, é só um se adequar”, disse.

No Twitter, Joice Hasselmann retrucou: “Infelizmente @majorolimpio me expõe em público, logo tenho que responder em público. Ele comanda o partido com truculência, aos gritos, com ameadas aos desafetos. Expulsou pessoas, tentou me expulsar, colocou os “seus” nos diretórios e excluiu gente que deu a vida na campanha”.

“Dito isso, aviso a todos que deixo de responder agora as provocações do @majorolimpio. Quando terminou a eleição eu liguei para ele e sugeri que deixássemos as diferenças para trás. Tentei todo esse tempo, mesmo tomando caneladas. Agora tentarei de novo.
Veremos. Assistirei…”.

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Fonte: https://nocaute.blog.br/2018/12/08/psl-em-chamas/

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