O curitiboca é mesmo muito esquisitão. Agora existe um movimento para pressionar o novo prefeito da vez para mudar o projeto do Expresso Ligeirão Norte, removendo a Praça do Japão como ponto final da linha.

As justificativas para a “petição”?

• OHHH! Vão destruir a praça!
• OHHH! Os ônibus vão parar no meio da praça!

É mole? Parem tudo!

Quantas praças em Curitiba servem também como parada de ônibus?

Quantas delas foram “destruídas” ou “cortadas ao meio” para a instalação destas paradas?

Não sou engenheiro, mas sente só:

O novo ligeirão vai ligar o norte da cidade com a praça do Japão com uma linha mais rápida (a promessa é de apenas 25 minutos para o trajeto). Parando apenas nos terminais Santa Cândida, Boa Vista, Cabral nas estações Passeio Público, Central, Eufrásio Correia, Osvaldo Cruz e finalmente na Praça do Japão.

Por que a Praça do Japão?

Ora, porque já está pronto, não precisa fazer quase nada e não vai atrapalhar em nada o já caótico trânsito do centro da capital.

Olha o print-screem da praça pelo Google Earth.

Não  encontrei o projeto da nova linha, mas dando uma olhada na vista aérea da praça fica fácil imaginar a solução dos engenheiros.

E só vão cortar a praça no meio se o engenheiro responsável for um cara muito burro!

Saca só: O busão vem pela Sete de Setembro. Pára para embarque e desembarque em um tubo na frente da praça, na sete de setembro bem em frente a Rua Francisco Rocha. Circunda a praça, volta para a sete de Setembro e segue seu destino até o terminal do Santa Cândida.

Imaginou?

Existe algum outro ponto entre a Praça Osvaldo cruz e Praça do Japão que seja tão perfeito para esta manobra de volta do busão sem atrapalhar em nadinha o trânsito?

Isso vai destruir a praça? Vai cortar a praça ao meio? Vai impedir as celebrações da comunidade nipônica?

Não, claro que não!

Mas sente o grau de algumas das manifestações que vi por aí, no mundico virtual:

Um dep. estadual em sua página no FB.

“É inadmissível o projeto que estão querendo aprovar para cortar a Praça do Japão.
Precisamos nos mobilizar de todas as formas contra a destruição de uma das praças mais bonitas de Curitiba.
O ser humano tem que ser prioridade da administração pública, não os carros e outros veículos de transportes .
Morei em frente a Praça do Japão e sei o quanto ela é importante para as crianças e para os idosos. Muitas pessoas que moram em prédios da região tem ali o seu local de contato com a natureza.
Tem gente que passeia na praça com seu animalzinho de estimação, noivas tiram fotos antes do casamento nas belas fontes da praça, turistas visitam o local e a colônia japonesa tem ali seu ponto de encontro para compartilhar cultura e amizade.
A Praça do Japão tem sim é que ser mais cuidada pela prefeitura e receber policiamento 24 hs.
Nesta semana que entra, mesmo sendo Natal, vou tentar contato com o atual e o futuro prefeito para expressar a posição contrária dos moradores da região e de grande parte dos curitibanos.”

Uma moçoila debutante e moradora do entorno da praça:

A Praça do Japão é linda, bem frequentada por crianças, jovens, adultos, idosos, cães e muitas carpas. Completamente ornamentada no estilo japonês. Além de ficar no Batel, um bairro nobre de Curitiba, que a duas quadras será o lançamento do pátio Batel. Uma contradição fora de mão. A praça é bem cuidada, BEM FREQUENTADA. Ideal para descansar ou dar uma caminhada, sempre em contato com os vizinhos do bairro com os mesmo costumes. Não duvidamos que o projeto possa beneficiar muitas pessoas, mas é como vestir um santo e desvestir outro. E nós como ficamos? A copa do mundo termina e aí, nosso sossego termina também? Nós não vamos deixar. Vamos divulgar amigos!
NÃO VAMOS DEIXAR GENTE. NADA DESVIA NOSSO FOCO. VAMOS LUTAR PELO NOSSO MEIO AMBIENTE, PELO QUE É NOSSO. SÓ PERMITIREMOS SE ELES PASSAREM POR CIMA DE NÓS. OLHA ESSE CLIMA QUE ABSURDO, DAQUI A 02 ANOS VAMOS MORRER FIROS NO ASFALTO OU ASSADOS. Não to exagerando não…

Tá, eu sei que sou bem bobinho, mas pelo conteúdo das manifestações e termos como:

“…Tem gente que passeia na praça com seu animalzinho de estimação..”; “…No batel, um bairro nobre de Curitiba…”; “…Bem frequentada…”; “…A copa do mundo termina e aí, nosso sossego termina também…”

Isso não soa muito mais como chiadeira de madame que não quer ter o desprazer em esbarrar com algum trabalhador cansado voltando do batente durante os passeios da madame com seu pet limpinho cheiroso e melhor alimentado que muitos piás curitibanos.

O que acontece aqui é que a nata da sociedade curitibana não quer dividir espaço com os usuários do transporte coletivo. Quem anda de busão é pobre e  não têm que ficar circulando na minha Praça do Japão exclusiva para pessoas diferenciadas!

Essa pseudoelite curitibana não é mesmo uma gracinha?

Ah! vão chupar um parafuso até que vire prego.

Não está bom? Então vendam seus duplex e se mudem para o Alphaville, París, Dubai, Mônaco ou para a o raio que os parta!

Até onde sei, os espaços públicos da cidade pertencem a todos os cidadãos e já faz tempo que a cidade precisa de uma intervenção no transporte público para os usuários da região norte.

Além disso, fiquem expertos!

Fruet foi eleito principalmente graças ao apoio dos militantes do PT. Não sei se vocês sabem, mas tem um monte de comunista, comedor de criancinha no PT curitibano. Comunista tem um tara louca de “socializar” tudo. O próximo alvo pode ser sua cobertura duplex. Vai que você leva azar e acaba tendo que “socializar” sua cobertura com a família de algum gari sem teto, de algum desabrigado pela enchente. Ou, deus te livre, de algum sem terra do MST.

Venda tudo fuja logo para Miami, ainda há tempo para salvar seu american way of life!

Polaco Doido