“Wasp Network” está desde a estreia no Top Ten da Netflix – a lista dos dez filmes mais vistos nos Estados Unidos. Hoje está em sexto lugar. Mais cedo soube que está também no Top Ten da Holanda. Aqui no Brasil também. Nos Estados Unidos, porém, há uma saborosa particularidade política: é um filme que faz sucesso apesar de anunciar, nos trailers e cartazes, que se trata de uma história real de cubanos infiltrados em “organizações terroristas” de Miami.

Durante décadas esses gângsteres da Flórida – traficantes de cocaína e de armas, como se vê no filme, com os nomes reais dos personagens – eram tratados invariavelmente pela massmedia gringa como “democráticos dissidentes anticomunistas”.

Ter participado, ainda que modestamente, para que isso pudesse acontecer, me enche não de vaidade (“toda a glória do mundo cabe num grão de milho”), mas de alegria. Muito bom. La vão os cubanos, pelas entranhas do monstro.

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