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Polaco Doido

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Prefeitura acata pedido das madames e suspende as obras na Praça do Japão

January 10, 2013 22:00 , by Unknown - 0no comments yet | No one following this article yet.
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Saiu na Gazetona de hoje (aqui).

Depois  de reunião entre moradores do entorno da praça, representantes da associação de pais e mestres do Colégio Santa Terezinha do Menino Jesus e representantes do poder público, o Vereador Paulo Salamuni  e o diretor de Transportes da Urbs Antonio Carlos Araujo. O secretário municipal de Ralações com a Comunidade, Caíque Ferrante (foto) decidiu congelar toda e qualquer tipo de intervenção na Praça do Japão até seja feita uma nova analise do projeto.

As decisões sobre o futuro do projeto “Ligeirão Norte” desde ontem está nas mãos dos técnicos da prefeitura e dos moradores do entorno da praça mais charmosa de Curitiba.

Durante a reunião de ontem os representantes da prefeitura apresentaram o projeto para a praça. E como o Polaco Doido já  havia adiantado no último domingo, não haverá nenhum corte na praça, os ônibus não vão estacionar na praça e, diferente do que este blog previu, não haverá uma estação tubo na praça.

Pelo projeto atual, as vias que contornam a praça servirão apenas e tão somente para que os ônibus possam efetuar a manobra de volta para a região norte da cidade. Conforme infográfico surrupiado da Gazeta do Povo.

É, pelo projeto, povão não vai desembarcar na Praça do Japão, a praça continuará “privada” exclusiva para os moradores do entorno. Apesar disso, estes mesmos moradores não querem nem saber de busão circundando a praça. Para eles não tem chororô. Se a prefeitura quer mesmo implantar o Ligeirão  Norte, então que estenda seu trajeto até o terminal do Portão para que os ônibus possam executar a manobra de volta.

A reunião de ontem entre representantes da prefeitura e moradores do entorno da praça foi marcada pelos moradores da praça. Nenhum representante ou usuário do transporte coletivo beneficiado pela obra foi convidado para participar e mostrar sua opinião ou ponto de vista.

O único representante “diferenciado” que compareceu foi o amigo André Feiges da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu.

André gravou um pequeno trecho da reunião e publicou um relato da mesma na página Sushizão da gente diferenciada no Facebook

Relato

Relatando (Reunião na Escola Santa Terezinha sobre as obras para implementação de Linha Expressa Direta conectando o Terminal do Santa Cândida à Praça do Japão; 10 de Janeiro de 2013 às 9h30):

A reunião começou por volta das 10h, logo sentia-se o clima geral e as feições. A presença majoritária era de idosos, moradores/proprietários. Estavam presentes vereadores, representantes da Prefeitura e URBS, representantes da comunidade japonesa etc. Fizeram questão de frisar a presença de um desembargador e um procurador, também moradores/proprietários. Logo percebia-se que não havia representação nenhuma de qualquer divergência, afinal aquilo não era uma audiência pública, mas uma reunião do “movimento” com as autoridades.

Cederam a palavra às autoridades, aos líderes do movimento e à associação nipo-brasileira. Os argumentos redundavam em “transtorno para nós, vamos perder a praça, a praça será destruída, vai acabar o nosso sossego e segurança, não vamos poder atravessar a rua, não teremos onde passear com nossas crianças e nossos cachorrinhos (sim, a expressão era “cachorrinhos” e foi citada tantas ou mais vezes que a palavra “crianças”), as atividades culturais não poderão mais ser realizadas, vamos perder as vagas de estacionamento, vamos perder o ponto de táxi, vai virar uma baderna cheia de gente, em dia de jogo vai virar algazarra etc. Mesmo assim, percebia-se um cuidado claro nas falas, talvez exceto por uma senhora que postarei a imagem depois, todos defendiam que o trajeto deveria continuar até no mínimo o Terminal do Portão, fizeram questão de frisar que “não são contra os usuários de ônibus, mas a favor da praça”. De um modo geral, entendia-se que a praça é uma extensão de suas residências.

Ofertou-se a palavra à representante da URBS para que apresentasse o projeto, a qual o fez sob constantes vaias, urros, gritos do tipo “mentira”, “o desenho não está na escala certa” e por aí vai. A mesa teve que intervir para permitir que simples exposição do projeto fosse concluida.

Abriu-se a palavra, as opiniões convergiam na contrariade ao projeto, basicamente repetindo as falas introdutórias. Também me inscrevi e fiz a única fala divergente, apontando que às vezes é preciso conviver com um pequeno transtorno e mudança próximo de si para garantir um benefício maior a toda a sociedade. Alertei que embora muitos apontassem que o tubo ali não é tão utilizado, a linha não se resume àquele ponto, e a previsão de estação imediatamente anterior (praça Oswaldo Cruz) está sempre lotada, com gente aguardo fora do tubo inclusive. Apontei que os usos que todos diriam ser abandonados, como a frequencia na praça ou as atividades culturais, só seriam abandonados se assim eles mesmos decidirem, pois o convívio com ônibus não os impede. Coloquei que o ruído, apontado por muitos como problema não é real, pois este ônibus é menos ruidoso e sua frequência é reduzida. Ainda apontei que a “tranquilidade para atravessar a rua” não pode ser medida na forma como argumentavam, que uma vez garantido os semáforos e faixas de pedestres no projeto as pessoas deveriam utilizá-los. Pedi a todos que se sensibilizassem, que embora concordasse eu também que o projeto deveria ser estendido até o Portão, a viabilidade de implementá-lo imediatamente até a praça do Japão já representaria uma melhora sensível e instantânea para os usuários daquela linha de ônibus.

Ao terminar uma senhora espalhafatosa, que havia causado grande tumulto no começo, saltou a dizer “você não mora aqui, né?” ou “onde você mora? vá levar essa obra pra sua casa, pra sua esquina, mas não aqui!” e outras coisas mais.

 

Pois é, nós usuários do transporte público e que moramos distante da charmosa Praça do Japão, não fomos consultados antes da prefeitura decidir “congelar” o projeto.

E se não nos manifestarmos, a obra não vai sair e ainda continuaremos por um longo tempo com esta infinidade de tubos desativados por causa da obra.

Está sendo agendada uma manifestação para este final de semana na praça, é só clicar neste link https://www.facebook.com/groups/187588671387371/ e escolher a melhor hora pra gente se encontrar, fazer uma batucada, jogar pipoca para as carpas e mostrar para o povo do entorno da Praça do Japão que somos gente igualzinho a eles. As únicas diferenças é que moramos em outros lugares, utilizamos o transporte público e, talvez, não tenhamos uma conta bancária tão saudável.

Ninguém peida, caga ou apodrece melhor do que ninguém!

Polaco Doido


Source: http://www.skora.com.br/?p=4168

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