por Rodrigo Vianna
A chamada Máfia do Asfalto pode ter desviado R$ 1 bilhão em licitações fraudadas. Vander Loubet (PT) e Edson Aparecido (PSDB), entre outros parlamentares, aparecem nas escutas – mas negam envolvimento.
Pelas conversas monitoradas pela Polícia Federal, Edson Aparecido (Chefe da Casa Civil de Geraldo Alckmin, homem forte do tucanato paulista) tenta ajudar acusados, mas é chamado de “jumento” pelos lobistas grampeados.
O dinheiro vinha de emendas parlamentares, e abastecia prefeituras do interior paulista. Escutas foram autorizadas pela Justiça, e obtidas pelo Jornal da Record.
No centro do esquema, a família Scamatti, dona da DEMOP – empreiteira que teria ligações com gente graúda no tucanato paulista. Mas que atuaria também em parceria com petistas e com deputados de outros partidos. Tanto em Brasília (Câmara – emendas ao Orçamento federal), como na Assembléia Legislativa (emendas feitas por deputados estaduais). No comando, cinco irmãos de uma mesma família – Scamatti. O chefe, Olivio Scamatti, segue preso.
A “Operação Fratelli” foi detonada pelo Ministério Público Federal, em parceria com PF e promotores estaduais de SP. Mas o Ministério Público Estadual, aparentemente, “sentou em cima” da denúncia por 5 anos – porque envolvia gente próxima a quem manda no Estado de São Paulo.
O grupo Scamati tinha forte atuação no DER (responsável pelas estradas paulistas). Esse é o fio da meada que pode levar a gente muito próxima de Alckmin e também de Serra – como já apontou (pasmen) o “Estadão”.
O jornal (alinhado ao tucanato) esconde o caso, não leva nada pra chamada de capa. Mas os repórteres Fernando Gallo e Fausto Macedo têm publicado muita coisa importante sobre esse caso gravíssimo.
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