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Polaco Doido

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Carlos Alberto é só uma vítima do atual sistema – Reforma Política

July 9, 2013 14:15 , von Unbekannt - 0no comments yet | No one following this article yet.
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Em fevereiro deste ano, o governo federal tomou várias medidas com o objetivo de baratear os custos da energia elétrica no país na tentativa de elevar os índices de crescimento. Essa medida também se reverteu em benefícios para o consumidor residencial onde os valores da tarifa sofreram reduções de 18%.

Maravilha! Uns trocados a mais sobrando no mês ou banhos quentinhos mais demorados no inverno curitibano sem ter que desembolsar mais por isso, são realmente muito bem vindos. Porém…

O estado do Paraná, desde janeiro de 2011 é comandado pelo tucano Carlos Alberto Richa. Carlos Alberto é uma figura pública muito competente na arte de disputar eleições. Domina como muito poucos as artes de costurar alianças, conquistar apoios e patrocínios de grandes empreiteiras e bancos e possui uma legião de seguidores sempre muito dispostos em manter viva a imagem de que ele é um administrador sério, competente e possuidor uma trajetória política livre de máculas.

Carlos Alberto é tão bom em vender sua própria imagem que conseguiu a façanha de se eleger governador do estado tendo como um dos carros-chefe de sua campanha a “construção” da Linha Verde na cidade de Curitiba. Uma obra que custou cinco vezes mais do que o previsto inicialmente, não amenizou em quase nada os problemas com o trânsito na cidade e que, por mais incrível que possa parecer, ainda não foi concluída. Mas como ele é um gênio na arte de vender sua imagem, conseguiu transformar esta “meia obra” em um exemplo de como é um competente realizador e excelente administrador dos bens públicos.

Mas para se administrar um estado do tamanho do Paraná, apenas apoios, alianças, uma boa imagem e uma legião de seguidores não são o suficiente. É preciso de atitudes.

Infelizmente, desde que Carlos Alberto foi eleito prefeito de Curitiba pela primeira vez, em 2004, tem-se a impressão de que suas atitudes visam exclusivamente as próximas eleições.

Foi assim quando como prefeito de Curitiba, permitiu que as obras da linha Verde continuassem, apesar dos contínuos aditivos nos custos da obra e dos indícios de que a mesma estaria sendo usada para enriquecimento de certas empreiteiras com a exploração imobiliária em uma manobra muito suspeita nomeada de “venda do Potencial Construtivo.” Também os esquemas e contratos entre a prefeitura, URBS e Empresas do Transporte Coletivo da cidade que transformaram o outrora excelente sistema de transporte público da cidade numa sombra de seu passado e que hoje serve apenas para engordar as contas dos empresários praticamente livres de qualquer fiscalização por parte dos órgãos competentes.

Tudo isso para garantir os recursos na próxima eleição. Estes recursos vieram e foram muito bem empregados, quando Carlos Alberto deu um verdadeiro baile eleitoral em 2008, sendo eleito com mais de 77% dos votos válidos no 1º turno. E quando na eleição para o governo do estado em 2010, foi eleito mais uma vez em 1º turno, com mais de 52% dos votos válidos.

Claro que este sucesso eleitoral cobra um alto preço.

Não é sem qualquer motivo que o estado do Paraná tem uma das tarifas de pedágio mais caras do mundo. Tarifas de pedágio que encarecem a produção e a logística dos empresários e agricultores e que por fim, são pagas pelos consumidores paranaenses nos caixas do supermercado. Mas reduzir as tarifas implica em desagradar as empresas do pedágio e empresários descontentes não vão investir seu dinheiro na campanha eleitoral de um candidato que tem a intenção de diminuir seus lucros.

Para manter a imagem de administrador competente não bastam apenas as campanhas publicitárias pagas com o dinheiro público. São necessários “militantes” para defender a moral do grande líder nas redes sócias, nas repartições e nas conversas de botequim. E não existe nenhuma surpresa quando se descobre que os mais ferrenhos “militantes” defensores da competência de Carlos Alberto estão entre o exército de 4 mil e tantos comissionados do governo do estado, lotados em alguma das super-secretarias.

Carlos Alberto também precisa renovar as antigas e criar novas alianças políticas. Afinal, falta pouco mais de um ano para as próximas eleições. Então, não existe nenhuma surpresa no verdadeiro circo formado para a escolha do novo conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. Apesar de existirem 42 candidatos, é mais do que certo que o próximo conselheiro será um dos dois deputados que disputam a vaga. Com mais este aliado no TCE, Carlos Alberto tem garantida as aprovações das contas de seu governo e com isso, garante também uma campanha mais tranquila em busca de seu segundo mandato como governador do estado.

Mas Carlos Alberto não é um monstro ou um político mal intencionado cuja única preocupação é a próxima eleição. Não mesmo, Carlos Alberto apenas joga o jogo, dentro das regras.

Então, se o governo do estado não pode mais adquirir nenhum tipo de financiamento porque extrapolou os limites da lei de responsabilidade fiscal e o estado está com o nome sujo. A culpa não é do governador e sim, do sistema que permite estas atitudes por parte dele.

Se os alunos do curso de medicina da UEPG estão sem aulas porque os novos professores aprovados em concurso não podem ser empossados enquanto o governo do estado não acertar suas contas, a culpa também não é do governador. É do sistema que permite ao governador, exercer seus poderes visando a próxima eleição.

E se as contas de luz vão sofrer um reajuste de 8,77% retroativas a 24 de junho e aquela bem vinda redução descrita primeiro parágrafo foi para as cucuias, a culpa também não é do governador. O governo ainda é dono da Copel, precisa aumentar sua arrecadação e diminuir seus custos se não, não vai ter grana para pagar o 13º do funcionalismo em dezembro.

Com o funcionalismo do estado descontente, com o nome do estado sujo na praça sem conseguir empréstimos e com tanta gente indignada com os rumos do governo do estado, não vão ter alianças, nem colaboradores, nem militantes comissionados, nem campanha midiática e nem messias nenhum que garanta a reeleição de Carlos Alberto em outubro de 2013.

Simples assim.

Carlos Alberto é só mais uma vítima das regras do jogo.

E nós, somos os manés que pagamos as contas deste jogo em 2013, 2014, 2015… Até que se mudem a regras.

Mas a quem interessa a mudança das regras?

Com certeza, não ao Carlos Alberto.

Polaco Doido


Quelle: http://www.skora.com.br/?p=4975

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