Não é novidade para ninguém que nosso amado impero-super-governador Carlos Alberto Richa é um grande aficionado por esportes automobilísticos. Tanto que quando mais moço, antes de se aventurar com sucesso na carreira de político, nosso governador sonhava com uma carreira de piloto profissional em alguma grande equipe do automobilismo mundial.
Claro que não existe nenhum problema nisso, afinal antes de ser governador de estado, Carlos Alberto Richa é uma pessoa, com suas virtudes, defeitos, ódios e paixões, igualzinho a qualquer outro ser humano.
Foi movido por esta paixão pelo automobilismo que, na última sexta feira, nosso governador aproveitou-se de uma viagem e compromisso oficial na cidade de Cascavel para dar uma “esticadinha” até a cidade de Penha em Santa Catarina, só para dar uma conferida nos preparativos para a disputa das 500 milhas de Kart no kartódromo do Parque Beto Carreiro. <Aqui>
Uma esticadinha de nada, só 300 quilômetros de avião mais o helicóptero entre o aeroporto de Navegantes e o heliporto do Parque. Não mais que uma hora de voo adicionada ao plano original (Curitiba x Cascavel x Curitiba). Um nada para quem tem um avião a seu dispor.
Uma hora só?
Bem, na última licitação que a Alep fez para locação de aeronaves, a empresa ganhadora foi a Helisul (a mesma empresa que fez o transporte do governador neste passeio de sexta feira) o valor da hora voada ficou acertado em R$ 6.975,00.
Com essa informação já podemos imaginar que esta “esticadinha” do governador para visitar um kartódromo, deve ter custado algo por volta de uns R$ 7 mil.
Eu já ficaria realmente puto dentro das calças se o governador tivesse usado sete mil reais da grana do contribuinte só para dar uma fuçada num kartódromo de Santa Catarina, mas a coisa fica ainda pior, muito pior.
Toda esta peripécia aeronáutica foi bancada pela empresa Esdel Comércio de Produtos Alimentares pertencente ao grupo Meinberg que conta também com mais outras dezenas de empresas dos mais diferentes ramos.
Um dos sócios da Meinberg é Edson Luiz Casagrande e foi ele quem alugou a aeronave para que o Super-Richa pudesse dar sua “esticadinha” até o evento automobilístico.
Segundo Edson Luiz Casagrande: “Eu convidei o governador Beto Richa para ele conhecer, visitar e até, se possível, pilotar [um kart]. Como ele não tinha jeito de vir, fizemos esse bate-volta [à cidade de Penha].”
Pode isso?
Será que alguma das empresas do Grupo Meinberg possui algum contrato com o governo do estado?
E em futuros contratos do governo do estado, será que alguma das empresas do grupo Meinberg não pode receber algum tipo de benefício ou licitação direcionada ou qualquer outro tipo de facilidades como paga por este e outros mimos ao excelentíssimo governador?
Pois é. Fica a dica para os empresários que pretendem fechar contratos com o governo do estado. Sem essa de apresentar planos, projetos ou melhores preços. O negócio certo é promover eventos automobilísticos, convidar o governador e, na falta de agenda deste, é só bancar o avião para a esticadinha.
Não tem erro. É negócio fechado na certa!
Polaco Doido
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