AZENHA PODE FECHAR O VIOMUNDO - A notícia me pegou como uma paulada na cara. Imagino que esta seja a sensação de milhares de leitores e companheiros.
Luiz Carlos Azenha, de quem me orgulho de ser amigo desde os oitos anos de idade, está sendo achacado - a palavra é essa - por uma sentença que pode obrigá-lo a pagar R$ 30 mil a Ali Kamel, o capo do jornalismo da Rede Globo. Somado a isso, gastos com advogados e possível pagamento de custas de processo podem levar Azenha a bancarrota. Cabe recurso, mas os recursos da Globo - em outro sentido - são ilimitados.
A ditadura, como lembra Azenha, não calou a imprensa alternativa. Bombas e ataques terroristas, em 1980, não impediram a luta democrática de prosseguir e acabar com o regime cinco anos depois.
Agora, em plena (?) democracia, com o governo de um partido supostamente de esquerda, há não apenas a ameaça de censura judicial no ar, como um avanço do conservadorismo em várias frentes. Não se trata apenas do pastor Feliciano, um coadjuvante nessa narrativa.
O retrocesso vem de uma mídia monopolizada e que conta com simpatias no governo. Vem do retordo da privataria em diversos setores da infraestrutura e de concessões sequenciais à velha direita feitas em nome de uma duvidosa "governabilidade".
Hoje a prefeitura de São Paulo publicou anúncio de meia página - para dizer nada, como sempre - nos jornalões paulistanos. Trata-se de uma prática em miniatura já levada a frente pelo governo federal.
A tática oficial parece ser agradar a direita para enfraquecer a direita. Não entendi bem, mas a toada parece ser essa. É o caminho da frouxidão e do medo.
A tática oficial parece ser agradar a direita para enfraquecer a direita. Não entendi bem, mas a toada parece ser essa. É o caminho da frouxidão e do medo.
Não é de se espantar que, nesse quadro, Azenha, Rodrigo Vianna, Luís Nassif e outros sejam vítimas de uma judicialização da luta política, num país em que a Justiça serve os de sempre. E que revistas como Caros Amigos e sites como Carta Maior vivam um acelerado estrangulamento financeiro, por falta de publicidade.
É vital impedir o fechamento dessas trincheiras.
É vital regular a mídia, para que a democracia brasileira não seja a expressão do mercado.
É vital regular a mídia, para que a democracia brasileira não seja a expressão do mercado.
A verdade não é o que sai na Globo e companhia.
A verdade tem muitos lados.
Nenhum deles pode ser calado.
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