No final da tarde de quinta-feira (9), sem usar máscara e trajando terno e gravata, um homem provocou uma aglomeração na porta de uma padaria na Asa Norte de Brasília.
Ele chegou num carro preto acenando para as pessoas, entrou na padaria, pediu um pão doce e uma Coca-Cola e, sem lavar as mãos, pegou a guloseima e comeu. Fez brincadeiras com as funcionárias da padaria, perguntando quem era o mais bonito, se ele ou o senhor grisalho que estava a seu lado. Ao terminar o pãozinho, lambeu os beiços e perguntou: “Engorda?”.
Muitas pessoas fotografavam e faziam selfies com ele que, diversas vezes, fez questão de abraçar e cumprimentar as pessoas dando a mão, sem respeitar as orientações do Ministério da Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O homem irresponsável parecia não ter a menor preocupação com a pandemia de coronavírus que já matou quase mil pessoas no Brasil.
Antes de entrar no automóvel que o trouxe para um passeio pela Asa Norte, ouviu-se o barulho de algumas panelas nos edifícios ao redor e gritos de “fora Bolsonaro”. Ele não se abalou. Sorriu, entrou no carro e foi embora.
Nesta sexta-feira (10), o mesmo homem, vestindo uma camisa azul, voltou às ruas da capital federal. Passou pelo Hospital das Forças Armadas, depois entrou numa farmácia e ao sair, esfregou a mão no nariz, contrariando, mais uma vez, as orientações do Ministério da Saúde e da OMS.
Acenou para uma pequena aglomeração e foi embora.
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