Neste primeiro final de semana sob o comando do novo prefeito da vez já podemos ter um vislumbre de como serão os próximos quatro anos aqui na cidade de muito pinhão.
O curitibano, ao enxotar os velhos esquemas da província ainda no primeiro turno das eleições municipais, deixou claro seu desejo de mudanças. Infelizmente estas mudanças não parecem ter um futuro promissor.
Depois da última greve pelega no transporte coletivo de Curitiba e região metropolitana, os maiores e únicos beneficiados foram os empresários do transporte coletivo. Com a paralisação total da cidade por pouco mais de 24 horas, estes empresários ganharam seu almejado aumento nas tarifas. Desta vez, com um polpudo subsídio do governo estadual, nada menos que R$ 0,14 por cada embarque de passageiro no sistema.
É evidente que este subsídio, muito mais que uma atitude para preservar o bolso dos usuários, foi uma tentativa de manter viva a candidatura de Ducci. Se em maio de 2012 a tarifa do busão tivesse saltado de R$ 2,50 para os R$ 2,80 solicitados pelos empresários, sem o subsídio do governo, Ducci não faria nem a metade de seus 261.049 votos no primeiro turno.
Agora, Richa faz média nas redes sociais com a “promessa” de manter o subsídio de R$ 28 milhões até maio de 2013, mas não há nada de novo aqui, este valor já estava acertado desde o ano passado para durar até este período, acumulando no ano uma ajuda no valor total de R$ 100 milhões, apenas para aplacar a sede de lucros dos empresários do transporte durante o ano eleitoral.
Se Fruet tivesse mesmo que um pequeno anseio por mudanças reais, aproveitaria deste refresco até maio para fazer uma auditoria independente das planilhas de custo da URBS e das empresas do transporte. Mas não, prefere contar com o subsídio eterno do governo estadual, para deste modo, empurrar com a barriga o problema real e deixar a bola de bosta estourar na cabeça do próximo governador ou prefeito da vez.
Isso fica evidenciado quando Fruet, traindo uma promessa de campanha, mantém ativa a secretaria da Habitação, sob o comando do antigo secretário Osmar Bertoldi (DEM) que é um dos empresários do transporte.
Esta Secretaria da Habitação foi criada por Ducci e Richa, sob medida para Osmar Bertoldi, com o único objetivo de colocar na Assembléia Legislativa seu suplente, Bernardo Ribas Carli, aliado de Richa e irmão de um outro Carli, este mais famoso, que foi responsável pela morte de dois jovens curitibanos durante um racha e acidente fatal nas ruas de Curitiba.
Ou então, com esse diz que diz entre Fruet e Ducci, enquanto um diz que assumiu a prefeitura com um rombo de R$ 330 milhões o outro jura que entregou o cargo com R$ 265 milhões em caixa.
Eu aqui, Polaco Doido e metido a blogueiro sujo, acredito apenas nas minhas fontes dentro da prefeitura e, segundo elas, o dinheiro existe sim, mas em muitas repartições há meses não se tem nem o açúcar para adoçar o cafezinho e, em alguns casos, se não trouxer o papel de casa vai ter que usar a cueca para limpar.
Ao que tudo indica todo esse fuzuê de notícias dos últimos dias, não passam de jogo de cena. Richa e Fruet, por enquanto, estão fazendo um jogo de compadres onde um levanta e outro corta, um lança e o outro bota no gol. Tudo muito bem articulado por eles e anunciado como furo ou revelação pelos veículos de todos os times.
E o pobre curitibano já não tem mais o contra ponto da notícia, o outro lado, a indagação o questionamento.
♬ Tá dominado ♪ tá tudo dominado!♫
A incógnita agora é:
Até quando vai durar esta linda “lua de mel”?
Polaco Doido
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