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Polaco Doido

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Contra-revolução – A pseudo Luta de classes na definição do próximo prefeito de Curitiba

October 8, 2012 21:00 , by Unknown - 0no comments yet | No one following this article yet.
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Corre pela rede que a disputa eleitoral de segundo turno em Curitiba será uma espécie de conflito de classes, “Mais Ricos” x “Mais pobres”, ”O capital” x “O Social”, quase que um movimento revolucionário na cidade. Tudo graças a uma matéria e um infográfico publicado pela Gazeta do Povo na última segunda feira, 8-10-2012. (Aqui)

A matéria da Gazeta, cheia de informações tendenciosas e replicada por muita gente de credibilidade, tenta realmente passar este conceito de “conflito de classes” na disputa eleitoral. Uma informação tendenciosa e falsa.

A diferença de resultado nas diferentes zonas eleitorais é nada mais que um reflexo do velho e ainda muito utilizado, jeitão brasileiro de se fazer política. A “Política 1.0”, termo muito difundido pelo companheiro Sérgio Bertoni do Blogoosfero e ParanáBlogs.

Este jeitão antigo, a “Política 1.0” é nada mais que estas campanhas eleitorais que todos nós já estamos acostumados, as campanhas milionárias, a campanhas de promessas muitas vezes não cumpridas, as campanha de alianças estapafúrdias, que jogam por terra toda e qualquer tipo de ideologia e que se resumem a puro fisiologismo e troca de vantagens entre os detentores do poder.

Sim, Ratinho Jr. obteve um desempenho melhor nas áreas menos favorecidas da cidade, assim como, Ducci, também teve um desempenho melhor nestas regiões.

Mas este melhor desempenho dos dois candidatos, em regiões consideradas “menos favorecidas”, em nada demonstra que se trata de um conflito de classes. Nada mesmo!

Este cenário é puro reflexo desta Política 1.0. Uma política definida pela disputa entre os poderes econômicos de cada candidato e de candidatos que só procuram saber das necessidades dos menos favorecidos em época de eleições. Passadas as eleições, os candidatos eleitos passam novamente a ignorar completamente as necessidades do grosso de seu eleitorado.

Este tipo política dos tempos dos coronéis que cria nichos e currais eleitorais e que desconstrói todo o avanço democrático/político/eleitoral brasileiro conquistado a duras penas nos últimos anos.

E não é que os eleitores das 3ª, 4º, 145ª, 175º, 176º, 177º e 178ª zonas eleitorais, que deram a maior parte dos votos em Ratinho Jr. e definiriam Ducci como 2º colocado, sejam mais humildes, ou menos escolarizados, ou qualquer babaquice que seja.

Não, nestas regiões o poder econômico falou muito mais alto.

Juntos, Ducci e Ratinho gastaram “oficialmente”, mais de R$ 713.000,00 no primeiro turno disputado. Fruet apenas R$ 19.544,00.

Claro que estes valores “oficiais” divulgados pelo TSE em 4/10/2012, estão completamente fora da realidade, mas nos dão uma noção real de quem está apostando mais alto em busca do cargo de prefeito.

Evidente também que, tanto Ratinho quanto Ducci, com toda esta grana disponível, aplicaram esta grana em publicidade, carreatas e eventos eleitorais nas áreas mais populosas e humildes da cidade, justamente nestas zonas eleitorais anteriormente citadas. É mais do que evidente que todo este investimento teve o retorno esperado nas urnas, é só passar o olho no infográfico da Gazeta do Povo para confirmar.

Por outro lado, Fruet, Greca e todos os outros candidatos, sem todo este mega-amparo financeiro, concentraram-se na campanha gratuita de TV e rádio, nas redes sociais e, Fruet principalmente, no corpo a corpo da militância, militância do PT, que nas duas últimas semanas antes do pleito resolveu abraçar a candidatura Fruet de vez.

E com isso posto. Eu, Polaco Doido e de saco cheio do velho jeito de se fazer política, não caio nesta conversinha mole de disputa de classes no segundo turno da eleição curitibana.

Como sempre, mais uma vez: A eleição será ganha por aquele que gastar mais e melhor o dinheiro arrecadado. Simples assim.

Agora os dois candidatos costuram alianças para a disputa do 2º turno e estas alianças tem apenas duas justificativas:

Ou são para engordar os caixas de campanha com a grana que sobrou dos candidatos derrotados.

e/ou

Para os derrotados garantirem uma teta na prefeitura em 2013.

Para ver como é. O lernismo oficial tem data certa para acabar e será em 31 de dezembro de 2012, mas a política ainda é a mesma dos últimos 123 anos.

Ou seja, “Nada de Novo no Front”

A nossa luta por uma cidade realmente democrática e justa continua. Vencemos apenas um pequeno obstáculo, o “Juntos! 2012”, mas ainda temos muito que fazer!

Boa sorte para nós todos.

Polaco Doido

 


Source: http://www.skora.com.br/?p=3723

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