Vamos celebrar a burrice – 12º aniversário da privatização do Banestado
16 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaEm 17/10/2000, o Banco do Estado do Paraná foi “vendido” ao banco Itaú pela bagatela de R$ 1,6 bilhões.
Bom, não dá para se dizer que o banco foi realmente “vendido.” Nas negociações, depois de batido o martelo, ficou acertado que o estado do Paraná, antigo proprietário da instituição financeira, apesar da venda ainda seria responsável pelo pagamento de uma dívida no valor de atualizados R$ 16 bilhões ao banco Itaú, novo proprietário da instituição financeira.
Mais ou menos assim:
Suponha que você tem uma Belina ano 76, que não te serve mais e que você quer vender. Você acerta com o comprador que esta Belina vale R$ 400,00, mas, depois da venda, você se compromete a bancar todas a dívidas atrasadas, multas e reparos neste carro velho. Assim, você se desfaz do carro velho, assumindo o compromisso de doar ao comprador um montante suficiente para comprar uma Ferrari zerinho, cheirando a nova e com todos os documentos e dia.
Burrice, não é?
Pois bem, foi exatamente isso que nosso querido ex-governador Jaime Lerner fez com o estado do Paraná. Entregou um patrimônio do estado para um banco privado por um valor irisório e ainda se comprometeu a pagar com o dinheiro dos paranaenses, uma dívida de R$ 16 bilhões, financiados em 30 anos com juros de 6% ao ano.
Mas que burrice!
Alguns leitores até podem achar que foi um excelente negócio, afinal o Banestado era só um cabide de emprego para apadrinhados políticos e aquelas babozeiras do tipo. Mas não, esta é uma visão muito superficial da coisa.
O Banestado tinha cerca de 8.000 funcionários na época da privatização e com a venda, mais de 7.000 pessoas perderam seus empregos e fontes de renda. São nada menos que 7.000 trabalhadores, concursados, treinados e competentes que, da noite para o dia perderam o chão e viram todos os anos de trabalho dedicado a empresa escorrendo pelo ralo sem poder fazer nada.
Sem contar o comércio na região do Santa Cândida, bairro onde se localizava a sede do banco, que se mantinha em função da instituição financeira e que foi completamente desestruturado. Até hoje, 12 anos depois, o comércio da região ainda não se recuperou.
Ou então, as agências do banco em locais remotos do estado que cumpriam uma função muito mais social do que financeira. Este tipo de agência não dá lucros e lógico, foram fechadas pelos novos donos, afinal o objetivo de uma instituição privada é o lucro, função social é obrigação do poder público, não é?
E assim o Paraná perdeu muito, o Paraná ficou anos sem os repasses do governo federal por conta das dívidas deixadas pela venda do banco. O Paraná perdeu, eu perdi você perdeu, todos nós, direta ou indiretamente perdemos muito com a negociata privatista.
Haviam muitas outras soluções para os problemas do banco, a privatização era apenas uma delas, mas como eram tempos de privataria foi uma escolha ideológica, traçada pela escolha neoliberal do governo FHC em abrir apetitosos espaços na economia para a iniciativa privada ampliar os seus lucros.
Não, não chore, nem tudo são perdas ou coisas tristes, alguns ganharam e ganharam muito.
Nestes 12 anos o Banco Itaú cresceu, bateu recordes sobre recordes de lucros, fechou acordos com estados e municípios e capitalizou-se vertiginosamente.
Tem ex-governador que ficou bilionário, comprou shopping-centers em Miami, Nova Yorque e até nas Europas e hoje, desfruta confortavelmente de sua fortuna em Paris. Ele agora é um verdadeiro cosmopolita e não quer mais nem saber mais da política do estado ou da cidade que o projetou para o mundo. No máximo se mete a dar um pitaco sobre a sucessão municipal de Curitiba.
E muitos de nós, tolos que somos, ainda idolatramos esta pessoa como se fosse uma espécie de semi-deus em assuntos da cidade. Ele hoje é um bilionário vivendo em Paris e nós, miseráveis apinhados no transito e no ônibus demorados e entupidos, ou sofrendo e morrendo em intermináveis horas de espera nas unidades de saúde do município e do estado.
Pois é, há doze anos, mas com reflexos que duram até hoje. Vamos comemorar o aniversário da nossa burrice!
Colaboração Natale Vanz
Polaco Doido
Curtas & Grossas do Bóia Quente
16 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPELA DIREITA ?Parece que os estrategistas da candidatura de RATO JR definiram a “linha”.
Os ataques se darão PELA DIREITA !
EXPLORANDO O MEDO…
Lembrando Regina Duarte na campanha de Zé Serra, a propaganda do candidato Social Cristão alerta a população Curitibana para a ameaça da tomada do poder pelos bolcheviques petistas, camuflados na campanha de Fruet.
ABORTO, HOMOFOBIA,ATEÍSMO PODEM VIRAR TEMAS?
Nessa mesma toada, pode-se pensar que os Luas-Pretas da campanha de Ratinho avaliam a possibilidade de jogar na propaganda eleitoral teses conservadoras, crendo no potencial dos votos conservadores que temem a ascensão do Petismo e suas bandeiras ao poder na administração de nossa comportada população.
CACETE NO PTCrêem os marqueteiros roedores que BATER NO PT dá voto, que alertando os Curitibanos para o “espectro” vermelho que ronda a Prefeitura, conquistarão os incautos que não querem os partidários de Lula e Dilma na administração.
Daí, a decisão de fuzilar os “companheiros”…
A BATALHA DO BEM CONTRA O MAL
A velha e surrada tática que está sendo usada pela marqueteria roedora objetiva também atrair aliados liberais que na avaliação do “birô-político” tem calafrios só de imaginar os “estatistas” do PT gerindo nossa pacata e mercadológica municipalidade.
LAISSEZ FAIRE, LAISSEZ PASSER
Acreditando no mercado como regulador das questões sociais, marqueteiros de RATO JR, apostam que insuflando o MEDO, poderão
inviabilizar o crescimento de FRUET em função de seus aliados “escondidinhos”…
SEM MEDO DE SER FELIZ
Na ofensiva, na contra-mão dos marqueteiros roedores, FRUET parece não ter a mesma opinião. Em seus programas de TV e nas ruas, ESCANCAROU sua preferência pelo Lulo-Petismo.
Está de peito aberto abraçado com os aliados da Presidenta Dilma demonstrando SEM MEDO DE SER FELIZ que esse namoro é pra valer!
A ESPERANÇA VENCERÁ O MEDO ?
Contra a marqueteria conservadora, FRUET acredita que os tempos mudaram e que NÃO existe na sociedade esse MEDO que os partidários de RATO JR querem implantar.
A direita já tentou isso no primeiro turno e deu no que deu… foram varridos para o lixo da história.
TIRO NO PÉ !
Avalia-se no “front” político, inclusive entre setores da própria candidatura de RATO JR, que essa tática é furada e poderá ter efeito contrário, ou seja, pode ter sido um belo dum tiro no pé!
COMPORTAMENTO
Tanto isso pode ser verdade que o candidato FRUET foi pra ofensiva, centrou fogo na exposição clara, aberta, carnal com seus aliados membros do Partido da Presidenta Dilma e do companheiro LULA.
É só observar nas esquinas, os “abençoados” cavaletes, é FRUET com GLEISI, é FRUET com DILMA.
Parece que se estabeleceu uma importante diferença ideológica entre as candidaturas.
Isso é bom pra democracia, pois fica claro quem está com quem…
A ESPERANÇA VENCERÁ O MEDO ?
Resta saber agora quem estará com a razão.
A marqueteria de RATO JR que de boba não tem nada, ou o feeling do estrategista M.Milani e cia.
As pesquisas talvez reflitam já nessa primeira tomada o resultado, se bem que em matéria de pesquisas de opinião em Curitiba, sempre é bom ter QUATRO PÉS atrás…
Sr.Bóia & equipe
NOTA OFICAL: Anderson Leandro da Silva
14 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaO Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná – Sindijor-PR, na condição de entidade de defesa dos valores materiais e morais da categoria, vem por meio desse documento solicitar atenção dos órgão responsáveis para um tema de grande relevância: o desaparecimento do jornalista Anderson Leandro da Silva, 38 anos, que trabalha na empresa Quem TV.
Anderson está desaparecido desde a última quarta-feira (10 de outubro de 2012), quando saiu da empresa de comunicação, por volta das 12h30, dirigindo o carro Kangoo (Renault), de cor branca, placa: AON 8615. Sua família registrou Boletim de Ocorrência (B.O: 2012/919767) na quinta-feira (11 de outubro) e ainda aguarda informações.
O Sindijor-PR entra em contato com a Secretaria de Segurança Pública do Paraná com o objetivo de intensificar a busca pelo profissional. Jornalistas de todo Paraná estão mobilizados e exigem providências.
Não é de hoje que jornalistas vêm tendo problemas relativos à segurança no trabalho. Em recente publicação, jornal Extra Pauta Digital (edição de outubro de 2012, leia aqui, página 07), mostramos ameaças que profissionais vêm sofrendo na fronteira. Outro fato, também relatado na edição acima citada, foi o cerceamento de um profissional na cidade de Paranaguá, por parte de membros de órgãos públicos.
Chamamos atenção também para o recente pronunciamento do deputado estadual Ademar Traiano (leia o caso aqui), que desferiu ofensas pessoais, no intuito de intimidar o jornalista Celso Nascimento da Gazeta do Povo. Na mesma linha de ameaças e cerceamentos, o jornalista Mauri Konig, também da Gazeta do Povo, após matéria investigativa em que pautava policiais, foi considerado inimigo público (por parte dos investigados) por estar cumprindo seu dever de jornalista.
Diante deste contexto, o caso Anderson Leandro da Silva, não pode ser esquecido. Em recente carta, a família do jornalista pede maior ação por parte do poder público, pois há suspeita de perseguição política. Também o professor de comunicação social, Valdir José Cruz, foi ameaçado por exigir informações sobre o caso, o que aponta contornos maiores ao caso do que um simples sumiço. Achamos pertinente reproduzir a carta em que a família mostra o histórico da situação até o momento:
Informações enviadas pela família (15/09/2012):
Depois de quatro dias de buscas intensas, amigos e familiares do jornalista Anderson Leandro enviaram correspondências por meio de seus advogados e de entidades dos movimentos populares de Curitiba ao governador do Estado, Beto Richa, e ao Procurador-Geral do Ministério Público do Paraná, Doutor Gilberto Gyacoia, pedindo que o caso seja considerado pelas autoridades policiais como sequestro por motivação política. Também solicitaram que o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – Gaeco – e a unidade especial Tigre, grupo de elite da Polícia Civil, assumam as investigações e confiram o caráter político ao sumiço dele. Anderson Leandro atua há aproximadamente 20 anos no movimento popular e, por isso mesmo, é detentor do maior acervo de imagens políticas e de cenas de conflitos relacionados às pressões dos movimentos sociais do Paraná.
A Delegacia de Vigilância e Capturas (DVC) da Polícia Civil adota a linha de investigação pautada em crime passional e a família de Anderson Leandro tem receio de que se repita no caso dele a demora e a consequente perda de pistas que aconteceram em outros episódios similares, como o do sumiço do engenheiro Renato Brandão, há mais de um ano. Amigos e familiares de Anderson Leandro pedem urgência nas investigações e uma atenção que propicie a obtenção de vestígios, como pistas advindas das imagens de câmeras de vigilância dos edifícios residenciais e das empresas situados no possível caminho percorrido pelo jornalista desde que saiu de carro da produtora onde trabalhava. Ele vestia camisa azul e calça jeans; calçava sapatênis de couro marrom. O carro que Anderson Leandro dirigia era uma Renault Kangoo, placa AON 8615.
As circunstâncias do desaparecimento
Anderson Leandro da Silva, de 38 anos, saiu da produtora Quem TV, no bairro do Rebouças, por volta das 12h30 (horário retificado por imagens de câmeras de CFTV das imediações) da última quarta-feira, dia 10 de outubro de 2012. Ele avisou ao filho que iria fazer um orçamento de trabalho na cidade de Quatro Barras, região metropolitana de Curitiba, e que voltaria para buscá-lo para levar para casa, como fazia todos os dias. Eram aproximadamente 20h30 quando o filho comunicou a mãe que Anderson Leandro não havia retornado. As buscas iniciais começaram por volta das 2h madrugada do dia (11/10/2012) por meio do fone 190, sendo que, na manhã deste mesmo dia formalizou-se o desaparecimento com o registro da ocorrência na Delegacia da Vigilância e Capturas de Curitiba. Após isso, na madrugada de quinta para sexta-feira (12), a família entrou com pedido de liminar junto ao Plantão Judiciário do Tribunal de Justiça, para que fosse quebrado o sigilo telefônico do celular e dos telefones fixos (residencial e comercial) do jornalista.
A Justiça acolheu o pedido de quebra do sigilo telefônico ao meio-dia de sexta-feira, em pleno feriado. A DVC recebeu o relatório com o número das chamadas registradas no aparelho, mas a família não tem acesso ao conteúdo desse documento. Os investigadores informaram apenas que foi detectado sinal do aparelho às 12h55 do dia do desaparecimento na região de Campina Grande do Sul. Também foram identificados sinais do celular de Anderson Leandro nas regiões do Parolin e nas imediações do Detran. Depois dessa quebra de sigilo, a família não obteve mais nenhuma informação a respeito das buscas da polícia e mobilizou amigos e lideranças em esforços próprios.
O Sindijor-PR entende que o poder público deve intensificar as investigações com extrema urgência, já que se trata de um tema que atinge toda a sociedade.
Como entidade que defende os jornalistas no estado, o Sindijor-PR exige que o caso seja esclarecido e que todas as providências possíveis sejam tomadas pelos órgãos competentes do estado.
Guilherme Carvalho
Presidente
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná
[Prá curtir de conchinha] Irmões rezemos!
14 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaDo grande amigo e blogueiro de primeira categoria zcarlos no Com Texto Livre
Chega de comer moscas – Vamos tentar entender este samba do crioulo doido dos apoios no 2º turno de Curitiba
14 de Outubro de 2012, 21:00 - sem comentários aindaPosso estar completamente enganado. Afinal, escrevo por escrever, tenho uma necessidade fisiológica de traduzir em textos tudo aquilo que incomoda esta minha cabecinha pensante. Porém, dessa vez, parece que meus devaneios fazem muito sentido.
Estas alianças estapafúrdias dos últimos dias não fazem o menor sentido. Inimigos mortais até o dia 7 de outubro, hoje trocam carinhos, afagos e juras de amor eterno. Cenas horrendas, medonhas que causam náuseas e estranheza a qualquer pessoa com pelo menos meia dúzia de neurônios funcionais.
Que samba do polaco doido é esse?
Greca, com Carlos Massa Júnior, o Ratinho Jr. aquele que antes era chamado de apenas Juninho. E na mesma linha de Greca vão também, minha querida Alzimara e o mestre Claudio Fajardo, Roberto Requião e outros tantos.
Richa e Ducci, ao mesmo tempo que alegam uma “neutralidade” tosca, cedem toda a estrutura de sua campanha para a candidatura do “filho do apresentador.”
Na outra ponta, Rubens Bueno, dono do PPS paranaense, figurões do DEMo curitibano e outros tantos personagens da direita oligárquica paranaense estão arrastando suas asas para Fruet e seus aliados do PT.
Meu amigo, a coisa está realmente muito confusa com estas alianças. E nem são as “Novas (velhas) Idéias” de Ratinho, muito menos o pragmatismo de Fruet.
No primeiro turno, durante os programas gratuitos de TV e Rádio e também nos debates, ficou bastante claro que o principal objetivo de todos os candidatos era evitar a presença de Ducci na disputa do segundo turno da eleição. Agora, sem Ducci, o objetivo principal foi alcançado e, para alguns dos principais protagonistas do 1º turno, a eleição para prefeito já acabou é passado, mesmo sabendo que teremos que voltar as urnas no dia 28 próximo.
Todos estes candidatos ou políticos que hoje declaram apoios e amores eternos para Fruet ou Ratinho, na verdade estão cagando e andando de tão preocupados com quem será nosso próximo prefeito. Para eles o importante agora é definir alianças para as eleições de 2014, visando principalmente o governo do estado.
E não é?
Já temos pelo menos três grupos claramente definidos para a sucessão de Richa:
- O próprio Richa e seus asseclas, que se declaram neutros, mas apóiam e preferem um ratinho Jr na prefeitura em 2014.
- Roberto Requião e sua trupe, que quer voltar ao governo de estado e torce para que em 2014, Ratinho Jr seja seu principal cabo eleitoral na cidade de Curitiba.
- Gleise Hofmann, Paulo Bernardo e o PT, que preferem como principal cabo eleitoral em 2014, um Gustavo Fruet prefeito da cidade.
Sei que ainda é muito cedo para conjecturas, mas acho que Requião vai dançar miudinho. Uma borboleta azul me confidenciou que, se eleito, Ratinho Jr. será unha e carne de Richa, visando única e exclusivamente ser seu sucessor em 2018. Requião e seus seguidores estão queimando o filme e fazendo um péssimo negócio com estas declarações de apoio ao candidato do PSC.
Mas política é isso mesmo, é a arte de tomar partido, fazer escolhas e não ficar em cima do muro. Afinal, quem fica em cima do muro, cedo ou tarde cai e quebra o pescoço.
Por fim, mais uma vez, sobrou para nós meros mortais e eleitores escolher quem é o “menos pior,” destes dois candidatos. Com a diferença de que no primeiro turno a gente tinha mais opções de “menos piores”. Agora só estes dois mesmo,tem que ser um deles.
O negócio é sair de cima do muro e fazer nossa escolha pelo “menos pior”.
E nem se preocupe com quem apóia quem. Isso é irrelevante, é coisa dos políticos profissionais. A nós, cabe fazer uma escolha independente e pessoal, pois se torcida e apoios valessem de alguma coisa, o Corinthians seria campeão do brasileirão todo ano e a China não perderia nenhuma copa do mundo.
Eu já fiz minha escolha e você?
Polaco Doido