Do Opera Mundi
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, criticou nesta segunda-feira (28/07) o posicionamento do Conselho de Segurança da ONU. Em comunicado, o líder israelense argumenta que o documento, assinado por todos os membros do grupo, não aborda “as necessidades de segurança” de seu país.
Netanyahu afirmou que o principal organismo da ONU não aborda a desmilitarização da Faixa de Gaza, o que foi previsto nos acordos interinos alcançados com os palestinos. “O comunicado não se refere aos ataques sobre civis israelenses, ou ao fato do Hamas ter transformado os residentes de Gaza em escudos humanos e usar instalações da ONU para atacar civis israelenses”, lamentou o chefe do Executivo israelense.
Netanyahu ressaltou que aceitou três iniciativas da ONU para um cessar-fogo humanitário, que, segundo ele, foram violadas pelo movimento islamita Hamas.
O primeiro-ministro reiterou que seu país continuará trabalhando para “desmantelar os túneis terroristas” e que essa medida “é só o primeiro passo na desmilitarização” de Gaza.
Em uma declaração divulgada hoje, o Conselho de Segurança pediu respeito à “legislação humanitária internacional, incluída a proteção da população civil”, e reiterou a necessidade que se “adotem passos proporcionais para garantir a segurança e bem-estar dos civis e sua proteção”. O Conselho também pediu um cessar-fogo imediato e incondicional entre as partes.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, também alertou hoje para a situação “crítica” que se vive na Faixa de Gaza como consequência do “ataque em massa” lançado por Israel. Mais de mil palestinos já morreram em Gaza e o número de feridos passa de 6,2 mil, sendo 80% de civis, segundo a ONU. Do lado israelense, 43 soldados morreram.
Ban criticou o governo israelense pela dureza de sua operação militar em Gaza. “Os números de vítimas e de danos colocam sérias dúvidas sobre a proporcionalidade” da atuação armada de Israel, afirmou Ban em declarações a jornalistas na sede das Nações Unidas.
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