Acabo de ver no Blog do Mario, que o prefeito da vez, Gustavo Fruet, teve que pedir um socorro financeiro na câmara municipal no valor de R$ 63,7 milhões para cobrir um rombo nos cofres públicos. Segundo o prefeito fresco, a administração anterior deixou uma dívida R$ 446 milhões com os fornecedores de serviços da prefeitura e essa turma precisa de grana para pagar seus funcionários, as contas de luz, telefone, IPTU, contador, etc…
Ué, mas o Ducci não cantou aos quatro ventos que entregou a prefeitura com o caixa em dia. Com R$ 250 milhões e mais R$ 4,1 bilhões já garantidos em investimentos?
Quem está faltando com a verdade?
Bem, o polaco doido, como de costume, já tem uma teoria mirabolante que explica esta situação estranha.
Segundo Fruet, falta grana para pagar os caras da coleta de lixo, os fornecedores da merenda escolar, o Hospital Evangélico e os restaurantes Populares.
O que eu sei, por dever de ofício, é que alguns prestadores de serviço da saúde, ainda não receberam seus honorários de janeiro. E mais, estes mesmos prestadores em boa parte dos casos, prestam serviços ao SUS em atendimentos de alto custo, ou seja, serviços de Radioterapia, Quimioterapia, Terapia-Renal e outras “cositas mas”.
Só pra dar uma noção:
Imagine que um curitibano qualquer, por uma fatalidade, foi diagnosticado com um tumor no Sistema Nervoso Central. Este curitibano vai fazer um tratamento quimioterápico em um hospital conveniado ao SUS. Só por este tratamento o SUS paga R$ 570,00/mês. Claro, que o hospital tem custos para ministrar estes medicamentos, inclusive os honorários deste que vos escreve. Agora, imagine a treta se o tratamento foi executado o paciente foi tratado e os custos por tudo isso não foram pagos.
Do pouco que sei, esta grana toda vem do governo federal para os municípios. Depois estes municípios repassam a grana para seus fornecedores e prestadores (já que não existem aparelhos de radioterapia ou profissionais para quimioterapia disponíveis em todas as Unidades de saúde).
Mas…. E se os pagamentos atrasarem mais um pouco?
Ora, os hospitais e clínicas deixam de atender o pacientes do SUS e que se lasquem todos eles. O objetivo principal destes hospitais e clínicas é o lucro, não é mesmo?
Mas voltando ao mundo real. Onde é que foi parar o dinheiro que o governo federal mandou para pagar estas contas?
O que eu acho estranho é que via PAC da mobilidade a administração Richa/Ducci mandou fazer uma ponte estaiada sobre a Avenida das Torres. Uma obra faraônica com cerca de 100 metros de extensão e com o custo estimado de R$ 2 milhões o metro linear ou R$ 211 milhões no total.
Ao mesmo tempo, este mesmo PAC da mobilidade, financiou uma ponte sobre o rio Piauí, ligando os estados de Sergipe e Bahia, numa extensão de 1.712 metros e que custou R$ 124 milhões, ou R$ 72,4 mil o metro linear.(!) aqui pra quem quiser conferir.
R$ 2 milhões o metro liner vesrsus R$ 72,4 mil o metro linear. tem alguma coisa estranha aí!
Eu aqui, não quero de maneira nenhuma jogar merda no ventilador, mas como é que pode não haver nenhuma citação de Fruet aos pagamentos das empreiteiras responsáveis pelas incontáveis obras em Curitiba neste socorro solicitado junto a Câmara Municipal.
Tem-se a impressão de que todas as empreiteiras estão com seus pagamentos em dia.
Por que os outros fornecedores não estão na mesma situação?
Será que é só porque as empreiteiras são os grandes financiadores das campanhas eleitorais vitoriosas ou não na cidade de Curitiba?
As clinicas, hospitais, fornecedores de merenda e restaurantes populares só fazem seu trabalho social a soldo do dinheiro público, pouco se lixando para campanhas eleitorais ou quem é o grupo dominante da vez.
Será que é só por isso que ficaram sem pagamento nestes tempos de vacas magras da transição de comando?
Não, espero mesmo que não, foi só um problema pontual de distribuição de recursos em tempo de transição, em fevereiro estará tudo resolvido.
Beleza, mas enquanto março não chega, tenta descobrir onde foi parar a verba federal do SUS, destinada ao pagamento dos prestadores em janeiro.
Eu desconfio onde, mas deixa pra lá…
Polaco Doido
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