"Nacional é o Brasil e não o que é feito por conveniência econômica no eixo Rio-São Paulo", diz o agitador cultural pernambucano Roger de Renor, gerente-geral da TV Pernambuco, ao defender uma maior quantidade de produção regional nas grades das TVs brasileiras.
Participante do Mangue Beat, um movimento que se tornou referência para a descentralização da produção cultural no Pais, Renor é um dos entrevistados do programa Ver TV, que aborda nesta edição a regulamentação do artigo 221, inciso II, da Constituição Federal, que trata da regionalização da programação cultural, artística e jornalística nas emissoras de rádio e TV.
O tema ganha relevância em razão da aprovação do parecer do senador Romero Jucá (PMDB-RR) pela Comissão Mista de Consolidação da Legislação Federal e Regulamentação de Dispositivos da Constituição. O relatório provocou a reação de setores civis da sociedade por diminuir o espaço da produção regional na programação das TVs e rádios – a cota foi fixada de acordo com o número de habitantes por cidade – em comparação ao projeto da deputadaJandira Feghali.
O Senador justifica que a fixação da cota deve levar em consideração a capacidade financeira das pequenas emissoras, porém para a deputada Jandira Feghali “não é possível que o sotaque do Leblon continue sendo mostrado em Rio Branco e que Rio Branco não veja o seu sotaque na TV".
Para debater este polêmico tema, o Ver TV convida:
Renata Mielli – Jornalista, diretora do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, uma entidade que luta pela democratização da comunicação.
Décio Júnior – Jornalista, que trabalhou com produção de conteudo regional no cargo de diretor de programação da TV Educativa de São Carlos.
Leyla Fernandes – Presidente da Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais e sócia da Produtora Associados
Fonte: site VerTV
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