Reunião extraordinária do Conselho de Segurança das Nações Unidas para analisar a situação na Faixa de Gaza.
Do Opera Mundi
O Conselho de Segurança da ONU exigiu nesta segunda-feira (28/07) a israelenses e palestinos um “cessar-fogo humanitário imediato e incondicional” que se prolongue durante a festividade árabe do Eid ul-Fitr. O principal órgão de decisão das Nações Unidas, em uma declaração assinada por todos os seus membros, pediu que ambas as partes trabalhassem para conseguir um acordo que detenha a violência de forma duradoura baseado na proposta de paz colocada pelo Egito.
Em declarações aos jornalistas após a reunião do Conselho, o representante palestino na ONU, Riyad Mansur, lamentou que o Conselho de Segurança não tenha sido capaz de aprovar uma resolução para condenar a “agressão” israelense e exigir que se os ataques se detenham.
A maioria dos muçulmanos dos países do Oriente Médio inicia nesta segunda-feira as festividades do Eid ul-Fitr. O primeiro dia do Eid ul-Fitr põe fim ao Ramadã, mês especialmente venerado por ser o período em que foi revelado a Maomé o Corão, e durante o qual os fiéis adultos devem abster-se de comer, beber, fumar e manter relações sexuais entre o nascer e o pôr do sol.
Em Gaza, as hostilidades diminuíram nesta segunda, segundo informações de meios de comunicação e agências de notícias. O jornal israelense Yediot Aharonot informou que as tropas no terreno receberam a ordem de não efetuar operações ofensivas. Elas estão autorizadas apenas a defender-se caso ocorra algum ataque e a continuar com a destruição dos túneis que ligam Gaza a Israel. O Hamas, que governa a Faixa de Gaza desde 2007, afirmou no domingo que as milícias palestinas respeitarão a trégua de 24 horas a partir das 13h (horário local) de hoje.
Ajuda humanitária
O texto das Nações Unidas pede que se permita “o fornecimento de ajuda humanitária à população civil palestina” e pede que todas as partes respeitem a lei humanitária internacional. Mais de mil palestinos morreram nas três semanas de ataques da operação militar israelense Margem Protetora, enquanto o número de feridos passa de 6,2 mil. Segundo a ONU, 80% das vítimas são civis. Do lado israelense, 43 soldados morreram. As mortes dos militares se produziram após o início das operações terrestres na Faixa de Gaza no dia 17 de julho.
A declaração ainda afirma que “as instalações civis e humanitárias, incluídas as da ONU, devem ser respeitadas e protegidas”, em referência ao ataque na semana passada a uma escola da ONU que resultou com a morte de 17 pessoas na localidade de Beit Janún, no norte de Gaza. O exército israelense argumentou que suas investigações concluíram que “apenas um morteiro caiu no pátio do colégio da UNRWA [agência da ONU para os refugiados palestinos], que estava completamente vazio”.
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